Fugitiva pt II

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— ME SOLTA, ME SOLTA. — Grito puxando o meu braço, sem sucesso. Estou desesperada, será que a minha hora chegou? A última coisa que eu queria ver era um cavalo.. Um cavalo tão branco quanto as nuvens.

— É o meu dever, não irei solta-la até estar morta

2 horas atrás..

Coloco minhas mãos na escada, subo rapidamente e corro.

Os guardas tentam rapidamente fechar os portões ao me verem, mas já era tarde demais, consigo entrar.

Continuo correndo sem rumo, esse lugar é tão enorme que já estava perdida.

Escuto passos pesados vindo de trás, então me viro para ter uma visão do que é e vejo os dois guardas vindo atrás de mim.

Eles correm mais rápido do que eu e estão quase chegando perto de mim, tento correr um pouco mais rápido até que viro um corredor e desço alguns degraus e depois viro em outro corredor. Nesse corredor há várias portas então entro em qualquer uma e me escondo de baixo da cama.

É um quarto, bonito, mas mal iluminado e com vários livros jogados pelo chão. Há uma varanda nesse quarto, posso entrar novamente aqui para escapar e voltar para aquele enorme salão se não conseguir roubar alguma nave.

Não sei se os guardas me viram entrar, irei esperar alguns minutos para sair daqui.

Eu tenho uma lança, mas não sei se vai ser o suficiente para me defender, ela é bem menor comparada com as deles.

Escuto passos vindo do banheiro. Vou para debaixo da cama e me encolho, então a porta do banheiro se abre e vejo os pés da pessoa que estava no banheiro.

Os pés são bem menores de qualquer outro adulto, só se for algum anão. Sinto um pouco de peso na cama, essa pessoa se deitou.

— Eu sei que tem alguém aqui. — Escuto uma voz masculina à cima de mim. Me assusto, como ele sabe que eu estou aqui? Não falo nada, talvez ele não me viu e só está falando sozinho... Ou ele é louco mesmo. — Eu sei que você está aí debaixo. — Diz ele de novo fazendo o meu corpo gelar. — Bu. — Ele me olha de baixo da cama me fazendo tomar um outro susto. Saio debaixo da cama me arrastando para trás até me encontrar com a parede, ele então se aproximar com uma expressão de curiosidade. Aponto a lança fazendo ele dar um pulo para trás. Estou com medo, e se ele disser para os guardas onde estou? — Calma, não vou te machucar. — Ele dá uma pausa até continuar. — Mas por que você está aqui? Eu nunca te vi por aqui.  — Ele indaga como se eu realmente fosse responder, ele pode estar mentindo. — Muda? — Continuo calada. — Eu sou o Lo... Luís, prazer. — Fala estendendo a sua mão, mas continuou apontando a lança para ele. — Não vai responder? Então irei chamar os guardas. — Diz indo em direção a porta. Garoto esperto.

— Não. — Digo com medo. — Não por favor... — Ele para em frente da porta preste a abrir.

— Olha... Pelo visto você fala. — Diz ele com um tom de deboche se aproximando de mim novamente. — Por que você está aqui? — Insisti a mesma pergunta.

— Eu estou fugindo dos guardas.

— Não estou perguntando de você está no meu quarto. Isso eu já sei. Estou perguntando aqui em Asgard. — Garoto atrevido, como não confio em ninguém, minto dizendo:

— Eu sou de Asgard, de uma vila pequena e escondida, estou à procura de comida.

— Você está blefando. — Argumenta me encarando com uma expressão séria.

— Você fala demais, e eu não estou blefando.

— Tudo bem, então você já pode se retirar do meu quarto. — Diz ele direcionando sua mão para a porta.

A recompensaOnde histórias criam vida. Descubra agora