Juu Yon

198 29 4
                                    

Sugawara sentia que estava a ir para um tribunal, onde seria decidido se ele iria ter liberdade ou ir para a prisão. Ele ficou o caminho todo em silêncio, mas não era por estar aborrecido com Daichi e sim pelo nervosismo que preenchia cada célula do seu corpo.

- Suga, olha para mim! - na entrada da cafetaria onde eles iam entrar, Sawamura agarrou a cintura do outro para aproximar os corpos e a outra mão foi usada para erguer o seu queixo. - Eu confio que tenha dado certo, vai correr tudo bem e mesmo que ele não tenha conseguido, nós vamos arranjar outra forma, tá bom?

- Sim Daichi, desculpa apenas estou nervoso. - o tritão aproveitou a proximidade para beijar o outro rapidamente. - Vamos, eles já devem estar à nossa espera.

Os dois entraram no estabelecimento e ao reconhecerem as duas pessoas numa mesa afastada de todas as outras, foram na sua direção.

- Sawamura, Sugawara, como vocês estão? - pergunta o mais alto animado, já o rapaz ao seu lado apenas acenou com a cabeça.

- Boa noite Oikawa, Iwaizumi. - cumprimenta Koshi ao sentar-se de frente para os dois.

- Então Toru, deu tudo certo? - Daichi decide ir logo ao ponto e recebe um sorriso de lado do rapaz de cabelo castanho claro.

Oikawa sem pedir nada, dirige a sua mão para o bolso das calças de Iwaizumi e de lá tira uma carteira preta sem qualquer estampa. Ele colocou-a em cima da mesa e assistiu Daichi abrir a mesma para começar a averiguar se estava tudo certo.

- A família dele? Qual a sua história? - Sawamura deu a carteira a Suga e continuou com as perguntas.

- A família dele é de Matsuyama e ano passado tiveram um acidente de carro, onde nenhum deles sobreviveu. O caso foi abafado a pedido de seu único filho pois não queria a atenção dos jornalistas em si num momento de tanta dor. - explica Hajime.

- E sobre a formação?

- Bom, o Kenma diz que consegue colocar o nome dele nos registos da Aoba Johsai, mas apenas quando o ano letivo acabar. - responde Oikawa.

- Então não precisaremos de mais nada?

- O Kuroo diz que por enquanto só precisarão desses. Ele já é maior de idade, portanto apenas só falta arranjares um telemóvel para ele, mas isso já tens de ser tu a providenciar. Eles já fizeram muito em vir de Tóquio trazer isso.

- Muito obrigado, aos dois! - Sugawara fala com um grande sorriso e lágrimas acumuladas no rosto. - Gostaria de retribuir de alguma forma tudo o que estão a fazer por mim.

- Eu sei bem o que é estar preso no oceano, mesmo ele sendo imenso! - comenta Hajime que de todos ali presentes, era o que entendia perfeitamente o que Koshi estava a sentir.

- Bom, está a quase a anoitecer e pelo que Daichi me falou ao telefone, vocês deixaram as crianças sozinhas na praia. - todos notaram o tom de troça vindo de Toru. - Talvez seja melhor irem.

- Quando tu e o Kageyama vão parar com essa rivalidade infantil?

- Não preciso disso. Sou o melhor distribuidor, com notas boas e tenho o Iwa-chan. - o mencionado olhou para Oikawa com um olhar bruto. - Estou melhor que ele em todos os aspetos.

O estudante da Karasuno e o tritão prateado despediram-se dos amigos e saíram da cafetaria, já que tudo estava resolvido e queriam ir logo ter com os amigos.

- Não olhes assim para mim Iwa-chan! - reclama Oikawa, enfim olhando para o parceiro.

- Tu és impossível Oikawa!

- Sabes o que eu também achava impossível antes? A existência de sereias e agora estou aqui num relacionamento com uma, acreditas? - ele agarrou a gola do casaco do namorado e deu-lhe um beijo que foi prontamente correspondido.

Sun on the Water [Haikyuu!!] Onde histórias criam vida. Descubra agora