Q.D.T
Indo a caminho do chuveiro para me banhar, pego a toalha e a coloco no pequeno gancho na frente da banheira. Ligo a torneira, dou play nas minhas músicas favoritas e enquanto isso vou tirando as peças de roupa do meu corpo. Prendo todo o meu cabelo com uma pequena presilha e adentro a banheira aos poucos, submergindo cada parte do meu corpo deliciosamente, a água morna que acariciava meu corpo cheirava sutilmente a lavanda, por conta de um sabonete que tinha colocado no momento em que liguei a ducha.
Pude observar da janela o movimento das nuvens graças à quietude do ambiente, depois de mais alguns minutos lá dentro, esgotei a banheira e fui para o chuveiro.
Soltei meus cabelos e novamente girei o registro e a água caia sobre mim molhando o perímetro de meus fios, os lavei com shampoo, condicionador e logo em seguida fazendo uma leve hidratação. Enquanto esperava o produto fazer efeito peguei a espuma fazendo um pouco do sabão e esfregando meu corpo.
Logo depois saio me secando, tomando cuidado para não escorregar no banheiro e também não encharcá-lo de água.
Voltando para o quarto pego uma nova muda de roupas. Um moletom marrom com um zíper na frente e por baixo um top branco, já na parte de baixo uma calça leve cinza e um tênis branco. Dentro de uma bolsa coloco a troca de roupas que vou usar na boate e todas as minhas maquiagens junto de outros acessórios que convenhamos é sempre bom levar.
Confiro todas as minhas coisas depois de ter passado hidratante, desodorante e um perfuminho por aí. Pego minhas chaves, fechando tudo e já com o celular na mão chamo o uber.
Já no corredor chego no elevador apertando o botão para o térreo. A porta abre antes do meu destino e um homem entra.
Ele parecia ter uns quarenta e cinco anos, ele ficou de um lado e eu de outro, mas ainda assim permanecemos nos fundos do elevador.
*Alerta de assédio*
Depois de um tempinho comecei a sentir um olhar queimando no meu colo e incomodada com isso, obviamente, me virei para o outro lado. Olhava para os números que diminuiam aos poucos e eu só queria que chegássemos no térreo o mais rápido possível.
Logo algo encontrou na minha bunda e assustada dei um pulo olhei para trás e ele claramente havia colocado a mão em mim. Eu já estava irada, não vou aguentar isso quem esse ridículo pensa que é.
-Você tem algum tipo de problema seu animal?
-Eu só quero brincar com você gracinha.
-Gracinha é a minha rola, seu escroto, se coloca no seu lugar.
-Cala boca sua vadia!
-Não sou obrigada a aturar esse tipo de gracinha, e vadia é a sua mãe que não te deu o mínimo de educação para respeitar uma mulher, seu saco de merda.
-Não foi minha culpa, ninguém mandou você vir vestida dessa forma.
-Eu me visto da forma que eu quiser seu filha da puta, voce é a porra de uma cadela no cio seu merda?!
Dei um tapa estalado em seu rosto, que logo ficou com a marca de minha mão, pela irritação, meu corpo fervia, poderia o castrar ali mesmo, imagina só quantas mulheres já não foram atacadas por esse desgraçado.
-Não ouse tocar muito menos encarar uma mulher dessa forma novamente, nos respeite, babaca.
Ele veio para cima de mim, demonstrava estar enraivecido, colocou a mão em meu pescoço como se fosse me estrangular me erguendo na parede do cubículo em que estávamos.
Ele nem fodendo ia me silenciar ali, por mais que ele fosse um homem, não vou deixar ele sair assim, vou acabar com ele.
Com as mãos forcei as suas que prendiam meus pescoço mas não deu muito resultado, o ar já estava escasso então no desespero de apagar ali, segurei seus pulsos os forçando para fora e ao mesmo tempo levantei as pernas em direção ao seu peito as empurrando com toda a força que eu tinha, causando um impacto grande ali o obrigando a largar meu pescoço.
Por conta desse ocorrido ele estava ofegante aproveitei a posição em que estava e sua desatenção, agarrei a parte de trás de sua cabeça, enrosquei meus dedos em seus cabelos e trouxe sua cabeça rapidamente na direção de meu joelho, o que resultou em um homem caído no canto do pequeno local com o rosto ensanguentado por conta do sangramento de seu nariz que imaginava estar assim por ter sido quebrado.
Não vou tocar nesse nojento, de forma alguma. Piso em seu peito colocando todo o meu peso vendo ele falhar no compasso de sua respiração, pela dificuldade com a cachoeira de sangue que se fez em seu nariz.
-Que isso não aconteça novamente, se não da próxima você morre!
Dou um chute nele que resmunga colocando a mão no local, com dor.
-Já vi vários como você, e pessoas assim são vidas desperdiçadas, e sabe o que aconteceu?..- Perguntei a ele, desferindo mais um chute.
-Olhe para mim inútil! - gritei e ele olhou de imediato, parecia meio desesperado, olhos arregalados, suando e respiração descompassada.
-Todos, morreram pelas minhas mãos! E todos assim como você não passavam de lixo.
Saio do elevador vendo que já havia chegado em meu destino, abro a bolsa pegando um pano que carregava limpando minhas mãos que se encontravam com as pontas de meus dedos sujas de sangue, e a calça como sendo clara, aparentava pequenos respingos do líquido vermelho.
Já dentro do carro chegava na boate em que trabalhava, passei pela porta dos fundos que era onde geralmente eu entrava, chegando ao “camarim” por assim dizer.

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𝙉𝙊𝙏 𝙔𝙊𝙐𝙍 𝘼𝙉𝙂𝙀𝙇 - 𝐓𝐨𝐣𝐢 𝐅𝐮𝐬𝐡𝐢𝐠𝐮𝐫𝐨
Fanfiction- - 𝙋a𝙧𝙘𝙚𝙧𝙞a 𝙚𝙣𝙩𝙧𝙚 𝙨a𝙨hin𝙚𝙚𝙚 & 𝙈a𝙞𝙙𝙭xx "Diferente da maior parte das garotas, 𝑺/𝒏 uma linda jovem, porém em uma família extremamente tradicional, foi submetida a um casamento arranjado. Contudo, diferente dos contos clichês que...