- Sixth;

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- Eu preciso ir. - Foi acordada com uma grave voz, mas doce ao mesmo tempo.


- Certo, até outro dia, Toji. - Murmurou cansada com os olhos semicerrado com a claridade solar e pôde ouvir uma risada fraca dele, que adorou a cena.


- Certo. - Ele virara as costas para partir, mas deu meia volta e levantou o lençol que a cobria, vendo seu perfeito corpo escultural nu e com algumas marcas da noite passada, que se tornara uma madrugada inteira. - Consegue curar essas marcas?


- Pode deixar ai, queria que aquele vagabundo visse e percebesse quem eu sou. - Murmurou cansada e o encarou cansada. - Não se preocupe com isso, não falarei de você.


- Não me preocupo com isso, se quisesse eu poderia matar ele facilmente. - Ele comentou dando de ombros e já arrancando uma risada fraca tua.


- Idem, se bem que eu poderia usar ele como meu escravo e roubar o dinheiro dele. - Comentou largando a ideia no ar e riu percebendo o olhar afiado do moreno sob você. - O que foi?


Ele suspirou e se sentou na borda da cama, puxando seu corpo sonolento para cima de suas pernas entreabertas e a encarou tedioso.


- Porque se casou? - Ele perguntou a encarando e você desviou o olhar triste.


- Eu fui obrigada, na verdade eu achei melhor do que ser vendida como uma mercadoria para outra família, que seria provavelmente de feiticeiros e eu viraria somente um troféu caro para eles exibirem, e ter filhos melhor que eu. - Falou abertamente descansando no ombro dele e suspirou sentindo os olhos molharem a camisa branca social. - Desculpe pela camisa.Se afastou limpando o rosto e encarou as gotas que caíram sobre o tecido, só para sentir uma grande mão encontrar sua cabeça e a encostar mais uma vez ali.


- Entendo. - Ele murmurou. - Eu não quero me meter em sua vida, mas só tome cuidado, certo? Tente não... sei lá, se rebaixar a chorar por ele, ou se sentir mal por ele, é repugnante isso.Tentou entender as palavras e se levantou surpresa, achando que era você a repugnante.


- Não você, o fato de se rebaixar ao nível de chorar por ele. - Falou e você concordou mais relaxada e ele riu fracamente com a mudança de humor repentina. - O que quero dizer é, tente não se importar tanto com ele, pode muito bem sair e achar alguém que dê atenção para você, que dê a devida atenção á você.


- Entendo, obrigada. - Sentiu um fino sorriso crescer em seus lábios com as palavras do moreno e concordou lentamente em seu colo. - Não quero que se sinta envaidecido, mas você foi o único que realmente me cativou na cama, então irei te procurar para ganhar a atenção que sei que vai me dar.


- Me senti envaidecido sim. - Ele falou com um sorriso de soslaio e você concordou rindo fracamente. - Então me procure, ou talvez eu venha atrás de você, veremos quem desiste primeiro.


- Provavelmente eu, já que terei com morar com um broxa. - Murmurou sinceramente e ele riu, suspirando e se levantando com seu corpo, para logo o devolver para a cama macia e os lençóis sedosos. - Até algum dia, Toji.


- Até, [S/n]. - Ouviu os passos ficarem menores sonoramente a cada segundo e suspirou cansada, aquilo que ele falara era verdade.Você é boa demais para ficar chorando por ele, na verdade por qualquer um por aí. Então, decidira não mais se preocupar com o novo marido, se ele não for te dar atenção achará alguém que dê.Voltou a se deitar e caiu num sono profundo, aspirando a fragrância masculina de Toji que ficará nos lençóis.E nem mesmo se deu ao trabalho de esconder marcas, trocar lençóis com o cheiro dele, nada. Deixaria o outro ver que você era melhor que ele em vários aspectos e poderia ter quem quisesse.No entanto a vida de casada chegaria em alguma hora, trazendo consigo a pressão de engravidar e ter filhos, uma ninhada inteira, queriam que virasse uma rata ou sabe-se lá o que.Roupas comportadas entraram em seu guarda-roupa e os saltos altos foram trocados por sapatos baixos e malfeitos, estava realmente acabada.Os longos fios foram presos em um coque e a yukata usada era simples e lisa, mesmo andando em casa precisava usar roupas como essas, só para manter a tradição machista.E quando chega o fim do dia e a noite se fazia presente você era obrigada a perguntar gentilmente e adoravelmente como fora o dia do "marido".


- Hayato! Seja bem-vindo. - Tentou manter a pose, mas ela caira quando sentiu algo estranho presente ali.


- Obrigado [S/n], foi muito bom e o seu? - Perguntou se sentando na mesa de jantar e você respirou fundo.


- Bom também, resolvi algumas coisas com nossas famílias e elas marcaram um encontro. - Comentou levando o garfo até a boca e apreciando o sabor delicioso da comida, pelo menos passava o dia conversando com os empregados da casa e aprendendo algumas coisas, mas não usaria com ele.


- Marcou uma reunião sem mim? - O tom de voz mudara drasticamente e você o encarou surpresa.


- Sim, olhei em sua agenda e marquei. Algum problema? - O questionou encarando sua feição irritada.


- Claro que tem, não gosto que mexam em minha coisas, principalmente quando marcam coisas sem considerar minha presença ou opinião. - Ele falara rispidamente e você o encarou tediosamente.


- Lide com isso, eu fiz e continuarei fazendo, não é você a receber inúmeras reclamações de nossas famílias. - Falou sorrindo gentilmente e comendo do prato que fora largado.


- Eu não quero isso, não quero que faça mais isso [S/n]. - Ele a encarou e viu que sua atenção era voltada ao prato a sua frente. - Me olhe enquanto falo, mulher!Sentiu algo a trazer de volta a realidade, tinha cortado a voz dele de seus ouvidos sensíveis, mas voltara com o som de um prato quebrando, o que comia. Respirou fundo e lentamente descansou os talheres que usava na mesa, encarando a sujeira que a histeria do homem fez.

- Agora me escute bem. - Ele tinha sua atenção, mas era para voar em seu pescoço e matá-lo. - Não marque mais coisas sem mim e não mexa em minhas coisas, nunca mais.

- Ah! Quer saber? Cansei, não mexo mais em seus lixos e não marco mais reuniões, mas isso não era motivo para dar mais trabalho aos empregados, hoje eu vou dormir no outro quarto, não quero ter que olhar na sua cara tão cedo, Hayato.

𝙉𝙊𝙏 𝙔𝙊𝙐𝙍 𝘼𝙉𝙂𝙀𝙇 - 𝐓𝐨𝐣𝐢 𝐅𝐮𝐬𝐡𝐢𝐠𝐮𝐫𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora