𝟓.𝟏 𝐐𝐔𝐄𝐃𝐀 𝐃𝐀𝐒 𝐄𝐒𝐓𝐑𝐄𝐋𝐀𝐒

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Sinopse: Rhys leva Feyre para parte superior da casa dos ventos na queda das estrelas.

Observações:. Feyre está ciente sobre os seus sentimentos em relação a Rhys.

——

Todos estavam esperando pela tal reunião quando Rhys me levou para uma varanda pequena e reservada que se projetava do nível superior da Casa do Vento. Rhys me soltou quando me sentei no parapeito da varanda. Imediatamente desisti disso quando vi a altura, e recuei um passo por segurança.

Rhysand riu.

— Se você caísse, sabe que eu me daria o trabalho de salvá-la antes que atingisse o chão.

— Mas não até eu estar perto da morte?

— Talvez.

Revirei os olhos e Rhys riu.

Apoiei a mão contra o parapeito, olhando para o céu.

— Pode, por favor, me dizer sobre o que se trata essa... reunião?

Rhysand passou para trás de mim, rindo ao dizer ao meu ouvido:

— Continue olhando para cima que você vai descobrir.

— Não deveria estar lá embaixo fazendo algum discurso?

— Esta noite não se trata de mim, embora minha presença seja reconhecida e observada — disse ele. — Esta noite se trata disso.

Quando ele apontou...

Uma estrela disparou pelo céu, mais brilhante e mais próxima que qualquer uma que eu tivesse visto.

Recuei um passo, na direção de Rhys, sentindo seu calor, seu poder e o cheiro dele. E mesmo não querendo, me afastei. Não tinha certeza se conseguiria me controlar, reprimir o que sentia com seu corpo tão perto do meu. Principalmente do que aconteceu dias atrás, na Corte dos pesadelos.

Outra estrela cruzou o céu, rodopiando e girando no próprio eixo, como se estivesse celebrando a própria beleza iluminada. Ela foi seguida por outra, e outra, até uma brigada de estrelas ser lançada do horizonte, como se milhares de arqueiros as tivessem soltado dos poderosos arcos.

As estrelas passaram em cascata por cima de nós, enchendo o mundo de luz branca e azul. Eram como fogos de artifício vivos, e meu fôlego ficou preso na garganta conforme as estrelas continuavam caindo e caindo.

Eu jamais vira algo tão lindo.

E quando o céu estava cheio delas, quando as estrelas disparavam e dançavam e fluíam pelo mundo, a música lá embaixo começou.

— Não são... não são estrelas, na verdade.

— Não. — Rhys foi até meu lado no parapeito. — Nossos ancestrais achavam que sim, mas... São apenas espíritos, em uma migração anual para algum lugar. Por que escolhem este dia para aparecer, ninguém sabe.

Senti os olhos de Rhys sobre mim, e desviei o olhar das estrelas cadentes. Luz e sombra passaram pelo rosto dele. As comemorações e a música da cidade muito, muito abaixo mal eram audíveis por cima do barulho da multidão reunida na Casa.

— Deve haver centenas deles! — Eu consegui dizer, voltando meu olhar para as estrelas que passavam zunindo.

— Milhares — replicou Rhys. — Vão continuar passando até o alvorecer. Ou espero que sim. Há menos deles do que da última vez que vi a Queda das Estrelas.

Antes de Amarantha o trancafiar.

— O que está acontecendo com eles? — Olhei a tempo de ver Rhys dar de ombros. Algo doeu em meu peito.

𝐎𝐍𝐄𝐒𝐇𝐎𝐓𝐒 ─ 𝐅𝐄𝐘𝐒𝐀𝐍𝐃Onde histórias criam vida. Descubra agora