Um homem livre em Ginnungagap

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Cansei de pensar na vida que renunciei por vir.
Tantas vezes já mudei de rumo desde que parti.
Das riquezas do oeste tão distante, eu desisti,
Tanto tempo faz que eu já perdi o norte d'onde vim.

Ventos de Odin
Não me deixam dormir;
É ordem divina:
Eu não posso sorrir!

E desde então
Meu mundo é assim,
Na estrada que
Euforicamente escolhi.
Me cerca esse chão
De neve sem fim,
Que ando à procura de sorte pra mim.

Seguindo alguns sons
Encontro caminhos,
Sujeito pra sempre a um novo destino.

O céu na cabeça
E a fé no coração,
Ofuscados os quatro pela solidão.

E os dias de guerra jamais voltarão.

No horizonte, o mundo é tão vazio;
E a aurora brilha de maneira hostil.
As noites matam meu poder bravio;
De inverno a inverno, só o que faz é frio.

Todo ano, a cada dia eu vejo a minha ambição partir.
Não sei mais a diferença entre viver e persistir.
Já sumiram as pegadas que deixei até aqui,
E das riquezas do oeste de outro deus, eu desisti.

Maldito Odin,
Me mantém por aqui.
Entre os extremos,
Não me deixa existir!

Não sei se morri,
Mas tudo é assim,
Não mais me responsabilizo por mim.

Somente uma foi a guerra que perdi,
Não sei se foi contra Odin ou contra mim.
Aprecio o céu,
A esperança no chão,
Fagulhas de Muspell, tão belas, em vão.

E os dias de glória jamais voltarão.

No horizonte, o mundo é tão vazio;
E a aurora brilha de maneira hostil.
As noites matam meu poder bravio;
De inverno a inverno, o sol que faz é frio.

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