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Steve Rogers se declarou ser um grande dilema. Penso sobre isso enqunato o vejo andando pelo meu apartamento bagunçado, desviando das roupas jogadas no chão.

"Aqui é... legal" diz isso querendo parecer altruísta.

Eu estou encarando da cozinha enqunato tento preparar um macarrão.

"Posso te ajudar aí " ele caminha em minha direção.

"Não precisa." eu digo quebrando de mal jeito com uma colher o macarrão dentro de uma panela.

Steve surge atrás de mim, passando as mãos de leve entre o espaço do meu braço e minha cintura.

"Acho melhor você ficar com a louça" ele me faz soltar a colher. "Posso cuidar disso."

"Só que você é meu convidado."

"E você claramente não sabe o que está fazendo."

Steve tira os olhos da panela e olha para mim sorrindo, está realmente se divertindo com o meu fracasso culinário.

"Você ganhou." desisto e me encosto com os cotovelos no balcão da cozinha.

Steve volta sua atenção a palena e eu fica lá olhando para ele. Passando os olhos por todo seu corpo tentando examiná-lo.

A porta bate três vezes antes de se abrir. Steve se assusta pensando que é alguma invasão, mas eu digo que é só o Bruce entrando. Nossa maçaneta está quebrada.

"Opa, acho que cheguei na hora certa." se senta logo em um dos bancos do balcão.

"Você deve ser o idiota." Steve fala com Bruce.

"Como?"

"É assim que eu te chamo para ele. 'Idiota'". eu explico com humor a história para o meu amigo.

"Uau!" Bruce finge está surpreso e irritado.

Depois de comer, Bruce dá o fora como era de se esperar, deixando a bagunça para Steve e eu.

Eu estou lavando a louça e quando menos espero Steve me abraça por trás. Okay, eu estou bem supreso agora.

"Não esperava por isso." Me viro e vejo que ele ainda está perto demais.

"Talvez você devesse esperar mais coisas de mim. Não é porque você me chamou para sair, que eu também não tinha interesse por você primeiro.

Certo. Steve acabou de adimitir que também prestava atenção em mim!?

"Isso quer dizer que você não resiste a isso?" aponto com as mãos para o meu corpo fazendo ele rir.

Dou um beijo nele antes que ele possa fazer isso primeiro. Steve passa as mãos por volta da minha cintura e eu seguro seu cabelo e nuca.

Talvez seja melhor do que eu imaginei. Os lábios de Steve são mesmo macios e só talvez não queria largá-lo agora. Mas preciso deixá-lo com um sabor de quero mais.

Pego a torneirna em forma mangueira e esguicho água no rosto de Steve. Ele fica todo molhado e eu me arrependo na hora quando ele também me molha com a jarra de suco em cima do balcão.

Nos beijamos mais e nos molhamos mais quando Bruce aparece novamente esmurrando a porta da sala.

"Mais o que é que está acontecendo aqui?" Ele se refere a bagunça na cozinha.

Eu e Steve paramos de fazer o que estamos fazendo e ficamos parados de frente para Bruce como duas crianças traquinas, prendendo uma risada.

"Eu não vou limpar isso, não mesmo" ele balança a cabeça em negação.

"Certo." Steve fala.

"Claro que não, chefe." eu digo.

"Agora vão se arrumar. Está tendo uns drinks lá no 203."

"Na casa dos Sambucky? pergunto eufórico.

Esses dois sabem como fazer uma festa.

"Sim, vamos!"

"Ah não, não. Eu não posso." Steve nega.

"Ué, por que não?" fico mal repentinamente perdendo todo meu ânimo.

"Tenho que voltar para casa."

"Qual é? Só dois drinks...?" quem insiste é Bruce.

Steve está prestes a negar novamente quando eu entro em ação.

"Um drink e eu te deixo em paz."

Ele suspira e diz que "sim" com a cabeça. Bom saber que ele não resiste a um pedido meu.

Bruce vai primeiro pois eu e Steve ainda temos que nos arrumar.

Minha ideia era tomar banho com ele, mas não vou sugerir isso. Ele vai primeiro e depois eu. Lhe dou um dos meus moletons e vamos para o apartamento do Sam e Bucky.

*

São três da manhã e eu estou segurando o corpo de Steve sobre o vaso sanitário. Ele bebeu um pouco demais e agora vomita tudo o que comeu hoje e ontem.

Olho preocupado para Bruce que está de pé na porta do banheiro.

"Acho que ele vai ficar bem" ele tenta me animar.

"Está muito tarde, acho que ele devia estar em casa há horas!."

"Tony..." Steve me chama tentando pronunciar meu nome corretamente.

"Oi Ste."

"Você tem que avisar o meu pai, por favor. Manda uma mensagem pelo meu telefone"

Eu pego o telefone dele com uma mão, soltando ele, que cai no chão ao lado do vaso.

"Qual é o número dele?" pergunto mas ele já está desmaiado.

Faço o lógico: Coloco ele na minha cama e vou dormir no sofá. De manhã eu ouço ele lutar com a porta da sala tentando abrí-la. Quando levanto minha cabeça para ver o que está acontecendo, ele já sumiu.

*

Steve entra em casa tentando não fazer barulho, mas seu pai sentando no sofá da sala o vê.

"Onde você estava?" Se levanta e pergunta para Steve.

"Desculpa pelo atraso, eu peguei no sono."

"Eu sinto cheiro de bebida."

"Foi porque eu bebi, Pai. Achei que já poderia fazer isso." ele responde no mesmo tom de tédio.

"Na minha casa você vai me respeitar, entendeu bem?" Ele fala mais alto e aponta o dedo para o filho.

"Tem que parar de me tratar como criança."

"Você age como uma, Steve!"

Steve deveria ter ficado calado e ter ido para seu quarto, mas não.

"Você sufoca! Sinto muito pela mamãe por ter te aguentado por tanto tempo!" grita.

Steve recebe um tapa de seu pai.

Ele não acredita.

"Ste, me desculpa."

Steve coloca a mão no rosto e sobe para seu quarto sem falar nada. Dois minutos depois desce com uma mochila de costa com todas as roupas que conseguiu colocar dentro.

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