Capítulo Dezoito

123 15 12
                                    

Boa leitura!

Eu estava perdidamente, completamente e fodidamente apaixonada por você. Eu estava caidinha, de quatro por você, eu estava tão na sua, não conseguia ter olhos para outra pessoa a não ser pra você. Você me tinha por inteira, por completa, você me tinha com todos os defeitos e todas as minhas qualidades - e veja bem, eu sou muito boa, sou um puta de um mulherão da porra -. Você tinha uma mensagem minha todos os dias pela manhã assim que acordava, na minha cabeça queria que seu dia começasse bem só de saber que eu existia e estava com você. Eu não demorava pra te responder, afinal eu queria estar perto. Eu prestei atenção em todas as músicas que mandou. Eu fui muito boa com você, eu fui maravilhosa, eu fui do caralho! Eu te ouvi por horas e horas sobre seus amigos, sobre sua família e até sobre antigas paixões. Sem contar as séries que eu assisti porque você pediu, prefiro nem comentar sobre isso. Eu fui incrível com você, puta merda, eu fui muito incrível. [...] O telefone parou de tocar, as músicas não chegaram mais e seu descaso para com quem você dizia querer ter para sempre perto, simplesmente dilacerou meu coração ao meio. Você não tem ideia da pessoa de merda que tu me deixou, não mudei minhas ideias e nem meus valores, mas deixei de ser boa e incrível para as pessoas. Eu não penso em você, é muito raro quando isso acontece e quando acontece, tudo fica gelado e feio. Você sabia exatamente o que estava fazendo, cada escolha e decisão que tomou, o que você sentia por mim não era amor, era apego e principalmente; carência. E honestamente, você não precisava ficar comigo, mas eu tinha uma amizade do caralho pra te oferecer! Eu sou madura demais para alguém como você, que precisa aprender muito da vida. Eu sou boa, eu sou foda, eu sou do caralho e pra caralho! E eu não preciso mais de você.

Pov Luna Kordei Hansen

Acordar sozinha nunca havia sido um problema para alguém como eu, que poderia ter qualquer pessoa que quisesse do meu lado durante todas as noites que eu julgasse ser necessário. Porém, aquela manhã em especial me deixou para baixo de uma forma ainda inexplicável. Ou era fácil de imaginar, eu quem estava fazendo uma enorme tempestade em um copo de tequila. Suspirei assim que percebi que Alice não estava mais ao meu lado e minhas mãos passaram pelo lençol macio sentindo o doce aroma que o corpo dela ali deixou, mas infelizmente tudo não havia passado daquilo. Levantei pensando até quando enrolariamos toda a situação daquela forma, até quando deixaríamos para depois os nossos sentimentos e continuaríamos permitindo que a vontade do próximo fosse maior do que a de nós mesmas?

Ela e eu estávamos em trégua, ainda eramos melhores amigas e ainda lutavamos contra o sentimento e seria desse modo que as coisas seriam, com a exceção de que: dessa vez faríamos dar certo. Eu estava disposta a fazer dar certo e lutar por ela, mesmo que eu tivesse que lidar com uma vampira psicótica no meu caminho. Desci para tomar meu café e estranhamente, minha família estava em silêncio, eu não soube explicar o porquê. Minha mãe Dinah parecia atenta a qualquer coisa do lado de fora e Mãe Mani sentou do meu lado durante todo o momento em que permaneci na mesa enquanto minha avó Maggie me serviu. Ariana e Billie estavam em algum lugar da casa, enquanto tia Claudia e Finneas forçaram sorrisos a todos os instantes. Porém eu só tive a noção de que alguma coisa estava errada quando Vô Patrick não saiu aquela manhã para trabalhar. E em todo o tempo que eu estava ali, ele não havia faltado nenhuma vez em seu trabalho. Sempre dizia que salvar pessoas era a sua maior conquista, que gostaria de poder passar o máximo de tempo que pudesse no hospital, mas sempre que tinha que voltar pra casa era um martírio. Não que ficar com sua família fosse ruim, mas todos ali entendiamos o peso que meu avô carregava nas costas. Ele pertencia à uma família religiosa e ainda se culpava por pecados que não lhe pertencia.

- O que aconteceu agora? - Perguntei assim que ele deixou a pequena maleta que sempre usava sobre a mesa.

Dinah me encarou por alguns segundos e não havia nenhum sinal de sorrisos naquele lindo rosto. Senti uma apreensão, mas mama fez questão de segurar minha mão.

A Primeira Eterna - Um Conto À Parte.Onde histórias criam vida. Descubra agora