Boa leitura!
Pov Luna Kordei Hansen
Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver.
Costumava pensar em Alice dessa forma, costumava acreditar que ter ela do meu lado significava todas essas coisas boas e um pouco mais que isso. Porque ela me lembrava sempre de voltar pra casa, até mesmo quando minha casa ainda era um orfanato recém inaugurado em Forks com apenas algumas crianças e eu era a mais velha delas.
Não sei dizer ao certo onde nasci, tudo o que eu me lembro é de morar em muitas cidades pelo condado de Oregon e ir parar em Seattle, até tudo ali... Haviam uma família interessada em mim por um tempo, mas não sei dizer ao certo. O interesse passou tão rapidamente quanto a vontade de fazer xixi. Ali, vendo que eu era facilmente substituída aprendi a ignorar com toda força e qualquer possibilidade de rejeição, onde fiz questão de nunca me importar demais com os outros. Mas então ela surgiu e eu percebi que tudo havia caído por terra, junto ao material escolar da loirinha no primeiro dia de aula.
Alice me deu uma amizade, sem pedir algo em troca e me presenteou com uma família incrível que fizeram questão de me acolher e me tratar como se sempre tivesse pertencido ali. E sem pretensão alguma, acabei dando meu coração à ela em algum momento, no meio disso tudo.
Além de Alice me trazer a sensação de pertencer à algum lugar, ela também me mostrou o amor e é aí que eu pretendo chegar: Como se repara os danos de um amor que era recíproco, mas deixou de ser?
Essa era a pergunta que não saia da minha cabeça desde o momento em que abri os olhos essa manhã. Não, minha família não permitiu que eu voltasse para Londres e pudesse administrar minha pequena empresa por lá, ao contrário, conseguiram uma forma para que eu pudesse administra-la toda por aqui e isso tudo aconteceu no meio tempo em que eu deitei para dormir e agora, estava eu no meu mais novo escritório na casa dos meus avós, observando a floresta do outro lado dos vidros.
Patrick e Finneas com a ajuda de Claudia haviam transformado o antigo quarto de Billie no meu pequeno lugar para resolver os problemas financeiros que eu não tinha, mas caso tivessem eles seriam resolvidos ali.
Droga, eu e meus pensamentos desnecessários em momentos inadequados!
Então, eu focava ao máximo olhar para a minha tela de computador já que estava evitando encarar dois seres não vivo do lado de fora, quer dizer, eu tinha certeza de que apenas um daqueles corações estava batendo.
Alice brincava com uma criancinha lobo no jardim e mesmo que eu não tivesse uma audição apurada como todos daquela casa, ainda assim era capaz de ouvir as risadas altas que ela e o garotinho soltavam, aparentemente a união entre as espécies estavam indo de vento em popa já que um dos lobos da matilha que pertencia ao Seth havia procriado com uma moradora local e a mesma deu à luz aquele bebê que atualmente possuía 5 anos.
Revirei os olhos assim que percebi estar encarando os mesmo de forma psicopata, meus olhos estavam vidrados em cada movimentos que eles faziam, desde as pernas tortas do garotinho enquanto ele corria pela terra úmida quanto a forma que Alice jogava os cabelos longos para trás, já que os mesmo caiam em seu rosto com frequência.
Suspirei tentando voltar ao meu trabalho e encarei a tela por apenas alguns segundos antes de perceber o estranho silêncio que se cercou por toda a casa, meus olhos correram mais uma vez para a vidraça transparente entendendo completamente o que havia acontecido naqueles segundos.
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A Primeira Eterna - Um Conto À Parte.
Fanfiction(livro 3) Depois de muito tempo sozinhas, Billie e Ariana decidem adotar uma nova criança, porem sabemos que não éfácil ter um humano entre vampiros e por isso resolvem se manter longe e tentam dar uma vida normal à humaninha chamada Alice. Muitos a...