{My Yellow:} Alguém que te salvou de ti mesma, a pessoa que é o teu porto segundo e a tua maior aventura.
Yellow é a pessoa que mais amas e sem a qual não consegues viver.
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18 anos em Munique
4 anos de loucura e amor em Manchester, que resu...
{14 de Setembro de 2021} Chelsea, Londres . . . . . Eram já 11h34 quando acordei, com o meu lado direito da cama bagunçado, mas vazio. O Mason tinha saído mais cedo para o CT do Chelsea e apenas me deixou um bilhete a dizer: "Bom dia, princesa. Tens aqui dois bilhetes para o jogo de hoje. Leva a Sarah. Beijos!" Ele era um fofo por fazer tal gesto. Eu não esperava ir ver o jogo de hoje, eu iria limitar-me a ficar em casa. Ligava a televisão, vestia a minha t-shirt do inglês e torcia o máximo possível do meu confortável apartamento. Mas os meus planos afinal, eram outros.
- Bom dia, criatura. - falei, quando Sarah atendeu a chamada. - O que queres? - perguntou desconfiada. - Tenho 2 bilhetes para o jogo de hoje. Queres ir? - analisei os bilhetes na minha mão. - E isso perguntasse? - Sei lá. Podias ter outros compromissos! - encolhi os ombros. - Agora tenho! - fez uma pausa. - Vou ter contigo às 18h, pode ser? - Tudo bem, até logo. . . . (...) . . . Depois de almoço, fiquei por casa a arrumar as coisas da viagem, até receber uma chamada de Leon Goretzka. - Olá maninha! - sorriu. - Pensei que nunca mais me ias ligar. - O garoto não me tinha telefonado nos últimos dois dias, algo relativamente estranho. - As coisas, por aqui, andam atarefadas. - imaginava que os treinos do Bayern estariam muito puxados neste regresso da Champions. - Imagino que sim. - respirei fundo. - E como achas que vai correr o jogo de hoje? - Esperamos um Barcelona forte, mas temos altas esperanças na vitória. - respondeu. - Não sejas modesto, vocês são enormes! - tendo em conta os últimos anos, e depois de tudo o que vi, era de esperar uma vitória relativamente fácil, perante um Barcelona cada vez mais frágil. - Veremos! - respondeu. - E tu? Quando começas os ensaios? - Amanhã começamos os treinos para a nova actuação. - um novo projeto estava nas nossas mãos e a próxima semana iria ser muito forte a nível de treinos. - E a atuação? É para quando? - questionou. - Dia 23. Temos uma longa semana pela frente. - Então, boa sorte! - Para ti também. Vou estar atenta. - disse e logo nos despedimos. . . . (...) . . . O ambiente em Stamford Bridge já estava maravilhoso, e ainda faltava uma hora para começar. Todas as pessoas atentas ao relvado, a observar cada passo dos jogadores, neste recomeço de Champions. E lá estava ele, Mason Mount, com a sua atenção voltada para a bola. Quando finalmente me notou, fixou o seu olhar no meu e, por fim, lançou um coração. Aquele garoto arrebatava o meu coração de uma maneira que nem ele podia imaginar, e ver ele ali, a concretizar o seu sonho uma e outra vez, era maravilhoso. O seu sorriso, mesmo nos piores momentos, iluminava todos os meus dias.
O jogo começou depois do hino encher a nossa alma e nos arrepiar. Um jogo relativamente calmo até ao intervalo, quando decidimos ir buscar algo para comer. - Espera aqui, eu trago algo para nós. - disse, ao avistar a multidão que fazia fila ao pé da zona de alimentação do estádio. - Ok. - limitei-me a encostar-me numa parede próxima e mexer no telemóvel por alguns segundos, até ser interrompida. - Olá. - uma voz masculina soou. - Olá. - levantei rapidamente o meu olhar na direção de um homem, com cerca de 30 anos, que permanecia vidrado em mim. - Posso ajudar com alguma coisa? - questionei, confusa. - Não, está tudo bem. Pensei que podias precisar de companhia. - encostou-se na parede, do meu lado. - Não propriamente! Estou à espera que a minha amiga traga a comida. - respondi, sem medo de parecer grossa. - Eu fico aqui até ela chegar. Uma princesa como tu não devia ficar sozinha no meio desta multidão. - As suas palavras eram simplesmente nojentas e ele não estava, de modo algum, a faltar ao respeito. Mas eram evidentes as intenções dele, ao colocar um braço sobre os meus ombros. - Honestamente... - comecei por dizer, retirando o seu braço de cima de mim. - Eu sei cuidar de mim mesma. Não preciso de ninguém. - dei um leve sorriso na sua direção e afastei-me, na esperança de encontrar a inglesa. - Tens a certeza? - agarrou o meu braço. - Eu posso ser uma ótima companhia. - disse. - Eu preciso fazer um desenho? - perguntei, ironicamente. - Já disse que não preciso de ninguém. Afasta-te de mim! - exaltei-me. - Tudo bem, mas tem cuidado por onde andas. - ameaçou, largando o meu braço. - Obrigada pelo conselho. - dei de ombros. Homens como aquele eram muito comuns em grandes eventos e, ainda mais, em estádios lotados de gente. Eu tive, felizmente, poucas experiências deste tipo, mas nunca é agradável.
- Tudo bem? - Sarah finalmente chegou ao pé de mim e logo reparou no meu ar pensativo. - Sim, tirando o facto de certos homens pegajosos. - respondi. - O que aconteceu? - começámos a andar até aos nossos lugares. - Um homem veio ter comigo a oferecer companhia, mas de uma forma super nojenta. Eu simplesmente não me controlei e respondi-lhe mal. - E fizeste muito bem! - disse.
O público era incansável e mesmo com a calmaria do jogo, não paravam de cantar. Até aos 69 minutos, quando Lukaku inaugurou o marcador, e as bancadas simplesmente, explodiram de alegria. . . . (...) . . . - Posso entrar? - sorriu ao ver o meu rosto. - Claro. - dei passagem. - Gostaste do jogo? - depositou um leve beijo nos meus lábios. - Sabes que sim! - sorri. - Nunca se sabe. És uma mulher difícil de impressionar! - provocou. - Sabes que depende sempre das equipas e dos jogadores... - provoquei de volta. - Então e algum jogador te chamou a atenção? - caminhou na minha direção, deixando poucos centímetros a separar-nos. - Alguns! - Quais? - colocou as mãos na minha cintura. - Neste jogo, o Ziyech foi incrível. - os nossos jogos de provocação eram cada vez mais frequentes, e era impossível deixar algumas farpas de lado. - Imagino... - fixou o seu olhar nos meus lábios. - Mas um tal de Mason Mount captou a minha atenção todinha. - sorri e o mesmo não foi capaz de evitar um leve riso. Rapidamente começou um beijo envolvente, como se sentisse necessidade daquilo há muito tempo. E colámos, uma vez mais, os nossos corpos num momento quente. Mason era sobrenatural, se é que me entendem...
- Tenho algo para te contar... - comecei por dizer, quando já estávamos deitados na minha cama, com a respiração ofegante. - O quê? - voltou a sua atenção para mim. - Hoje, no estádio, aconteceu algo muito desconfortável para mim. - disse. - Alguém te fez algo? - ficou preocupado. - Quase, quer dizer...um homem aproximou-se de mim com uma conversa estranha e tocou-me. - Mas tentou fazer algo contigo? - o garoto já estava visivelmente alterado. - Não, nada. Calma! - segurei a sua mão. - Eu afastei-o logo. Mas queria que soubesses disto, senti a necessidade de te contar! - respondi. - Claro! Podes me contar tudo, eu estou aqui para ti em todos os momentos! - abraçou-me. - Sei que não posso fazer nada neste momento, mas eu queria estar lá para te proteger. - Mason...és um fofo! Mas eu consigo tomar conta de mim própria. - fiz uma pausa. - Além do mais, eu podia sempre chamar a atenção de todas as pessoas que estavam à nossa volta. Eu ia ficar bem! - reconfortei o garoto. - Eu sei que és forte, tu és maravilhosa! Mas eu jamais me perdoaria se algo te acontecesse esta noite! - Mas nada aconteceu e eu estou aqui contigo, nos teus braços. Estou segura! - beijei os lábios do garoto e ali ficámos, coladinhos um no outro pelo resto da noite. . . . . . . . . .
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