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Duas semanas tinham se passado desde a corrida, desde a última vez que o vi

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Duas semanas tinham se passado desde a corrida, desde a última vez que o vi.

Eu não tinha aparecido no bar de Kurts, desde então. Porque a minha vida estava corrida demais, eu estava focada em trabalhar e juntar os últimos centavos para a cirurgia da minha mãe. E para a minha felicidade, faltavam poucos números para a quantia certa.

Mas eu estava tão farta daquela rotina sufocante, eu não fazia nada além de trabalhar, voltar para casa e dormir, para no outro dia executar as mesmas coisas. A minha vida estava correndo diante meus olhos e eu estava parada, observando tudo acontecer.

E dessa vez, decidi fazer alguma coisa diferente. Alguma coisa fora da rotina cansativa e viciante. Eu queria sair e me divertir, como há tempos não acontecia. Tentei ligar para Kalíope, mas ele não atendia e eu não iria ligar para Kurts, porque ele deveria estar cuidando do bar e o que eu menos queria era atrapalhar o meu amigo.

Por isso, decidi ir sozinha. Não há nada melhor que a nossa própria companhia.

Me vesti como nunca fiz. Coloquei um vestido curto, preto e colado ao corpo, modelei meu cabelo com babyliss, fiz uma maquiagem chamativa que realçava os meus olhos, coloquei uma sandália dourada de salto fino e caprichei no perfume. Eu não era de me vestir assim, prefiro mil vezes jeans, regata, coturnos e a boa jaqueta de couro; mas senti vontade e usei um dos vestidos que estava no fundo do meu guarda-roupa.

Eu pretendia voltar tarde e possivelmente bêbada e por esse motivo, decidi pedir um táxi. E quinze minutos depois, um carro estava estacionado em frente à minha casa. Dei a localização ao motorista e fomos a viagem toda em silêncio.

O lugar que escolhi para ir, era um novo pub na cidade. Todos os malditos habitantes da cidade estavam comentando sobre o lugar e eu decidi visitar, para tirar minhas próprias conclusões.

Como eu estava sozinha e não esperava por ninguém, me sentei no balcão. Segundos depois de colocar a minha bunda no banco de madeira, o bartender se solicitou a me atender.

— Boa noite — saudou, educado. — Qual a bebida para hoje?

Eu não tinha ideia.

Para ser sincera, a vodca estava fora de cogitação e a tequila era clichê demais, porque todas as circunstâncias eu estou bebendo tequila.

Era um pub novo, com um vestido novo, então eu deveria experimentar uma bebida nova.

— Me surpreenda — ofereci um largo sorriso a ele.

Segundos depois, uma bebida azul estava na minha frente. Olhei para o bartender e para a bebida, dei de ombros e suguei o líquido pelo canudo do longo copo.

Era boa, surpreendentemente gostosa.

— O que é isso?

— Bloody Mary com água tônica, suco de limão sem açúcar e tequila.

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