Hannah hossler
Califórnia, 20:00
6 de julho— Filha! Eu... eu vou morrer.— ela diz pegando no meu rosto e eu franzo a testa
— Mãe você não vai morrer.— digo rindo
— Você acabou de ter minha irmã, por isso está fraca. Mas vai ficar bem!— falo e me sento na beirada da cama— Não meu bem. Eu estou morrendo, essa gravidez era uma gravidez de risco porque eu estou doente. Não sei bem de que, os médicos não identificaram.— ela diz fraca e meu coração acelera.— Eu preciso que você cuide da sua irmã pra mim. Não deixa seu pai se aproximar dela, nunca!— ela pede pegando na minha mão e eu me afasto
— Você não vai morrer! você vai cuidar dela mãe. Eu... não posso fazer isso sem você.
— digo já com lágrima nos olhos e ela sorri fraco— Você tem o vinnie, seus tios, o jaden, seus amigos. Sei que vocês vão conseguir!—ela diz e aperta minha mão
— Mas mãe....— digo e deixo o choro escapar
— Filha. Você já é uma mulher, já está na hora de viver sem mim. Eu sei que você será uma ótima mãe e vocês vão dar muito amor pra ela. Eu passei a guarda dela pra você, então por favor, não me deixa na mão. — ela diz fraca e sinto seu aperto ficar mais frouxo
— Por favor mãe, não, não me deixa
— encosto meu rosto em seu peito e ela põe a mão na minha cabeça— Eu te amo minha cinderela.— sussurra e então para de respirar
Ela.parou.de.respirar.
Minha mãe morreu. Ela morreu.
Grito, de tanta dor no peito que sinto, e logo os médicos começam a entrar na sala.
Vinnie entra também e me puxa pra fora de lá logo me dando um abraço apertado.
— Eu tô aqui amor. Eu tô aqui. Pode chorar.
— ele fala fazendo carinho em mim e eu desabo de vezCaio no chão e Vinnie se abaixa junto comigo sem sair do abraço.
Vejo meu pai se aproximar do berçário e me levanto irritada.
Minha mãe disse pra protege-la e eu a protegerei. Vou dar a minha vida por essa criança e esse velho filho da puta, que um dia eu chamei de pai, nunca vai se aproximar dela. NUNCA.
Ando em passos pesados até o berçário e quando entro ele estava lá fazendo carinho nela.
— Sai daqui. Agora.— mando apontando pra porta e ele ri
Essa risada dele me enoja.
— Ela é minha filha. Eu tenho o direito.
— ele diz ainda fazendo carinho na neném— Não é mais. A minha mãe... ela morreu.
— digo me segurando pra não chorar de novoEle não esboça nenhuma reação. Parece nem ligar. O que eu já imaginava.
Ele nunca a amou. Nunca. Só a machucava, tanto com ações como com palavras.
— Eu tenho a guarda dela agora e você nao vai nem chegar perto dela— ele ri novamente e sai de perto dela.
— Vocês duas, sempre serão minhas. Eu ainda tenho você, enquanto eu ainda tiver você. Eu tenho ela.— ele diz e beija minha bochecha
Ele sai do quarto e mais um vez eu começo a chorar.
Preciso parar com isso. Eu sabia que uma hora minha mãe morreria, só não pensei que seria tão cedo.
Mas agora preciso seguir em frente e dar o meu melhor pela minha irmã. Ela vai viver tudo que eu não vivi e não vai passar pelo que eu passei. Ela vai ter um pai que ama e cuida dela. Não um que abusa.
A partir de agora eu sou mãe e aí de quem disser o contrário.
Afinal, ela se foi, é minha vez de fazer o que ela sempre fez por mim.
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NOTAS*Agora é último. Meus dedos já estão doendo de tanto escrever.
* Enfim, a tristeza que eu tô. Mas isso já era previsto.
* Pra quem não queria que ela fosse mãe tão "cedo" eu sinto muito mas foi necessário pro desenvolvimento da estória. Se não, eu não saberia mais o que fazer.
*Eu descobri um fato muito interessante sobre os "significados" de: historia e estória. Eu via as pessoas escrevendo estória e achava que estava errado, mas na verdade tá certo. Não vou explicar o pq, tô com preguiça. Se ficarem curiosos pesquisem, só sei que eu fiquei chocada e me sentindo burra por não saber.
Enfim, é isso por hoje.
xoxo <3
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the synchrony of our gaze
Fiksi RemajaOnde Hannah conhece Vinnie em seu pior momento e ele se torna seu Porto Seguro.