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Vinnie hacker
Los Angeles, 17:00
6 de julho

Merda, caralho, cacete. Eu não aguento mais.

De ontem pra hoje eu fiz mais uma Live e as pessoas insistem em ficar xingando a hannah, me chamando de gostoso, falando pra mim tirar a camisa e coisas do tipo.

Isso já acontecia antes. Sempre aconteceu. Desde que eu comecei nas redes sociais. E eu nunca liguei muito pra isso, mas ultimamente eu tenho ficado cansado.

Com a hannah tudo mudou, ela me fez sentir bem. Ela me dava carinho e dizia que isso ia passar. Que eu não sou só o meu corpo, ainda tem pessoas que gostam de mim pelo o que eu sou.

Essa madrugada eu chorei horrores quando terminei a Live e me senti uma menininha quando tá naqueles dias.

Mas eu tô cansado porra. Não aguento mais toda essa pressão, eu so quero que assitam minhas lives por diversão, pra rir das minha bobeiras e me ver jogar feito louco.

Não pra me assediar e xingar a porra da mulher que eu amo.

Eu me sinto um otario. Não devia ter deixado ela. Deveria ter ficado do lado dela, logo agora que ela mais precisa de mim eu fiz essa merda.

Eu não apareci pra defender ela, pedir que parem de a a xingar e coisa do tipo. Por que não tenho coragem. Só de ouvir o nome dela, lembrar do toque, pensar nela. Me dá vontade de quebrar tudo a minha volta.

Eu to cansado de ser impedido de ser feliz só pela opinião dos outros.

Muita gente ainda quer que eu volte com a Nailea, mas porra. Isso nunca vai acontecer. Eu amo a hannah, mais do que qualquer pessoa no mundo e só de pensar que agora ele pode estar sofrendo nas mãos do pai dela, me dá muito ódio.

Respiro fundo e levanto da cama indo até o banheiro tomar um banho pra relaxar. Lavo meu cabelo e meu corpo logo saindo com uma toalha amarrada na cintura.

Escuto meu celular tocando e vou até o mesmo sem ânimo, vejo que é um número desconhecido e reviro os olhos logo atendendo.

☏︎ 𝑙𝑖𝑔𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑜𝑛 ☏︎

— alô.— digo assim que atendo o telefone

— Vinnie?—uma voz feminina pergunta

— Eu mesmo, quem é??—pergunto já ficando estressado

— Aqui é a Helen, mãe da Hannah.— ela responde e eu arregalo os olhos

— o que ouve? aconteceu alguma coisa? ela tá bem?— pergunto desesperado e minha sogra, quer dizer, e a mãe da Hannah solta um riso fraco

— Não ouve nada, quer dizer, nada de tão grave. É só que... desde que ela chegou aqui ela vem tendo uns pesadelos. Com o pai dela, comigo e também... com você.—ela diz me deixando surpreso

— Comigo?-- pergunto confuso

— Sim, ela sempre acorda chorando e com um olhar de medo. Isso acontece todos os dias desde que ela chegou aqui. Eu pedi pra ela ir em um psicólogo ou algo do tipo, mas ela não quer. Teimosa do jeito que é, insiste em dizer que está bem.— ela fala rapidamente e eu suspiro

— Desculpa mas... eu não sei o que posso fazer pra ajudar. Nós terminamos e ela não deve querer me ver.— digo e ela suspira parecendo chateada

— Eu sei mas... vocês eram amigos. Você não pode vir pelo menos um pouco? Ela está dormindo agora. É o único horário que ela consegue, já que o pai dela virá a madrugada... discutindo, com ela.— ela fala parecendo buscar as palavras certas e eu suspiro

Eu tenho certeza de que ele não só discute com ela, ele deve a machucar e só de pensar nisso meu coração dói.

Eu sou um filho da puta mesmo por ter deixado ela ir sozinha.

— Tudo bem... me manda o endereço
— digo por fim e escuto um suspiro de alívio vindo da mesma

— Ok, te espero aqui!— ela diz e desliga a chamada

☏︎ 𝑙𝑖𝑔𝑎𝑐̧𝑎̃𝑜 𝑜𝑓𝑓 ☏︎

É Hannah, eu sei que fiz uma puta merda. Mas eu não vou desistir de você. Nunca.

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NOTAS

*E volta o cãozinho arrependido.
Pois é, ele já vai atrás dela. Mas se acalmem, ainda vai vim muita turbulência nesse voo😋

* Não sei posto mais outro aqui hoje, porque preciso atualizar a outra. Mas vou tentar postar mais 1 aqui.

* Acabou que eu não tomei a vacina hoje, é só amanhã.

Enfim, só isso mesmo
xoxo <3

the synchrony of our gazeOnde histórias criam vida. Descubra agora