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   Dois dias depois, eu continuava remoendo tudo o que aconteceu

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   Dois dias depois, eu continuava remoendo tudo o que aconteceu.

Suas palavras iam e vinham na minha cabeça e eu me perguntava: aonde eu errei? Eu fui até lá, para vê-lo competir, para prestigiar seu talento e mesmo que tenha ido, Bennet fez questão de me ter por lá. Não fui por conta própria ou de enxerida. Ele fez questão a semana toda para que eu estivesse lá. Muitas vezes eu me questionei se deveria mesmo ir. E a resposta era não. Eu não queria ir e não deveria ter estado lá.

Tudo estava organizado na minha cabeça.

Eu não iria.

Sairia do trabalho direto para casa, tomaria um belo banho e iria ao hospital visitar a minha mãe. Mas quando estava prestes a tomar um banho, a minha campainha tocou e fiquei mega surpresa ao ver Bennet ali. Ele sorriu para mim e me agarrou, depositando um selinho nos meus lábios. Eu retribuí, porque o meu coração falho e idiota palpitou quando suas mãos estavam em mim. Ele perguntou o que eu faria e eu respondi que tomaria um banho para dormir. Bennet implorou para que eu fosse na corrida e eu aceitei, anulando a minha vontade e o que eu faria naquele dia. Larguei meus ideais, princípios e vontades para segui-lo até a corrida.

Eu vibrei por ele, senti a ansiedade invadir meus poros quando alguém ultrapassava seu carro e quando ele tomou a liderança, mordi meus dedos. Ele era incrível e fazia aquilo com maestria. Bennet era bom e era visível.

Atrapalhei meus pensamentos quando uma mão se movimentou na frente do meu rosto. Foquei meus olhos em Kalíope e forcei um sorriso.

Eu estava inerte depois daquele dia. Não consigo focar ou prestar atenção em nada. Meu coração segue afundado no feito e a cada pessoa que entra no bar do Kurts, sinto meu peito espremer em expectativa.

Mas me sinto murchar como uma flor, quando vejo que não é ele que adentrou o lugar.

— Terra chamando por Cora. Repito, Terra chamando por Cora.

— Deixa de ser besta.

Meu melhor amigo me olhou, com aqueles dois enormes olhos afiados de uma águia. Se existia alguém que sabia me ler melhor que ninguém, era Kalíope.

— O que tá acontecendo? Por que você está distraída e dispersa?

Forcei outro sorriso.

Eu não iria contar o motivo a ele. Porque se eu dissesse, Kalíope iria tirar satisfações com Bennet. E se meu amigo fosse, Kurts iria defender o melhor amigo. Então seria uma enorme bola de neve.

Não quero fazer ninguém brigar por minha culpa.

— Só estou ansiosa — menti, claramente. — Você sabe, o lance da faculdade.

Não era totalmente mentira.

Estou há mais de um mês esperando a minha carta de aceitação para a faculdade. Minha sonhada faculdade em San Diego. Então não me senti culpada por dizer aquilo a Kalíope, porque não era de todo uma mentira. Mesmo que sequer tenho pensado na faculdade depois do que aconteceu aquela noite.

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