O País de Aslam (12)

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O local era simplesmente lindo, e dava um ar de paz e pureza. Quando decemos, fomos até a grande onda paralizada que havia em nossa frente. Até que Eustáquio disse:

-Aslam!

- Bem-vindas, crianças! Agiram bem, muito bem de fato. Chegara muito longe, agora, a jornada está fim.

-Este é seu país? - Perguntou Lúcia

-Não, meu país fica além.

-M-meu pai está em seu país? - Questinou Caspian.

-Só dá pra saber indo até lá,filho. Mas saiba que, se prosseguir... Não há retorno.

Caspian então começou a se aproximar da grande onda em nossa frente, estendeu sua mão e quando foi dar seu primeiro passo, deu meia volta e olhou para Aslam.

-Você não irá? -disse Edmundo

-Meu pai não se orgulharia de me ver desistir do que ele morreu para conseguir. Já quis demais o que foi tirado de mim e não o que foi dado a mim. Eu ganhei um reino, um povo. Eu prometo ser um rei melhor.

-Já está sendo. Crianças...? - 

-Acho que já está na hora de iros pra casa,Lu. - Falou Edmundo

-Pensei que gostasse daqui.

-Eu adoro. Mas eu amo o lar e a nossa família. Também quero formar uma família - Ele disse virando a mim - Eles precisam de nós - Voltando sua atenção a mais nova.

-Eminência- curvousse Ripcheep - Desde que me lembro, sonho em ver seu país. Vivi muitas grandes aventuras neste mundo mas nada aplacou essa vontade. Sei que não sou digno mas, com sua permissão, abandonaria a espada pelo prazer de ver seu país com meus próprios olhos.

-Meu país foi feito para corações nobres como o seu por menor que ele seja

-Ninguém é mais merecedor - Eu disse

Lúcia se aproximou do pequeno ratinho com a tristeza em seu rosto -Eu posso? - com os braços abertos, Ripcheep exitou de primeira, mas a abraçou sabendo que aquele seria o último abraço entre eles.

-Eu não entendo. Nunca mais vamos nos ver na vida? - Choramingou o mais novo.

-Que enigma magnífico você é, e um herói de verdade. Foi uma honra lutar ao lado de um tão valente guerreiro e um grande amigo.

Com isso ele se despediu e entrou em uma pequena canoa e foi em direção ao paraíso. Todos estavam com lagrimas nos olhos e o coração partido sabendo que não o-veriamos de volta.

-Essa é nossa última vez aqui, não é? - questionou Lúcia.

-É sim, vocês cresceram minha querida. Como Pedro e Susana.

-Vai nos visitar em nosso mundo?

-Vou estar sempre zelando por vocês.

-C-como?

-Em seu mundo, tenho outro nome. Deve aprender a me reconhecer. Foi por isso que vieram a Nárnia. Tendo me conhecido um pouco aqui podem me reconhecer melhor lá.

-Voltaremos a nos ver?

-Sim, minha querida. Muito em breve... - Dito isso ele soltou um alto rugido que fez a onda se abrir, como uma espécie de portal.

-Vocês são minha família, incluindo você Eustáquio. - Disse Caspian

-Obrigado

Depois de uma breve despedida e muitas lágrimas, já estava na hora... Eu nunca imaginei o quanto eu não gostaria de voltar pra casa,mas era necessário. Quando estavamos prestes a atravesar Eustáquio e eu paramos e olhamos a Aslam.

-Eu irei voltar? - perguntou o garoto.

-Nárnia ainda pode precisar de você. Porém Emma, acho que você aprendeu a lição. O medo e a culpa já não está mais dentro de você, aprendeu com seu passado. E se tornou uma outra pessoa.

Então era isso? Eu não iria voltar? Eu não voltaria para esse maravilhoso lugar, onde eu pude me encontrar e conhecer a verdadeira eu? É, eu realmente não iria voltar, mas compreendia. Fomos todos novamente à passagem e desta vez atravesamos.

Em um piscar de olhos estavamos de voltar ao quarto de Lúcia.

-Eustáquio! Sua amiga Jill Polly está aqui! - Dizia a Sra. Aberta

-Jill Polly? -Perguntou o mais velho ao seu primo.

-É a namoradinha de Eustáquio, ela é minha vizinha. - Respondi.

-Ela não é minha namorada! -Disse o garoto com o rosto corado- Ela é só minha amiga! - E saiu do quarto para se encontrar com a menina.


-Bom eu preciso ir para à casa.- Eu disse.

-Eu te acompanho. -Disse Edmundo em um pulo.

-Quer vir Lúcia?- A mesma só negou com a cabeça.


Quando já estavamos na frente da porta de minha casa Edmundo fala:

-No próximo mês iremos para os Estados Unidos, v-você poderia vir conosco. Mamãe iria adorar ver você depois de tanto tempo, e Susana vai ficar falando sobre como os garotos americanos são bonitos. Bom e Pedro... Eu irei conversar com ele e dizer q--

-Que...? - eu o encorajei

-Que estamos juntos. 

-Emma é você? Seu pai acabou de ligar, perguntou se você quer passar as férias de verão lá em sua casa.-Escutei os gritos de minha mãe se aproximando - Ah olá Edmundo, como está?

-Muito bem senhorita Johnson

-Sabe muito bem que pode me chamar de Jane. Então Emma, você que ir ao Estados Unidos?





On My Own - As Crônicas De NárniaOnde histórias criam vida. Descubra agora