45 quando eramos crianças

14.4K 917 514
                                    

                                      Carla

Quando Aart estacionou o carro na casa dele ,eu fiquei o observando ele sair do carro e bater à porta , ele estava andando para a porta da casa mas parou quando viu que eu fiquei no banco do carro o observando pelo vidro

Ele franziu a testa e fez um movimento com a mão para que eu o seguisse mas eu só fiquei o olhando

Eu estou morrendo de vergonha

Me sinto uma virgem

Aart vem até mim e bate no meu vidro para mim abrir o mesmo , eu aperto o botão do carro e o vidro abre

Aart — você não vem ? — ele pergunta e eu mordo o lábio inferior, ele abre minha porta e coloca a mão na cintura impaciente

Ele não tem um pingo de paciência né

Aart— vai ,  sai daí — eu respiro fundo e me mecho desconfiado no banco do carro

Carla— eu ........... eu não........ não posso — gaguejo e não tiro o meu olhar do meu colo

Aart— por que ?— ele pergunta confuso

Mas que idiota

Ele é burro mesmo

Carla— por que eu não quero — minto como uma menina mimada e empino o nariz

Aart— para de pirraça Carla — ele coloca um sorriso e da risada da minha cara — está parecendo uma criança— ele dá um risinho

Eu o ignoro e olho para o outro lado da carro

Aart— Carla sai logo — ele fala parando de rir — eu estou começando a ficar com frio aqui fora

Carla— NÃO DÁ — falo impaciente

Aart— por que ?

Carla—POR QUE NÃO SINTO MINHAS PERNAS — eu perco a minha paciência e ele fica me olhando

Aart está me olhando como se me analisasse mas então ele começa rir da minha cara e eu começo a sentir raiva de mim mesma

Carla— para de rir !— falo alto e ele cobre a boca com a mão para abafar o som

Aart— desculpa— ele ri mais alto — é que ....... — ele não termina pois as risadas o interrompe

Uma vontade de matar me sobe a cabeça

Carla— é tudo culpa sua — ele cruzo os braços e fico de cara amarrada

Aart para de rir e abre mais a porta do carro , ele me pega de surpresa em seus braços e eu me assusto

Mas fico feliz por ele não me colocar em seu ombros e sim me carregar nos braços, eu coloco meus braços arredor de seu pescoço

Aart— pronto , problema resolvido— eu fico com mais vergonha ainda e escondo meu rosto em sua camisa que está fedendo a suor pela cena que fizemos no carro enfrente a farmácia — morreu em contar pra mim ?

Carla— morri , morri de vergonha— ele ri e eu fico vermelha

Ele vai andando até a porta da casa e entra ainda me segurando

Gabriel— Aart? — Gabriel surge do escuro e assusta Aart que me derruba no chão

Carla— aí — caiu de bunda no chão e fico sentada que nem um cachorrinho

Aart— Gabriel! — ele briga com o mesmo — por que não está na cama ? — eu levanto os braços pedindo colo pro mesmo

E porra

Do pó as cinzas Onde histórias criam vida. Descubra agora