Com agilidade, ele se movia contra o quadril feminino, buscando atingir o ápice do prazer. Uma. Duas. Três. Quatro. Cinco. Foi o número de investidas que ele precisou para se derramar dentro da mulher que pingava suor e ofegava sob o seu corpo.
– Anata... – Sakura sussurrou o apelido carinhoso que fazia falta aos seus ouvidos.
– Faz tempo que não me chama assim. – Ele sorriu e passou os dedos no rosto de Sakura, colocando uma mecha dos cabelos rosas atrás da orelha.
Sakura abriu aquele sorriso que foi responsável por fazê-lo se apaixonar por ela.
A felicidade escapou de seu rosto, porque ele sabia o que aconteceria agora.
– Preciso ir. – Ela o empurrou para o lado e levantou da cama.
– Não precisa. – Ele sabia que de nada adiantaria, mas insistia em tentar, todas as vezes.
– Sabe que sim. – Sakura colocou o vestido vermelho no corpo e puxou para fora os longos cabelos que ficaram presos dentro da roupa. Olhou para Sasuke por cima do ombro e sorriu para ele. – Foi sua própria escolha, Sasuke.
– Eu voltei, estou aqui para você, tsuma. Por favor...
– Agora é tarde. Eu...
– Você o ama? – O corpo de Sakura retesou na porta do quarto ao escutar aquilo.
Sasuke precisou perguntar para que aquela tortura acabasse logo. Era sempre assim, ele precisava dizer as palavras mágicas para que tudo voltasse ao normal. Por mais que ele não gostasse do normal, era melhor do que aquilo.
– Sim.
O Uchiha fechou os olhos com força ao escutar a porra daquela palavra que o fazia querer cometer um crime de estado.
Ao abrir os olhos, Sakura já não estava mais ali e a claridade de mais um dia adentrava as frestas das janelas do quarto principal da mansão Uchiha.
Ele ergueu as costas e ficou sentado na cama, encarando a parede pintada da cor que a ex-mulher escolheu. Toda a casa estava com as cores e com as decorações que ela havia escolhido. Sasuke nunca opinou sobre nenhum centímetro daquela casa, mas não porque ela não pediu ou deixou e sim porque isso nunca foi algo importante para ele e agora tinha que lidar com o fato de olhar para canto daquela casa e lembrar da mulher que amava.
Sasuke passou a mão no rosto suado, lembrando do sonho – ou pesadelo – que tinha quase todas as noites, onde fazia Sakura sua, na cama deles, na casa deles, onde ela deveria estar. Ele se achava o cara mais idiota do mundo por fantasiar isso, sabendo que agora ela estava nos braços de outro. Não um outro qualquer, mas o sensei deles. Ele alcançou o despertador da cômoda – que não servia para nada, já que ele acordava todos os dias com Sakura dizendo que amava Kakashi em seus sonhos – e o arremessou contra a parede, fazendo uma rachadura na superfície.
– Mente fodida do caralho. – Xingou, como fazia todas as manhãs após acordar.
Ele levantou da cama, tirou a calça junto com a cueca e pegou a toalha que estava pendurada no gancho do lado da porta do banheiro. Ligou o chuveiro e não se importou que a água estava gelada quando entrou dentro do box.
Enquanto a água batia sobre o seu corpo, as imagens do sonho que tinha praticamente todos os dias insistiam em rondar sua mente.
Fazia cinco meses que Sasuke mantinha estadia permanente em Konoha, mas não havia um dia em que não se martirizasse e pensasse como seria sua vida se não tivesse feito as escolhas erradas. Ele poderia ser feliz com Sakura e Sarada, seria ele quem estaria ao lado dela agora, seria ele quem acordaria ao lado dela todos os dias.
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Escolhas (Concluída)
Fiksi PenggemarEm toda sua vida, Sakura sonhou com o dia em que se casaria e formaria uma família com Sasuke. E agora estava ela, casada, com uma filha linda e há quase três anos sem ver o marido e pior ainda, o homem nunca se importou em enviar uma carta que seja...