O frio gelido do chão fazia seus ossos tremerem.Sua visão estava turva e embaçada, não conseguia dicenir aonde estava."Eu não dormi na porra da calçada, né?", esse pensamento rodava pela sua cabeça.
Não.Você não estava nas calçadas do subterrâneo.
Reconhecia aquelas paredes mofadas, os moveis velhos e a estante cheia de pó com todos os livros que já passara horas lendo.
Aquele lugar era o antigo "escritorio/sala de cirugia/consultorio/sala de aula" da sua querida mãe.Onde passava a maior parte do seu tempo cuidando de feridos e evitanto o alcoolatra do seu maldito pai.
"Como eu chegeui até aqui?", você se perguntava sem parar.Você tenta levantar mas sua cabeça dói, colocando a mão na região dolorida e percebe ela umida, você tira a mão e percebe sua mão suja de sangue.Ela bateu a cabaça em algum lugar?O que aconteceu?
Fazendo um esforço de latejar a cabeça, lembra de pequenos flashes de memoria.Seus amigos saindo de casa, eles desaparecendo...você chorando na calçada.Mas depois disso havia uma lacuna.
Como se o universo estivesse respondendo as suas perguntas, a porta da sala é aberta revelando uma figura totalmente familiar.Os ombros largos, postura deisleixada, as roupas suadas e sujas-aquilo era sangue?-e o olhar mortal que sempre era lançado até você.
Era o seu pai.
--Pelo visto a donzela acordou-ele diz encostando no batente da porta ainda te encarando com os olhos sombrios, cegos pelo ódio-Você sabe do prejuizo que você e aquele seu amigo bandido me causou?
Ele chega até você e enrola as mãos no seu cabelo, os puxando, fazendo com que você olhasse nos olhos dele, aqueles olhos sombrios e vazios que eram sempre lançados até você sempre que podia.
--Sempre esperei pela oportunidade perfeita, para poder ensinar uma lição a você-ele diz jogando a sua cara no chão, pode sentir o gosto metalico de sangue preencher a sua boca, provavelmente deve ter cortado a bochecha com o impacto no chão--Você vivia com aqueles idiotas bandidos, não saiam de perto de você.Principalmente aquele baixinho, parecia um cão de guarda.Hilario.Mas hoje foi como uma dadiva a todo o meu sofriemnto.
--O-que você quer dizer com isso, seu idiota?-você usa todo o fôlego que tinha para dizer essas palavras.
--Quer dizer que, finalmente, aqueles seus amiguinhos foram presos e vão ser mortos pelas suas transgressões—Ele ri alto, como se tudo aquilo fosse uma mera piada, mas para você?Aquilo era o fim do mundo, seu mundo inteiro havia caido em um poço vazio e de solidão.Seu pai percebe os seunolhar mudar-de confusão para tristeza-e ele ri ainda mais alto-Não sabia dessa?Nessa altura, seus smigos já devem estar em uma carruagem indo para a capital para serem julgados...e mortos.
Nãonãonãonão
Não podia ser.
Ele estava mentindo, como sempre mentiu...
Dessa vez, você sentia como se ele realmente estivesse falando a verdade, as peças se encaixavam.Eles não desapareciam dessa maneira, os que viram eles disseram que eles desapareceram nos becos quando a PM chegou.[
Não...Isabel...Farlan...Levi.
Não conseguia acreditar que a única familia de verdade que teve foi embora.Para sempre.
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𝑩𝑼𝑻𝑻𝑬𝑹𝑭𝑳𝒀, levi ackerman
FanficLevi Ackerman x Reader Você era filha da família de médicos mais famosa da Muralha Sina, mas por um descuido de sua mãe e seu pai, você e sua família acabam parando no fim do poço e tem que se abrigar no Subterrâneo. Anos mais tarde, você se vê entr...