A Profecia dos Lobos (Taekook-Vkook)

capítulo oito

Naquela noite, Jeon Heejin não dormiu.

Passou a noite com sua mente atormentada e pensativa.

Heejin sabia que Jungkook era descendente do sol desde seu nascimento, pois durante a noite mais escura de toda a história lupina, uma lua de sangue preencheu o céu para profetizar o nascimento daquele menino, que viria a carregar uma grande responsabilidade.

Todos na matilha tinham essa consciência e esperam que um dia, o filho da lua surja para que juntos cumpram seus deveres, assim como reza a lenda.

No entanto, anos já se passaram e Caçadores de Inverno tem, cada vez mais, perdido as esperanças de encontrar o filho da lua.

Além disso, não é possível esperar por alguém que não se conhece.

Não havia registros sobre o filho da lua, de onde ele nascerá ou como ele será. Havia apenas a lenda e a mera possibilidade de sua existência.

Contudo, a ômega mãe sabia muito bem quem ele era.

O lobo branco.

Pois a última vez que um pisara na Terra foi há mais de mil anos, ou seja, era extremamente raro, tal como o lobo negro. E sabia disso devido aos seus longos estudos, que a levou a concluir que o filho da lua nasceria com a pelagem branca.

Foi com essa conclusão, que as peças se encaixaram na mente de Jeon Heejin.

A forte atração que surgiu entre seu filho e líder de Garras, a presença incomparável do ômega, a força em seu olhar. Esse dom era familiar, era o mesmo que Jungkook possuía.

Assim sendo, Kim Taehyung é o filho da lua.

No momento, a mulher não sabia o que fazer com aquela informação, precisava digerir e ponderar muito sobre isso.

Não podia contar o que sabia, ainda.

- Mamãe, você precisa descansar. - disse Jungkook, ajeitando o travesseiro para que a mulher pudesse se deitar.

- Eu estou ótima e muito forte. - a ômega contrariou.

- Devo lembrá-la de que quase desmaiou? - perguntou retórico.

- Claro, quatro dias atrás. - ressaltou. - Se quer mesmo me ver bem, deve me tirar desse quarto frio e me levar até o jardim, preciso de sol e ar puro. É estando aqui que irei adoecer mais. - argumentou.

- Teimosa. - disse em um suspiro, rendido. - Tudo bem.

- Agora me ajude a levantar. - exigiu.

Com as exigências da mãe, o alfa não teve outra alternativa, ajudando-a a se levantar e levando-a ao jardim que tanto amava.

Todas as flores que haviam naquele lugar foram plantadas pela ômega. Quando mais jovem, era onde mais passava o tempo, porém ao que adoecia, muitas coisas foram deixadas de lado.

Se tornar completamente dependente era o que mais odiava.

Ver suas flores murcharem todos os dias lhe entristecia profundamente, mais do que imaginava.

Foi assim que ela entendeu, suas flores dependiam de si para sobreviver, assim como agora dependia de enfermeiros para viver.

Para ela, aquela sensação era horrível, se sentia um estorvo, uma inútil, afinal não conseguia fazer uma ação tão simples como cuidar de suas plantas, saber que elas estavam vivas por sua causa era gratificante, simples, porém a fazia se sentir útil e agora não lhe restava mais nada.

Por esse motivo, Jisoo como uma boa amiga, se voluntariou para cuidar de suas flores.

E foi com muito apreço que a senhora Jeon se afeiçoou pela garota.