#7 - Ela está viva?

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Nunca me senti tão feliz desde tudo o que passou, tudo está tão bom e calmo, acho que em toda a minha vida eu não imaginaria que estaria assim hoje. Meu pai ao meu lado, os melhores amigos que eu poderia ter e paz.

Gosto de vir ao jardim admirar à escultura da minha mãe, todo dia passo aqui e conto sobre meu dia, é tão bom, as vezes sinto ela aqui comigo me ouvindo. Daria tudo pra vê-la outra vez, nem que seja rápido.

— Filha? — Meu pai toca meu ombro me virando pra ele. — Tudo bem?

— Oi, pai. Tudo sim e o senhor? — Ele afirma com a cabeça olhando pra escultura da minha mãe. — É linda, né.

— Você é a cara dela, minha menina. — O abraço tentando não chorar, mas sem sucesso, relembrar o passado ainda dói.

— Estava pensando em ter mais uma escultura aqui, minha e sua ao lado da mamãe, o que acha?

— Ótima ideia, assim para sempre estaremos ao lado dela.

— Essa é a intenção, tô feliz que tenha gostado. — Sorrimos e ele beija minha testa, não sabia que sentia tanta falta do meu pai, até ele voltar. Perdemos muito tempo, mas ainda bem que agora estamos aqui. — Vou ver o Bow, pai.

— Vai lá, depois diz que eu quero conversar com ele. — Ele estreita os olhos, mas acaba rindo, sorrio junto. Tá aí uma coisa que meu pai não consegue ficar por muito tempo, ficar sério.

Dou um último beijo em sua bochecha e me teletransporto para o quarto do Bow, assim que saio, eu vejo alguém no caminho, mas é muito rápido, como se fosse um borrão. Não sei, deve ser coisa da minha cabeça.

Parecia muito alguém ali, só que foi rápido demais, não sei se consigo ver novamente essa pessoa ou seja lá o que for. Chego no quarto de Bow e ele não está, me teletransporto de volta pro jardim e no caminho, de novo eu vejo, mas ainda não está nítido.

Não sei explicar, mas é como se a pessoa ou coisa estivesse em outra dimensão, sempre que passo, consigo vê-la, porém são segundos só. Já no jardim, vejo meu pai e Bow conversando, acho melhor não atrapalhar.

Caminho pelo jardim e avisto Adora e Catra vindo em minha direção, não era pra elas terem voltado agora, só pela cara delas tem coisa aí. Me aproximo das duas sem entender.

— Que caras são essas? Viram alguém morto? — Pergunto e Catra ia falar algo, mas Adora não deixa e diz.

— Precisamos conversar, é urgente. Chama seu pai também e o Bow. — Adora diz bem séria e me preocupo, ela nunca fala assim, só quando é algo bem ruim mesmo.

— Vão indo para a sala de reunião, vou chamá-los. — Elas saem de perto de mim, corro em direção ao meu pai e Bow.

— Estávamos falando de você... — Nem deixo meu pai terminar e falo o atropelando.

— Precisamos ir para a sala de reunião, agora. — Os dois se levantam juntos sem entender nada, nem eu tô entendendo.

— O que houve? — Bow está apreensivo, quero nem ver como está minha cara.

— Eu não sei ainda, vamos? — Nós 3 saímos em direção à sala de reunião, Adora andava de um lado pro outro e Catra tentava a acalmar, mas sem sucesso.

— Me perdoem chegar assim e já pedir que viessem pra cá, mas é urgente. — Adora começa a falar, o nervosismo me consome, penso em mil e uma possibilidades, mas nenhuma faz sentido do que seja tão urgente. — Antes que vocês briguem comigo, isso aconteceu 2 vezes.

— Isso o que? Fala, por favor. — Já estou sem paciência pra esperar ela dizer, Bow segura minha mão percebendo meu estado.

— Alguém em outra realidade se comunicou comigo e eu acho que sei quem é. — Adora fala, eu fico em choque, eu nem sabia que isso era possível. Será que aquela pessoa que eu vi mais cedo também está em outra realidade, não pode ser.

— Isso é possível? — Meu pai pergunta, até então nem eu sabia que isso era possível. Adora afirma, não consigo acreditar.

— Mas quem é? — Não faço a mínima ideia de quem seja, tava tudo muito tranquilo pra ser verdade, tava demorando alguma coisa acontecer e aconteceu.

— Glimmer... É a sua mãe, a rainha Ângela. — Adora fala se aproximando de mim e eu entro em choque, minha visão fica turva e eu só lembro do Bow gritando pra me segurarem.

THE PAST ( O PASSADO ) / CATRADORAOnde histórias criam vida. Descubra agora