𝟏. 𝐄𝐒𝐂𝐔𝐑𝐈𝐃𝐀̃𝐎

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Sinopse: Os poderes de Nyx deixa o menino desespero quando ele não consegue controlar.

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O sorriso no rosto do meu parceiro e do nosso filho sempre me deixa sem ação. Suas gargalhadas, então, me desarma totalmente. Talvez deva ser porque quase perdi Rhys mais vezes do que posso contar, e a cena quase se repetiu com Nyx antes mesmo de eu tê-lo em meus braços.

Faz quase seis anos que quase morri no parto junto com meu bebê, e levava meu parceiro junto por conta daquele acordo marcado com uma tatuagem em nosso braço. Estávamos felizes, e desde então tudo estava calmo do seu jeito. Alguns problemas surgiam ao longo dos dias, mas não passava disso; simples e resolutos. Não havia sinal de uma possível guerra, nem de conflitos entre as cortes. Ou seja, Eris estava calado, assim como seu maldito pai.

A paz que sempre pedimos — imploramos e lutamos para ter — a mãe, finalmente havia chegado.

— Mamãe — seus dedinhos agarraram a minha calça e balançaram-na. — Posso tomar sorvete? — ele uniu suas mãozinhas pequenas e fez aquela carinha que me deixa sorrindo feito uma bobinha. — Diz que sim!

Rhys, atrás de mim, riu e cruzou os braços.

— Meu morceguinho, está fazendo frio. — Ajeitei touca em seus cabelos preto- azulado, protegendo suas orelhinhas do frio. — Porque não vamos para casa, aquecemos essas asinhas lindas que devem estar congelando, e a mamãe te faz um chocolate quente?

Ele fez bico e piscou os olhinhos azul-violeta graciosamente.

— Só um, mamãe! — insistiu. — Por favor! — Quando o encarei com os olhos semicerrados, Nyx suspirou, já sabendo que era minha decisão final. — Tudo bem! — Mas como se trata do filho de Rhys, um sorriso cheio de intenções cresceu no canto do seus lábios. — Mas só se a mamãe levar eu no colo. — Seus bracinhos se ergueram em minha direção.

Nyx soltou um gritinho quando o peguei pela cintura de repente. Seus bracinhos agarraram meu pescoço enquanto ele ria conforme eu distribuía beijos por seu rosto e fazia cócegas em sua barriguinha.

Parei e me virei para Rhys quando, através do nosso laço de parceria inquebrável, o senti tenso.

O que foi?, perguntei.

Mas ele não respondeu. Balançou a cabeça, veio até mim e apoiou a mão na minha lombar. Seus lábios quentes tocaram minha têmpora por vários segundos.

— Vamos para casa. Aqui fora está ficando frio demais.

Apertei Nyx forte contra o peito quando Rhys passou a mão por debaixo das minhas pernas, abriu as asas e voou conosco para casa mesmo com o frio que estava fazendo.

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Nyx estava brincando no carpete com os milhares de brinquedos que Rhys e a nossa família o deram nos últimos anos. Já o meu parceiro, depois de passar a maior parte do seu tempo tendo que resolver os milhares de assuntos em nossa corte, relaxou no sofá e abriu um livro. Mas assim que me viu tentando equilibrar duas xícaras enormes e um copo, veio ao meu encontro para ajudar.

— Eu disse que podia te ajudar a pegar — resmungou, colocando as duas xícaras sobre a bancada de madeira ao lado do sofá.

Revirei os olhos e me ajoelhei no chão, na frente de Nyx.

— Como prometido — sorri quando vi os cantos dos lábios do meu menino se elevarem, e, faminto, suas mãozinhas agarram o copo que comprei especialmente para ele beber e não derramar.

𝐎𝐍𝐄𝐒𝐇𝐎𝐓𝐒 ─ 𝐅𝐄𝐘𝐒𝐀𝐍𝐃Onde histórias criam vida. Descubra agora