A fé dos feridos

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Hoje, a tempestade de mais cedo
Alagou a minha casa inteira.
E o vento vem, trazendo o medo;
Gira o moinho e faz rabeira!

Hoje a minha febre permanece,
Me deixa quente como o Sol.
Sol, que vem, atende às minhas preces:
Campos prontos para o futebol.

Mas amanhã eu rezarei para o céu;
Um encontro com o anjo Gabriel!
Na tristeza, somos todos réus,
Condenados ao fim da caneta no papel...

Eu sei que meu pai criou um homem!
E minha humanidade herdei de minha mãe.
Então vamos, e cante comigo:
Hoje a minha fé vai ser meu amanhã!

Hoje, meu querido travesseiro
Se ensopou pra que eu pudesse me secar!
E a multidão tinha um coração de gelo,
Que se derretia quando fosse amar.

Hoje eu vi um simples homem julgando,
Não gostava de escutar!
E aquela menina que se foi chorando
Pediu pra eu avisar que ela vai voltar.

Numa noite linda, no meu coração;
Tantas luzes, mas ninguém brilhava, não...
Apenas um homem com flores nas mãos.
E os cortes dos espinhos sangravam, e estremecia o chão!

Eu sei que meu avô criou um homem!
E minha humanidade herdei de minha avó.
Então vamos, e cante comigo:
Hoje a minha fé mudou meu amanhã!

Tenho fé que vai dar pé,
Tenho fé
Que vai dar pé!

Eu sei que isso vai mudar,
E a tempestade vai passar!

Se não passar,
Eu vou...

AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora