12 Possessivo

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                                 Aart

Carla—Nem sempre fui uma gatinha Aart .......

Eu fiquei pensando nas palavras da Carla o dia todo , o que ela quis dizer com isso ? , sei que só conheço ela há um ano mas  as vezes eu cinto uma sensação que já conheço ela a muito tempo

Mas essa sensação acaba  quando eu penso , o que ela fez antes de me conhecer? , ou ,onde ela estudava ?, por que as vezes ela é tão fria? Mas outras vezes ela é tão................ doce ?

E isso só aumenta minha curiosidade nela , mas também adoro perturba-la , isso me faz ter certeza de que eu estou no comando,  que ela de algum jeito é minha , não que eu goste dela mas isso me faz ter a certeza de que eu tenho algo que seja só meu , algo que meu pai não possa esfregar na minha cara e dizer que é dele

Ele sempre fala , sou eu quem paga sua escola , eu que pago os custo do seu carro , essa casa é minha , eu que compra a comida ........

Eu odeio isso mas com a Carla é diferente ela é algo só meu

Eu não sou um louco possessivo , isso eu tenho certeza

Mãe— AART VEM COMER !!!!— minha mãe grita da sala de jantar

Eu me levanto da minha cama e massageio minhas têmporas e olho em volta de meu quarto todo bagunçado

Eu tenho um certo problema com organização, não na verdade é preguiça mesmo , coloco minhas calças e uma camisa e saio do meu quarto descendo as escadas e me deparo com meu irmão mais novo brincando com o purê de batata

Mãe— Gabriel para de brincar com a comida— ela o repreende e meu irmão logo faz uma cara de nojo para o purê de batata

Gabriel— mas mamãe isso é tão nojento, nenhuma comida devia ter essa cor amarela, parece vômito — eu seguro a vontade de rir e puxo a cadeira para me sentar

Minha mãe lança um olhar de aviso para meu irmão que logo olha para o prato , que tenho certeza que aquele olhar significa será que isso é mesmo de comer ? Ou está apenas envenenado ?

Meu pai está comendo em silêncio e com a cara séria como sempre e logo um silêncio desconfortável reina entre nós

Começo a comer sem olhar para ninguém e tomo um susto quando o meu irmão faz um barulho de garfo caindo no prato

Gabriel— acabei !— fala alto e franzo as sobrancelhas quando vejo o prato dele limpo

Aart— como você.......— minha mãe me interrompe

Mãe— mostra os bolsos Gabriel— meu irmão arregala os olhos

Gabriel— mas eu já acabei , eu posso ir brincar agora?

Mãe/pai— não— falam em uni som

Aart— Gabriel só mostra os bolsos logo e vai poder brincar— meu irmão se levanta e logo ele enfia às mãos nos bolsos e tira cheias de purê de batata

Pai— tá de castigo— fala e nem o olha

Gabriel— mas.....—ele é interrompido

Pai — tá . De . Castigo — fala pausadamente

Aart— pelo o que ?

Pai— não se intrometa Aart— ele me lança um olhar de raiva

Aart— não sério, o que ele fez?, só por que ele não quis comer purê ?— falo indicando com as mãos

Do pó as cinzas Onde histórias criam vida. Descubra agora