Nosso filho!

277 8 7
                                    

- Amor, eu vou precisar sair para resolver o que eu vou fazer sobre a ligação de Rafael - Sérgio disse depois de terminar de secar a louça que usamos para tomar cafe - Por favor, tranque a porta e as janelas - Ele estava nervoso e preocupado

- Cariño, calma, vai ficar tudo bem - Peguei em seu rosto e acariciei sua bochecha com meu polegar

- Me promete que vai fazer isso, Raquel - Ele segurou em minhas mãos - Não me ache um louco ou qualquer coisa do tipo, eu só quero seu bem

- Eu sei disso - Disse apertando forte suas mãos - Eu te prometo - Ele me beijou lento e suave

- Eu juro que eu não vou deixar que ele faça algo com você, você confia em mim?

- Sim, confio em você. Sei que você vai fazer de tudo para que ele não encoste nem um dedo em mim - Disse e ele deu um sorriso de lado e eu espelhei o ato

- Já que você sabe, eu preciso ir - Ele saiu de minha cozinha em direção a porta e se foi. Logo assim que ele saiu tranquei a porta e fui correndo para fechar as janelas como ele me pediu. Eu não estava nervosa, ao contrário, eu estava super tranquila. Tranquei tudo e sentei no sofá sentindo um mal estar e fui correndo para o banheiro assim que senti um enjôo que pareceu ficar insuportável, me fazendo vomitar. Um gosto amargo isalou minha garganta. Lavei meu rosto e fui até a cozinha beber algo para tentar aliviar esse gosto horrível. Ouvi um barulho de porta abrindo. Peguei uma faca e fui andando lentamente até a porta de minha casa. Cheguei até minha porta e fiquei esperando alguém abri-la, a pessoa estava demorando demais para abrir. A porta abriu e eu coloquei a faca no pescoço da pessoa, não deu nem tempo para mim ver quem era

- Porra, Raquel! Você é louca? - Alícia disse tirando a faca de seu pescoço

- Eu sou louca? Você é louca, vem na minha casa sem avisar - Suspirei aliviada vendo que era Alícia logo ela entrou em minha casa

- Ah, eu precisava avisar para vir na sua casa agora? - Perguntou sentando no sofá tirando suas botas

- Eu poderia ter te matado! E como você abriu minha porta, hein? - Perguntei porque eu não deixei a porta aberta e nem tinha dado uma chave para ela

- Eu fiz uma cópia da chave da sua porta - Ela disse com a maior tranquilidade do mundo massageando os pés

- Porra e você não me avisa que fez uma cópia? - Coloquei a faca na bancada da cozinha e fui me sentar ao seu lado

- Esqueci, desculpa. Andrés me contou sobre a ligação que Sérgio recebeu... - Ela parou de massagear os pés e me olhou seria - Raquel, cuidado

- Eu tenho cuidado sempre, se você acha que eu estou mentindo é só você pensar em como eu agi com você quando você abriu a porta - Disse

- Não acho que você está mentindo, mas tente tomar o maior cuidado possível. Esse cara é perigoso, eu lembro dele. Na minha infância ele implicava muito comigo - Alícia dizia com uma cara de raiva lembrando dessa memória - Ele não gosta de mim até hoje, sabe o porquê?

- Porque? - Perguntei realmente curiosa para saber a resposta

- Porque eu mandei ele ir tomar no cu - Alícia disse rindo e eu gargalhei

- Meu deus, Alícia! Você mandou o cara ir tomar no cu - Disse desacreditada do que ouvia

- Porra, eu não tive culpa, esse cara me tirava do sério. Ele fazia várias piadinhas machistas e homofóbicas, isso mexia comigo e aí para variar um dia ele falou sobre minha mãe

Estoy ContigoOnde histórias criam vida. Descubra agora