My Yellow | MASON MOUNT🦋

{Chapter.21}

{3 de Outubro de 2021}
Chelsea, London
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O calor dos seus braços era o meu lugar preferido e de maior conforto.
Foi assim que adormeci e acordei hoje, com o garoto do meu lado já com os olhos abertos.
- Estavas a observar-me? - escondi o meu rosto com o lençol.
- És linda. - respondeu, puxando o pedaço de tecido.
Aquele era o meu verdadeiro ponto fraco, onde eu me sentia mais vulnerável. Desde sempre que elogios da parte do Mason, me deixam sem chão e ele sabe muito bem disso. Talvez seja esse o motivo pelo qual insiste em mantê-los.
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Hoje foi um dia bem mais monótono, almoçámos juntos num restaurante de Chelsea e passámos a tarde a descansar em casa, uma vez que o meu pé não queria dar quaisquer tréguas a nível de dores.
- Era melhor levar-te ao médico. - insistiu, ao reparar no meu olhar de dor.
- Isto deve passar nos próximos dias. - afirmei.
- Disseste isso ontem e não passou. - comentou, lembrando-me de ter sido otimista no dia anterior e no final, não ter resultado.
- Mas acho que não há necessidade de ir ao hospital. - falei.

No final de várias tentativas por parte do garoto, acabei por ceder ao seu pedido e fomos até às urgências.
O local estava relativamente calmo no horário em que chegámos e rapidamente fui atendida.
Fiz alguns exames e esperei ansiosamente pelos resultados, rezando para que tudo não passasse de um susto.
- Eva Goretzka! - Uma médica chamou.
Levantei-me, com ajuda do meu namorado e fomos até ao consultório.
- Boa tarde. - dissémos ao adentrar o local.
- Primeiramente gostava de saber, quando é que se lesionou? - questionou.
- Lesionei-me enquanto treinava, na sexta feira. - respondi.
- É atleta? - perguntou enquanto digitava algo no computador.
- Sou bailarina profissional de uma companhia Londrina. - os seus olhos rapidamente se dirigiram a mim, com um ar pensativo.
- Eu lamento imenso, mas vai ter de deixar os treinos por algum tempo. - o que eu desejava nunca ouvir.
- Como assim? É grave? - arregalei os olhos.
- Não muito. É uma lesão simples, mas que requer algum cuidado e precaução. Não é aconselhado qualquer tipo de esforço físico durante as próximas 2 semanas. - entregou-me, por fim, os resultados em mãos.
- Não há como acelerar a recuperação? Fisioterapia? - tentei encontrar um modo mais rápido, pensando nas graves consequências de todo aquele tempo de recuperação.
- Eu lamento, mas não. Uma vez que é uma lesão no tornozelo, um local vital ao movimento do pé, levará mais tempo e paciência. - finalizou.

Ambos saímos do hospital com um ar triste e pensativo. Não esperávamos receber tais respostas.
- Tudo vai correr bem. - afirmou, o garoto, já dentro do carro.
- Eu espero que sim.
Teria de seguir um plano de recuperação acompanhado por uma médica virtualmente, o que permitiria fazer todos os exercícios de reabilitação sem fazer grandes esforços. Para além de ter de utilizar uma meia de apoio ao pé.
No final, iria apenas uma vez por semana ao hospital para verificar a evolução da lesão.
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Não era o pior cenário de todos, mas traria grandes preocupações para mim e com certeza, não seria agradável para a companhia de dança.
- Estás melhor? - a treinadora perguntou por chamada de voz.
- Tenho más notícias. - comecei por dizer. - Hoje fui ao hospital e não me aconselham a fazer esforços físicos nas próximas duas semanas.
- Como assim? - ouvi-a respirar fundo. - Nós não podemos ficar sem bailarina principal durante tanto tempo. - afirmou.
- Eu sei disso. Eu vou fazer de tudo para recuperar o mais rápido possível. - comentei.
- Tu vais seguir todo o plano de recuperação, sem saltar qualquer passo. Mas eu não te consigo manter na linha da frente. - Ela já me tinha avisado acerca dos riscos desta lesão em relação ao meu lugar na atuação.
- Eu sei bem que não.
- Eu vou dar o meu melhor para te conseguir manter na atuação deste mês, mas não prometo nada. - Aquele era um alarme para mim e nestas situações, um final de linha. Na realidade, a atuação deste mês estaria perdida, ela apenas queria manter-me focada na recuperação, esperando que eu esteja apta para o próximo mês.
Mas eu tinha outros planos e, tudo me passou pela cabeça naquele momento. Não tinha quaisquer intenções de ser afastada permanentemente da primeira fila e seria o mais provável naquele momento. Pelo que abri a minha mente para novos projetos que o futuro me possa oferecer.
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