30_ Mamei o Roberto.

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Emma Hills

- O seu pai falou que o meu carro tem cheiro de maconha. - O Caden comentou e eu ri baixinho contra o seu peito.

Nós estávamos tendo pequenas conversas da madrugada. Eu estava deitada no peito dele, escutando o seu batimento cardíaco e ele estava fazendo carinho na minha cintura e as vezes brincando com o meu cabelo.

A mão do Caden deslizou da minha cintura para a minha bunda e eu senti a minha barriga se revirar frio.

- E o que você respondeu? - Perguntei.

- Que tenho amigos maconheiros. - O Caden falou normalmente e eu prendi uma risada.

- E com amigos, você quer dizer: compradores. - Soltei.

- Eu amo que você me entende. - O Caden soltou uma risada nasal.

A mão do Caden que estava na minha cintura de novo, subiu para o meu rosto e ele quase enfiou o dedo no meu olho.

- Depois disso, o seu pai me perguntou se eu conheço alguém que vende. - O Caden contou e eu arregalei os olhos.

- Me diz que você não respondeu. - Quase implorei.

- O seu avô também me pediu maconha mas ele queria maconha portuguesa. - O Caden me ignorou. - Será que vem com o ouro junto?

- Caden. - Encarei ele feio.

- Eu sou responsável, Emma, claro que eu não me entreguei pra dois policiais apenas para vender maconha. - O Caden explicou.

Eu suspirei aliviada depositando a minha cabeça de volta no peito do Caden.

- Eu pedi pro Khoy entregar por mim. - O Caden acrescentou me fazendo virar o rosto pra ele rapidamente.

- Você, o quê? - Perguntei em choque.

- Eu não ia perder um negócio desses! - Ele se defendeu.

- Você tá vendendo maconha pro meu pai e pro meu avô! - Argumentei.

- Maconha portuguesa, respeita a maconha, Emma. - O Caden me repreendeu.

Eu encarei ele indignada.

- Eu sou brasileiro, eu sei aproveitar as oportunidades. - O Caden falou e eu olhei surpresa pra ele.

- Você é brasileiro?

- Eu sou.

- Isso explica muita coisa. - Abri um sorriso.

- Você sabe que isso é preconceito, não é? - O Caden me olhou chateado. - Só porque eu sou brasileiro, significa que isso explica eu vender drogas?

Eu encarei o Caden em choque e ele apertou os olhos negando com a cabeça.

- Eu vendo drogas por amor. - Ele defendeu.

- Eu só falei aquilo por causa do seu pau. - Expliquei com vergonha.

- Ah tá. - O Caden me olhou com cara de bunda.

A porta do meu quarto foi aberta e a Ella entrou com cara de bunda.

- Aonde o Roberto foi? - A Ella perguntou chateada.

- Ele tá dormindo na sala com você. - Respondi confusa.

- O Roberto não tá na sala, e por que vocês dois tão assim abraçados? - Ela se aproximou.

Eu me soltei dos braços do Caden rapidamente e sentei na cama ainda encarando a Ella.

- O Khoy tava na sala com você. - O Caden se sentou também.

- O nome dele é Roberto, você não tem respeit...

- Eu to aqui! - A gente ouviu a voz do Khoy no guarda roupas e eu arregalei os olhos.

O Khoy abriu a porta do meu armário, aparecendo no meio das minhas roupas e eu comecei a passar a noite toda pela minha mente.

Conversas íntimas.

Eu lendo o meu livro para o Caden.

Gemidos.

Muitos suspiros.

O Khoy ouviu tudo.

- Ele tá bêbado. - O Caden falou como se lesse a minha mente.

O Khoy bêbado ouviu tudo.

- Bêbado eu não to. - O Khoy disse revoltado antes de cair de cara no chão.

A Ella correu pra ajudar o seu dinossauro mas ele se soltou dela e se tacou de volta no chão.

- Eu aprendi que se o mundo te derrubar, é pra você aproveitar e cavar uma cova. - O Khoy falou e eu troquei olhares com o Caden.

Senti uma mão puxar o meu cabelo para trás e eu cai com tudo na cama quase quebrando o pescoço.

Pronto, agora eu fiquei careca.

Essa é a minha consequência de ter me envolvido com um traficante.

Eu soltei um pequeno grito pelo susto e pela dor antes de encarar o Caden com os olhos arregalados.

- Agora você já sabe o que esperar da próxima vez. - Ele provocou se levantando da cama e seguindo o Khoy e a Ella pra fora do quarto.

Então eu não vou sair apenas paraplégica da primeira transa com ele? Vou ter que sair com o pescoço quebrado e sem cabelo também?

Pelo menos os orgasmos que eu tive hoje compensaram os que o Ruan não me deu.

[...]

- Você não era vegano, Khoy? - Perguntei assustada vendo ele engolir um pedaço enorme de bacon.

- Eu era? - Ele perguntou engasgando com o outro pedaço do bacon.

- Deve ter sido a gravidez. - O Caden brincou.

Ele serviu no meu prato mais comida antes de se sentar do meu lado, na mesa da cozinha.

- Eu avisei que a gente deveria ter usado camisinha, Genoveva. - O Khoy falou triste encarando a Ella que tinha acabado de entrar na cozinha.

- Por que você me bateu de madrugada? - Ela perguntou dando um tapa na cabeça do Khoy.

O Khoy encarou a Ella indignado e chocado.

- Eu não bati em você. Você tá me acusando de te bater? Eu sou vegano! E o meu amigo é traficante, ele tem uma arma. - O Khoy se defendeu.

- Eu não tenho uma arma. - O Caden interrompeu confuso.

- Então, compra! - O Khoy encarou o Caden com ódio.

- E você não é vegano. - Acrescentei.

- Foi a gravidez... - O Khoy falou com a voz de choro. - Você não sabe o quanto é difícil ficar grávido de trigêmeos. - Ele me encarou com lágrimas nos olhos.

- Você não pode engravidar, Roberto. - A Ella soltou.

- Por que vocês tão me atacando? - O Khoy se levantou com ódio da mesa antes de sair pisando duro.

- Você vai querer ovos, Ella? - O Caden ofereceu enquanto a Ella se sentava.

- Eu já mamei o Roberto ontem. - Ela revirou os olhos.

Eu engasguei com a minha torrada e arregalei os olhos.

- E a gente tem uma saída marcada na próxima semana, é um encontro de casais. O Brendon vai levar o Jão. - Ela falou saindo da mesa.

- O nome dele não era João? - O Caden perguntou confuso.

continua...

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to viva e escrevendo o hot:)

O Vendedor De DrogasOnde histórias criam vida. Descubra agora