Capítulo doze

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— Que cheiro bom — a loira se aproxima da cozinha.

— Resolvi preparar o café da manhã — Jay coloca café em duas xícaras.

— Que moço prendado — ela sorri.

— Aonde está a Lucia? — ele coloca leite com achocolatado em outra xícara.

— Já está vindo, deixei ela terminando de calçar os sapatos.

— Essas últimas semanas estão sendo ótimas — o Halstead coloca os ovos mexidos  nos pratos — Eu não me imaginava morando com alguém, e muito menos tendo uma filha.

— Eu sei que é tudo muito novo. Foram anos sem saber da existência dela, aí veio o sequestro e a notícia.

— Agora eu quero está presente, apesar de não ter planejado ser pai, eu quero que a Lucia me veja como o pai dela.

— Eu te entendo, eu também não planejei ser mãe. Mas a Lucia já te vê como pai, e sei que ela amou te conhecer.

— Eu estou pronta — a mais nova se senta.

— Vai arrumada assim para a escola? — indaga Jay.

— Eu quero ir bonita.

— Sem surtos, Jay Halstead — a Severide ri.

— Não tem como, ela puxou a minha beleza.

— Ah claro, porque agora você vai jogar na cara, que ela é a sua cópia.

— Mas a mamãe é linda — ela bebe um gole do leite.

— Sim, vocês duas são as mais lindas.

— Vamos parar de enrolação, todos nós temos horário.

— Sim senhora — o moreno pega sua xícara de café.

...

— Ta com a pele ótima — comenta Sylvie.

— Eu me sinto ótima — ela coloca o cinto de segurança.

— Aconteceu um acidente, quando chegarmos lá, é melhor nos dividirmos para cuidar das vítimas.


O local estava caótico, os bombeiros começam a tirar  as vítimas das ferragens, Liz coloca o colete cervical, em uma das vítimas que já tinha sido colocada na macá. O acidente tinha sido feio, um carro foi atingido em cheio por um caminhão de pequeno porte, o motorista do carro tinha sido a vítima fatal.

Ao chegarem no med Sylvie informa o estado de uma das vítimas, tinha uma criança com escoriações leves, mas um hematoma na testa era preocupante. A Severide estanca no lugar, ao ouvir uma voz desesperada perguntando pelo filho, ela olha para trás se deparando com ele, a última pessoa que ela queria ver.

Ele parecia ter a notado também, então a Severide sai correndo da emergência, Sylvie vai atrás sem entender o que estava acontecendo. A loira para alguns quarteirões a frente, ela encosta num muro e sua amiga se aproxima preocupada.

— O que aconteceu? — indaga a loira.

— Aquele homem na emergência, aquele procurando pelo filho.

— O que tem ele, Liz?

— Eu o conheço, e pensei que ele estivesse longe.

— Você está tremendo — ela segura as mãos da Severide — Quem é esse homem?

— Meu ex namorado, aquele que te falei outro dia.

— Você acha que ele não esqueceu?

— Eu não sei, ele parecia tranquilo e não me seguiu. Mesmo assim eu tenho muito medo.

— Fica calma, é melhor você avisar seu irmão, ele te ajudou da outra vez.

— Eu vou falar com o Kelly. Acho que foi só o medo, mas vai ficar tudo bem, ele deve ter me esquecido e refeito a vida com outra pessoa.


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The Shadow   (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora