Capítulo Nove

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Pov Alice Grande Eilish

Minhas pernas pesavam, mas eu não queria parar de move-las, tudo o que meus olhos viam era um borrão branco, mesmo que tivesse frio o meu corpo soava e eu começava a sentir náuseas e o ar se tornar escasso nos meus pulmões.

Eu queria correr o mais longe que eu poderia ir, mas cheguei em uma parte da floresta em que tudo o que eu vi foi a neve cair e algumas árvores altas.

Então, como se todo o ar em minha volta tivesse chego ao fim, minhas pernas fraquejavam e mesmo contra minha vontade, cai de joelhos na nele. Eu puxava o ar de forma rápida e desesperada para os meus pulmões, mas eles pareciam estar em um processo lento e bastante doloroso de rejeição.

Eu estava sufocando pela falta de ar. Minha cabeça começava a rodar e eu sentia que ficaria inconsciente à qualquer momento.

Eu não estava respirando direito.

De modo desesperado, comecei a caçar pelos meus bolsos a bombinha, mesmo sabendo que ela não estava comigo, devido aos anos que eu não precisava dela. Poderia até mesmo ouvir a voz da minha m... A voz de Billie para me lembrar de carrega-la sempre comigo. Me joguei de costas na neve e percebi que eu morreria ali, perdida em um lugar desconhecido e que talvez, no verão eles achassem meu corpo... Isso se algum urso não devorasse meus restos mortais. Quando eu estava fechando meus olhos, senti alguém carregar meu corpo e colocar um pequeno tubo nos meus lábios.

- Puxe! - a voz grogue de alguém ordenou.

Meu cérebro não conseguia reconhecer aquela voz e nem fazer o que pediam, mas por alguma razão meu corpo começou a ir por conta própria. Meus lábios sugavam de forma pesada todo o remédio que continha dentro da bombinha, meus olhos que antes estavam marejados começou a ganhar foco e quando isso aconteceu, conseguir finalmente entender quem estava do meu lado.

Eu estava nos braços de Billie enquanto Ariana segurava a bombinha na minha boca. Eu senti medo, meu corpo tremeu um pouco, mas eu não sabia dizer se era por causa do frio ou saber que eu estava perto... Delas.

- Você não precisa sentir medo! - Bil disse e eu olhei para ela. - Nós jamais iremos machucar você, filha.

Tudo em nossa volta era silêncio, Ariana não me encarava. Até que finalmente consegui sentir o formigamento nos meus pulmões passar, entendi que não precisava mais da bombinha, ela a removeu e a segurou firme.

Billie me carregou em seus braços como se eu fosse um bebê recém nascido e não uma adolescente de 16 anos com 58 quilos. Talvez eu estivesse magra demais.

- Você está ótima dessa forma! - Mãe bil disse e eu a encarei, Ariana também olhou para nós. - Você não está muito magra, nós é que somos um pouco... Fortes.

- Você não precisa mudar, meu amor. - Mãe Eternity concluiu.

- Dá pra vocês pararem, por favor de ler o pensamento uma da outra? Que caralho, nós não sabemos ler mentes! - Tia Dinah berrou de um lugar atrás de nós e Mãe bil nos virou e eu senti meu corpo arrepiar quando encarei todos eles ali, ao lado de dois enormes lobos.

- Pode não chamar palavrão perto do meu bebê? - Ariana disse, mas eu estava chocada demais olhando em volta.

Como eles tinham chegado tão rápido ali sendo que eu levei quase três horas correndo aos trancos e barrancos pra fugir deles?

- Você levou seis minutos correndo até aqui. - Mãe bil disse brincalhona e eu novamente engoli em seco. Ela não estava lendo meus pensamentos, não é?

- Um bebê não pode fazer outro bebê. - Eu acabei corando ao ouvir isso.

- Dinah, se você não calar a boca agora, eu faço você dormir na casinha que um dia foi do Shawn! - Ouvi tia Mani ameaçar a mulher, eu até poderia rir, mas eram várias coisas passando na minha cabeça.

A Primeira Eterna - Um Conto À Parte.Onde histórias criam vida. Descubra agora