Do pó as cinzas

22. Os sorrisos de lado

                                 Carla

Ele está me beijando ?.......

Ele coloca uma das mãos na minha cabeça segurando meus cabelos , os olhos bem fechados como se tivesse medo que eu o empurra-se para longe e espera eu retribuir o beijo e logo dou passagem para sua língua que parece desesperada quando prova meu gosto , ele vai me empurrando para trás até que minhas costas encostam na almofada macia da quele sofá , que parece que Deus deitou nele

quando deito no sofá ,ele usa a outra mão para pegar apoio , ele tira a mão que estava nos meus cabelos e segura minha cintura me fazendo empinar o quadril , ele geme em minha boca e isso me traz uma sensação boa que fazia um tempo que não sentia des da quele meu quase estupro

Os lábios dele é tão macios como uma leve brisa tivesse tocado meus lábios , a velocidade dele parece como uma dança de saudade nos meus lábios e percebo que o beijo mais gostoso é aquele que foi trocado por aqueles mil sorrisos de lado discretos que me dava na aula ,ou no intervalo do almoço ,ou até mesmo naquele dia que cuidei dos seus machucados no banheiro e teve aquela vez que ficamos trancados no outro banheiro mais imundo da escola, mas nem um deles se compara a aquele do carro hoje mais cedo e isso tudo antes de chegar aos meus lábios

O beijo dele vale por mil sorrisos de lado , o beijo dele não precisa de sorrisos ou palavras mas me surpreendi quando ele se afasta por falta de ar e me dá aquele sorriso de lado ainda com a boca na minha

Esse com toda a certeza é o meu sorriso favorito de todos os outros que ele já me deu

Ele toca nossas testas e seus lábios vão para meu queixo e depois para meu pescoço , ele demora um bom tempo no meu pescoço e sobe para minha orelha e da leves mordidinhas na mesma

Eu respiro fundo e puxo seus cabelos negros , solto um gemido já ficando excitada e ele parece gostar muito dos meus gemido ele tira a mão da minha cintura e vai caminhando com os dedos até chegar no meu umbigo, no meu ventre, na minha calça legging ...........

Xx— Aart?— uma voz infantil chama e o mesmo salta para longe de mim e se senta no sofá cobrindo o pau com uma almofada e eu fico paralisada

A quele é o pinto do Aart ?

Aquele monstro na suas calças é um penis ?

Mas o beijo foi um .......

Foi um erro

E não pode se repetir

Não vai se repetir

Ele é o Aart porra , não posso , nossos mundos são diferentes e eu fui estuprada só faz dose meses não era para eu ter sentido tudo isso , minhas feridas não foram cicatrizadas ainda

Não são feridas físicas e sim mentais que dói ainda mais

Aart— Gabriel?— ele fala baixo meio com raiva por ter sido interrompido — o que faz em casa ? Não era para você estar com a mamãe na sorveteria? — ele fala meio bufando

E me sento lentamente no sofá sem chamar a atenção da cópia do Aart é como um mini Aart só que bem mais novo uns sete anos talvez

Gabriel— sim mas a mamãe foi chamada para o trabalho no hospital, aí tive que ficar com o papai — isso faz eu lembrar que minha mãe era enfermeira antes do meu pai ir embora e agora ela é uma drogada de carteirinha

Aart arregala os olhos quando ouve uma palavra específica

Aart— o nosso pai está em casa ? — ele fala apertando o ossinho do nariz