#2 - Visão

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Após nossa aposta boba de quem se arrumaria primeiro, fomos jantar com Glimmer e Bow, era bom ter todos aqui sem todo aquele clina caótico, mas sim de amor e paz.

Se eu soubesse que no fim eu teria isso aqui, passaria por tudo novamente sem medo, porquê sei que no fim eu teria todos eles aqui comigo.

Acabou que perdi a aposta, acho isso um absurdo, mas vai ter revanche.

— Você perdeu, que pena, dorinha. — Reviro os olhos, ela sabe ser bem chatinha quando quer e agora então, estou ferrada.— Não fica assim, na próxima você ganha.

— Nhenhe, nem ouvi o que você disse. — Tampo os ouvidos e fico assobiando, acho que as vezes eu viro uma criança de 5 anos.

— Meninas? — Bow aparece rindo de nós duas, se nem ele entende porquê somos assim, por que entenderíamos? — Vamos pra sala de jantar.

— Sim, senhor. — Falo caindo na gargalhada, caminhamos pra sala de jantar, a vontade de por o pé na frente pra Catra cair era gigante, mas sei que ela iria surtar.

— Eu sei o que você está pensando e nem ouse. — Ela sussurra pra mim, me conhece tão bem.

— Não pensei em nada, estou quieta. — Chegamos a sala de jantar e Glimmer já estava lá nos esperando, nos recebe com um sorriso, quando ela ficou tão madura? Ela realmente exala soberania e lembra tanto a sua mãe.

Rainha Angela ficaria tão orgulhosa, sinto saudades dela, parei de me culpar por esse acontecimento, sei que dói lembrar, mas foi necessário para curar e agora entendo o sacrifício que ela fez.

Nos sentamos, Glimmer ao lado de Bow e eu ao lado de Catra, tudo perfeito, nem parecia que dias atrás estávamos lutando contra o Prime.

Pensar que talvez nem estaríamos aqui, é muito doido, tudo está começando a se acertar e eu não poderia ser mais grata por isso.

Olho todos sorrindo, é impossível não ficar feliz com esse momento, tá tudo tão mágico e perfeito. O cozinheiro adentra a sala de jantar e começa a falar sobre o prato da noite.

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Confesso que não prestei atenção nele, um ponto me chamou atenção, não sei explicar o que é, mas há algo no fundo da sala flutuando, é bem pequeno e emite um som meio agudo, parece uma esfera.

Me levanto da cadeira e é como se eu não estivesse levantando pra eles, como se eu estivesse numa realidade alternativa e ninguém estava me vendo, continuo me aproximando da esfera e a toco.

Num instante, a sala de jantar some, a esfera some, todos ao meu redor somem, me encontro num lugar escuro sem nada, olho ao redor e não vejo ninguém. É tudo preto e sem vida, muito pesado aqui.

O som me apavora, há flashs de pessoas correndo e sumindo, não sei se devo, mas sigo meu instinto e caminho, conforme ando, o lugar parece que estica e diminui ao mesmo tempo.

— Adora? — Alguém me grita, é uma mulher, procuro por todos os lados e não a vejo, mas como essa pessoa sabe meu nome? — Me ajuda, por favor.

O grito fica mais alto e o som agudo volta, tampo meus ouvidos e abaixo, eu não consigo entender o que é isso, por que estou aqui? Quem é essa mulher?

— Eu não consigo te ver, aonde você está? — Grito de volta e não consigo enxergar nada, tudo começa a sumir e não consigo ouvir o que a voz no final diz.

— Adora, por favor, sou eu... — A voz some deixando um silêncio gigante, fecho meus olhos e quando os abro volto pra sala de jantar.

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THE PAST ( O PASSADO ) / CATRADORAOnde histórias criam vida. Descubra agora