8 • MengTseu

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Segunda-feira havia finalmente chegado, e ainda havia trabalho a ser feito na casa do Senhor Yi

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Segunda-feira havia finalmente chegado, e ainda havia trabalho a ser feito na casa do Senhor Yi. De certa forma, aquilo estava se tornando uma rotina. Eu sempre saía mais cedo, dizendo aos meus pais que seguiria com um momento de exercício físico, somente para encontrar Minghao e seguir até a casa de nosso vizinho.

Apesar de quase cair para trás sempre que eu chegava naquele quintal, eu me sentia feliz por o lixo estar acabando. Era satisfatório saber que, dali há alguns dias, eu não precisaria mais me expor àquela situação. Sem falar muito, visto que o silêncio começava a se tornar confortável entre nós dois. Limpamos por mais três horas naquela manhã, até que o quintal se tornasse completamente limpo.

— Agora só falta separar as coisas para guardar nos locais corretos! — Minghao comemorou, levantando a mão para que eu a batesse, num high-five. Naquele momento, eu simplesmente não entendi a finalidade, acabando por fazer com que ele a baixasse, um tanto envergonhado.

— Precisamos de muito tempo para limpar esse lugar. Ainda me sinto curioso sobre o motivo para ele deixar tanto lixo acumulado. — assumi, enquanto jogava mais uma sacola cheia de lixo para o monte que fizemos ao lado.

— Talvez ele tenha transtorno de acumulação compulsiva. — sugeriu ele, feliz ao se sentar numa pequena mesinha que havíamos deixado ali, antes junto do lixo acumulado. Em cima dela, o globo quebrado estava disposto junto às ferramentas próprias dele.

— Era preferível que lavássemos essas coisas, antes que você utilizasse. — reclamei, pensando na quantidade enorme de germes que poderiam morar ali. — Não acho que, se ele fosse acumulador, fosse deixar a gente jogar tantas coisas no lixo, simplesmente do nada.

— Talvez a esposa dele seja... aquela que você acha que ele mantém em cativeiro.

— Palhaço! Levante-se! Ainda temos que separar as coisas para guardar.

— Você é mandão demais... — parecia mais uma observação que uma reclamação. — Apenas desejo terminar de consertar o globo. Podemos tirar uma pausa rápida. A propósito, estou com fome.

— Deseja que eu vá comprar algo para você? — perguntei, louco para finalizar aquelas tarefas e me ver livre para voltar à minha antiga rotina.

— Estamos literalmente perto de uma floresta. Podemos ir procurar alguma coisa lá. — sugeriu ele, como se aquilo não fosse nada diferente do comum.

— Está louco?! Acha que é o Tarzan?!

Minghao riu com a minha indignação.

— Você fala como se eu tivesse acabado de sugerir que devorássemos a carne de um ser humano. — zombou de minhas sobrancelhas arqueadas e expressão de nojo. — Nunca entrou nessa floresta?

— Sabe a quantidade de sujeira que pode haver lá? — se contorceu, lembrando de casas de aranha e pensando em lama cheia de fezes de animais.

— Não é como se a civilização fosse muito limpa. — lembrou Wang. — Vem comigo, eu te prometo que vai ser divertido. Em caso de você achar algo muito sujo, nós damos meia volta para aqui.

Wang Minghao É Astronomia ReversaOnde histórias criam vida. Descubra agora