Pesadelo

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Gente eu esqueci de contar o passado da Raquel nos caps anteriores vou falar agora sobre uma coisa de seu passado

Alberto, Alberto era seu ex marido que a maltratava. Ele está vivo mas deixou vários traumas com Raquel. Depois que Raquel terminou com ele ela nunca mais o viu.

Raquel vai contar q história direito no cap mas aqui é só um resuminho



{Raquel}

Acordei com a cabeça pesada e quando abri os olhos, uma dor insuportável com a luz passando pela minha vista. Que sensação esquisita! Eu me sentia flutuando sobre a cama. Me levantei e olhei ao meu redor. Um calafrio percorreu por todo meu corpo, minha garganta fechou e meu estômago embrulhou. Eu estava no meu quarto com Alberto, na minha antiga casa onde ocorreu os maltratos

- Como você pôde, Raquel? - A voz de Sérgio em prantos me indagando

Olhei na direção da voz e o vi com o rosto molhado e vermelho e os lábios se contorcendo controlando o choro

- Sérgio... - O disse sôfrega já sentindo meus olhos inundarem e uma dor insuportável crescendo em meu peito

Ele correu para o corredor da casa e ouvi seus passos descendo as escadas. Corri atrás dele

- Como você teve coragem? Como você teve coragem, Raquel? - Ele gritou aos prantos enquanto corria sem parar

- Sérgio, por favor! - Eu disse correndo em sua direção descendo as escadas também. Ao final das escadas, vi seu vulto correndo até a sala o segui

- Valeu a pena, Raquel? Me diga se valeu a pena! - Ele gritou novamente e pude perceber que sua voz vinha da sala e corri para encontra-lo

Quando cheguei a sala... Sérgio estava estirado no chão. Inexpressivo e gélido. Em seu dorso, várias manchas de sangue manchavam sua camisa social branca a qual já vira vestido e o tinha achado tão atraente nela. Uma das manchas se localizava bem em seu peito, indicando a fatalidade de sua situação

- SÉRGIO! - O gritei

Corri até Sérgio e me ajoelhei ao seu lado

Minha garganta fechou e respirar se tornou pesado. Seu rosto pálido e inexpressivo, os lábios roxos e frios

- N-não... Não! Por favor, não - Choraminguei

Corri para averiguar sua pulsação com os dedos em seu pescoço

Nada... Sérgio estava frio e tenso

- Não! Sérgio! - Chorei enquanto o levantava segurando em seu rosto

Seus cabelos negros macios entre minhas mãos. Os lábios carnudos azulados, o rosto arredondado e a pele sedosa agora fria. Ele estava inexpressivo, apático e pálido

Meu coração pareceu ter sido arrancado do meu peito

Me agarrei ao seu corpo e chorei gritando abraçada nele

O que está acontecendo?

Porque?

O soltei para olhar novamente para ele. Levei minha mão até seu rosto para sentir sua pele como eu tanto gostava de fazer e foi quando percebi que o manchei de sangue

Olhei para minha própria mão e vi que ela estava toda suja de sangue. Um sangue ainda quente e molhado, em grande quantidade. Olhei assustada para minha outra mão e nela havia uma faca afiada também toda ensanguentada. Larguei o objeto no chão assim que o vi e me olhei para tentar descobrir de onde vinha o sangue que me sujava. Olhei para meu corpo e eu estava totalmente suja de um sangue vermelho-vivo

Comecei a gritar desesperada e incrédula

"Raquel"

Ouvi sua voz me chamando e olhei para o corpo no chão. Ele continuava de igual maneira

"Raquel"

Continuei o ouvindo me chamar. E agora percebi que alguma coisa saia de seu nariz e boca

"Raquel"

Sangue começou a escorrer por seu nariz e boca, manchando sua pele alva. E então ele abriu os olhos, olhando no fundo dos meus

Acordei com o rosto desesperado de Sérgio me chamando. Ele pareceu aliviado quando abri os olhos, em seguida, confuso quando levei um susto ao vê-lo. Desviei o olhar do seu para poder pensar melhor. Percebi que eu chorava pois meu rosto estava molhado. Minha garganta ardia indicando também que eu havia gritado. Estava ofegante e confusa

- Calma, Raquel! Foi um pesadelo! Está tudo bem! - Ele disse segurando meu rosto com cuidado

O olhei novamente. Não pude evitar de toca-lo. Toquei em seu rosto e suspirei aliviada o sentindo quente e macio sobre minhas mãos. Passei as mãos por seus cabelos e o puxei para um abraço apertado. Me derramei em pranto enquanto o apertava com força o sentindo ali... inteiramente vivo

- Calma, cariño... Eu tô aqui! - Sim! Você está aqui! Você está vivo meu amor! Pensei enquanto apertava com força contra mim.
- Calma... - Ele dizia enquanto passava as mãos pelas minhas costas acalmando meu pranto

- Estoy contigo, Raquel... Yo estoy contigo

Eu chorava de soluçar ouvindo aquilo. Ele tentava me acalmar. Tentando buscar um fio de coragem que fosse para dizer o que precisava ser dito. Segurei seu rosto com as mãos

- Sérgio...Eu...eu...

Precisava dize-lo a verdade



Hoje o cap está mais curtinho porq eu preciso fazer suspense né mas amanhã se preparem com o cap que vai vir, vocês vão choram muito (pelo menos eu chorei escrevendo) KKK

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