Luca ajeitava sua barraca num bosque ao lado de uma cachoeira. Ele estendia um lençol dentro da barraca.
-Luca!!! Vem cá, acabei de assar um franguinho aqui! -Alberto apagava o fogo do fogãozinho que ele fez.-
-Tô indo! -Ele deixa de fazer oque estava fazendo e vai até seu namorado.-
Luca se senta ao lado de Alberto e nenhum dos dois diz nada, apenas comem o frango em silêncio. O olhar de Luca estava tão cheio de alegria e felicidade.
-Que foi? Tá com um olhar distante... -Alberto questiona.-
-Eu só estou feliz. -Luca sorri com a boca cheia.-
-Eu também. -Alberto corresponde o sorriso.-
-Eu nunca pensaria que eu seria tão feliz aqui em Portorosso quando cheguei de Gênova. Foi tanto tempo fora, que eu pensei que não iria me adaptar aqui novamente.
-Ah, pensou que seria triste?
-Na verdade, eu tinha medo. Medo de você não corresponder meu sentimentos. -Ele olha para as águas da cachoeira que caiam agressivamente que batiam nas rochas e faziam um som pacificador.-
-Tá maluco? Todos os meus dias foram vivido para você!
-Não precisa mentir e exagerar Alberto, não vivemos em um conto de fadas, ok?
-Ok, realmente não foi todos os dias, mas foi a maioria deles!
-Eu sinto falta disso, desse sentimento.
-Que sentimento?
-O da paz. -Luca avança para cima de Alberto, sentando em cima de seu colo, agarrando a gola de sua camiseta e o puxando para perto.- Eu te amo tanto, mas tanto... -Ele sorri.-
Alberto calmamente se aproxima de Luca, colando seus lábios nos do garoto. Ele se distancia aos poucos, certificando de ver a reação tímida e fofa de Luca.
-Isso responde o seu eu te amo?
-Responde... -Luca sorri sem jeito.-
E assim eles ficam se encarando, poupando palavras e aproveitando o momento. Era um tempo de paz depois de uma semana de emoções e aflições. Por um momento Luca pensa em como Giulia estaria.
O sol começava a se pôr no horizonte, deixando o céu com uma cor rosa-alaranjada. Os dois garotos acendem uma fogueira e ficam deitados juntos ao lado dela, olhando as estrelas que aos poucos apareciam no céu.
-Sabe, como será que a Giulia está agora? -Luca coça a cabeça.-
-É sério que tu vai pensar nela, na nossa viagem?
-É inevitável, sabe... Vivi junto com ela por dez anos, eu dividi meu quarto com ela por dez anos, ela foi minha irmã por dez anos. É muito tempo, é impossível não se preocupar com ela.
-Ok, foi mal, foi mal. Eu creio que ela vai superar, sabe? Seguir em frente. Do mesmo modo que fizemos na época. E olha só, estamos aqui juntos.
-E eu espero que seja pra sempre. -Luca sorri mostrando os dentes e beija a mão de Alberto, que estava sobre seu peito.-
-Então vamos fazer ser pra sempre!
-Quê? Como assim?!
-Luca, você quer se casar comigo?
Luca fica em silêncio por alguns segundos, raciocinando oque acabou de escutar. Até que a ficha cai.
-SE CASAR? TIPO, SERMOS ESPOSOS?
-Sim?
-É CLARO! É CLARO QUE EU ACEITO! -Luca se levanta e pula de alegria, totalmente entusiasmado.-
Os olhos de Alberto se enche de lágrimas.
-Ow, que fofo! Você está chorando!
-NÃO ESTOU! -Alberto estava chorando-
-TÁ SIM! VOCÊ TÁ! -Luca ria, debochando de seu noivo.-
-TÔ NADA! -Alberto enxuga as lágrimas, olhando para Luca iluminado pela luz da fogueira.-
Eles se amam, e dessa vez, vai ser para sempre.
5 ANOS DEPOIS
-Fala papai, fala! -Alberto brincava com uma criança dentro de um quarto infantil. No quarto, havia um berço, brinquedos espalhados pelo chão e um quadro com a foto de Luca, Alberto e a criança.-
-Papai! -A criança responde, com dificuldade para falar.-
-LUCA! LUCA! -Alberto estava emocionado.- LUCA, VENHA AQUI!
-O QUE HOUVE? -Luca corre da cozinha para o quarto, secando as mãos em seu avental.-
-O Dario disse papai! Ele falou pela primeira vez! -Alberto sorria eufórico. A criança babava, olhando disperso para o pai Alberto.-
-SÉRIO? -Luca agacha sorrindo e dá um beijo na testa da criança.- Meu deus! Eles crescem tão rápido, né?
Dario enfia o mordedor de borracha na boca e o mordia, ainda sem dentes. Ele realmente gostava de morder aquilo.
-Meu filho falou papai! Pra mim! -Alberto sorria orgulhoso.-
-Tá bom, seu pai coruja. Deixa o Dario no berço e vem me ajudar a fazer o jantar. -Luca pega um pano de prato de dentro do avental e joga para Alberto.- Deixa ele descansar porque amanhã ele tem creche.
-Tá bom, tá bom.
Alberto pega seu filho no colo e o coloca no berço. Ele liga uma luminária com luz ambiente que muda de cor e toca música de ninar e sai do quarto, fechando a porta lentamente.
-Você realmente é um pai babão. -Luca ri baixinho.-
-Vocês são as minhas preciosidades. Serei o pai que eu nunca tive. -Alberto beija a bochecha de Luca e vai secar a louça. Chegando na cozinha, ele se depara com Giulia sentada na mesa.- Ué, ela estava aqui esse tempo todo?
-Alguém tinha que ajudar o Luca a fazer o jantar enquanto alguém fica em cima do filho, né? -Giulia estava com um corte de cabelo totalmente curto, tingido com a cor preta e com um lado da cabeça raspada. Ela tinha um piercing na sobrancelha e usava um batom preto.-
-Agora, parando pra reparar, desde que você chegou do Brasil com a Donatella você virou uma emo. Querida, já estamos com mais de 27 anos. Seus 15 já passaram.
-Vai cuidar do teu filho, fiscal de estilo. -Giulia se levanta.- Bom, como você já veio, meu trabalho aqui está feio. Eu vou voltar pra casa, combinei com a Tella para ver filme com ela. Até mais, meus papaizões.
-Tchau, Giulietta! -Luca mandava beijinhos enquanto lavava a louça.-
-Vai lá, escuridão! -Alberto ria enquanto secava a louça.-
Alberto finalmente tem algo que ele nunca teve; uma família.
FIM
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Luca & Alberto
FanfictionSe passaram longos anos desde a partida de Luca. 10 anos, para ser exato. Seu retorno à Portorosso pode ser um estopim para iniciar sua vida amorosa com Alberto. Em contrapartida, Donatella ressurge dos piores pesadelos de Alberto; Ali então, se ini...