O quarto pt I

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Mas como eu tenho muita sorte, escuto alguns passo vindo em direção ao quarto até que a porta se abre

Quando a porta se abre, um cara de cabelos pretos e olhos verdes entra e quando percebe que estou no quarto, ele arrega os olhos e corre em minha direção.

Arregalo os olhos e me desvio do soco indo por trás dele. Seguro mais forte a lança e tento cravar em seu ombro, mas falho, ele se vira e puxa a lança de minha mão e joga para longe.

Ele tenta me soca várias vezes, mas sempre falhava.

Após vários minutos tentando me derrubar, ele faz um gesto com a sua mão que faz aparecer uma adaga, espera... De onde surgiu essa adaga? Ele corre em minha direção novamente e tenta cravar em meu peito, mas impeço que isso aconteça segurando a mão dele. Ele é muito forte para segurar. Quase chegando perto de meu peito, sinto a parede, tento várias vezes empurrar para o lado, mas era quase impossível mexer já que ele é bem forte. Tenho que pensar em algum antes que ele me mate, estou perto da varanda, talvez eu possa dá um golpe para fazer ele cair e eu puder pular da varanda.

Assim faço, dou tipo uma rasteira fazendo ele cair. Tento correr em direção à varanda, mas sinto meu corpo sendo puxada para trás, é como se alguém tivesse me puxando, mas quando virei a cabeça para trás ele ainda estava caído no chão só com o seu braço estendido em minha direção.

Tento sair do lugar, mas não conseguia, era como se eu estivesse paralisada.

Viro novamente a cabeça para trás e ele já estava quase em pé, tento várias e várias vezes sair, mas não conseguia.

Depois de alguns segundos consigo me mexer novamente. Quase na varanda sinto meu corpo sendo puxado para trás, mas dessa vez era o cara de cabelos pretos.

Ele me prende na parede agora com a sua adaga em meu pescoço. Tento puxa a adaga de sua mão, mas não conseguia já que ele estava com o seu braço me prendendo na parede me impedindo de fazer qualquer movimento brusco já que ele é bem mais forte do que à mim

— Quem é você e o que você está fazendo aqui? — Bradou o homem ainda com sua adaga em meu pescoço.

—  Eu sou só uma simples garota indefesa. — Digo com um tom de voz mais fina debochando da cara dele.

— Eu vou perguntar mais uma vez, quem é você? — Repete a mesma pergunta.

— Eu já disse, eu sou uma simples garota.

— Então o que você está fazendo no meu quarto e como entrou?

— Eu jurava que isso era um cativeiro. — Digo fazendo uma expressão de surpresa. — E não está claro? Entrei pela varanda. — Meneio com a cabeça para a varanda.

Ele faz uma expressão séria, que para falar a verdade, me deu um certo arrepio. Aqueles olhos... Parecem de alguém que eu já vi... Eles são tão verdes quanto um campo.

— Olha, só vou pergunta mais uma vez, quem é você? — Caramba, ele já está me dando nos nervos.

— Eu já disse. — Também continuou insistindo na minha resposta.

— Não... Você não é só uma simples garota que invadiu o meu quarto. Quem é você?

— O senhorito não disse que ia perguntar só mais uma vez? — Indaguei fazendo ele ficar mais irritado.

— Não mude de assunto.

— Eu-já-disse. —  Ao falar isso, ele coloca sua adaga mais perto de meu pescoço me fazendo engolir seco.

— Se você não falar quem é você e o que você está fazendo aqui, eu juro que eu te mato e faço você em picadinho.

— Pode ir em frente, não tenho mas nada à perde, a não ser a minha vida. — Digo forçando um sorriso tentando não mostrar um semblante de tristeza. - Sabe que se matar vai conseguir uma maravilhosa recompensa, tudo mundo está louco por isso, mas pelo visto, você foi o premiado. — Digo olhando nos fundos de seus olhos.

— Do que você está falando? — Vejo que a sua expressão mudou um pouco, mas ele forçar para continuar sério.

— Você não sabe? Olha, não estou nem um pouco afim de contar a história. - Digo entediada com aquela situação.

— Diga agora quem é você antes que eu te mate. — Bradou de novo o homem com raiva. Eu quero saber até onde ele vai.

— Eu já falei para ir em frente, me mate logo e acabe com essa droga de sofrimento. — Após falar isso, o homem de cabelos pretos suaviza a sua expressão, mas ainda com a adaga em meu pescoço.

— Para de brincadeira e me diga logo, quem é você? — Realmente ele não vai parar de perguntar até eu falar.

— Yelleny Lawrence, filha de Phill e Astrid Lawrence e princesa de Roflheim. Satisfeito? — Respondo rapidamente. Ele me encheu o saco para falar então soltei tudo.

— Roflheim? Que lugar é esse? — Indagou ele.

— É um reino, o meu reino. E eu jurava que todo mundo conhecia esse reino. — Digo realmente surpresa por isso. — Ou talvez é porquê agora é chamado de planeta morto ou reino esquecido.

— Você veio do planeta morto? E o que você tá fazendo aqui? — O homem franzi o cenho e faz uma expressão de interesse e dúvida.—  Era para todos estarem mortos e você saiu viva? Então você é a fugitiva que todos procuram? — Acrescenta.

— Você fala demais, e sim, eu sou a fugitiva. — Falo entediada. Ele realmente me lembra uma pessoa... Eu só posso tá ficando louca, de novo.

— Entendi... — Parece que ele está pensativo, o que será que ele vai fazer agora, me matar ou me deixar ir embora? — Eu vou falar com uma pessoa e vou te deixar aqui, se você se quer pensar em fugir, eu te mato. — Depois de alguns minutos olhando pro chão, ele fala me encarando.

— Você acha mesmo que vou fugir? - Pergunto dando uma risada. — Tem várias pessoas atrás de mim, com toda certeza eu vou ficar. Pelo menos aqui é um pouco mais seguro. — Acrescento.

— Ótimo. Agora eu vou tirar o meu braço de você, mas se você fizer alguma coisa eu...

— "Eu te mato" Tá, tá, eu já entendi. — Interrompo ele revirando os olhos.

Ele tira sua adaga de meu pescoço e o seu braço, ele continua me encarando, talvez esperando que eu faça alguma coisa ou tente fugir.

Depois de alguns segundos me encarando, ele se afasta devagarmente até a porta.

O que será que ele vai fazer? Espero que ele não me mate, apesar das coisas que falei, eu não quero...

Continua...

A recompensaOnde histórias criam vida. Descubra agora