-VIOLET VIENNA-
Soltei todo o ar dos meus pulmões e pousei a mão livre na minha barriga, apertando o braço de Payton com a outra.
Payton fecha a porta atrás de nós e não demorou nem dez segundos até passos largos e rápidos fossem direcionados à nós. À mim.
Joanne, a mãe de Payton, era um pouquinho mais baixa que eu, não mais que seis ou sete centímetros; o cabelo curto é marcado por alguns fios grisalhos e ela manteve um sorriso nos lábios.
─ Ah, finalmente! Eu estava morrendo de ansiedade! ─ ela exclama, e eu sorrio. ─ Oi, querida. Sou Joanne, a mãe dessa coisa aí.
Payton revira os olhos e eu dou risada.
─ Oi, Joanne. ─ a abraço. ─ Acho que você já sabe o meu nome...
Me preparei para mais uma apresentação quando notei uma sombra se mexer no corredor. Uma garota ruiva apareceu, com o cabelo preso no topo da cabeça e uma roupa casual; eu já tinha a visto antes, ontem, na verdade.
─ Não acredito! ─ ela exclama, antes que eu pudesse. ─ Ah, Deus, agora eu vou ter que comprar outro presente!
Gargalhei, a abraçando.
─ Não se incomode, eu adorei aquele. ─ falo, me obrigando a esquecer que ela havia, indiretamente, me chamado de cunhada sem saber que era eu. ─ E, tecnicamente, as lembrancinhas eram surpresa, e você praticamente as escolheu. Estamos quites.
Payton e Joanne nos encaravam, surpresos, confusos e maravilhados - este último, apenas Payton
─ Vocês já se conheciam? ─ Joanne pergunta.
─ Nos encontramos no shopping ontem. Eu, basicamente, perguntei à ela: ei, o que você acha desse presente surpresa que eu vou te dar no sábado? ─ ela fala, sarcasticamente. ─ Você é muito simpática, sabia?
─ Obrigada! ─ era impossível alargar mais o meu sorriso.
Também sorrindo, Joanne puxou nós três para a sala de jantar, onde uma travessa de Paella nos esperava no centro da mesa. Eu estava salivando por um pedaço.
─ Ai meu... ─ me interrompo no meio da frase, com um murmúrio de satisfação depois da primeira garfada.
─ Vou levar isso como um elogio. ─ Joanne diz, movendo seus talheres.
─ Definitivamente, dona Joanne, foi um elogio. ─ Payton, ao meu lado, diz assim que termina de mastigar.
Comemos enquanto conversamos sobre coisas banais. Falamos sobre a diferença entre Los Angeles e Carolina do Norte, desde o clima até o tráfego; é muito fácil conversar com Joanne e Faith.
─ Então... ─ Faith começa, ajudando a mãe a levar as louças sujas para a pia; não me deixaram ajudar porque sou "convidada". ─ Vocês já escolheram o nome?
Eu e Payton nos entreolhamos rapidamente e vejo ele aquiescer, como se me incentivasse a falar.
─ A minha família tem uma tradição esquisita de que todo novo membro tenha o primeiro nome começado com V. ─ falo. ─ Então eu e o Payton combinamos que, se for um menino, o nome será Vincent, e, se for menina, Violetta.
─ Eu adorei! ─ Faith exclama, bem alto. ─ Eu acho tão chique essas tradições de nomes! Mas aquelas de verdade, não as que começam de uma hora para a outra.
─ A minha, provavelmente, não começou de uma hora para a outra. ─ nós rimos. ─ Quando eu era criança eu encontrei todos os registros da família; fotos, documentos, cartas e essas coisas todas. Todas as mulheres tinham o nome com V. O registro mais antigo que eu achei foi a da vó da minha tataravó. ─ vi três queixos caídos. ─ Ela se chamava Vera Bonucci Vienna.
─ Por que só as mulheres e não os homens também? ─ Joanne pergunta, curiosa.
Payton ri ao meu lado.
─ Pelo que eu descobri naqueles registos, a minha bisavó foi a única a dar a luz à um menino, mas ele morreu com três meses. Nenhuma Vienna nunca teve filhos homens. ─ novamente, mais queixos caídos. ─ Não sei o motivo, e também não sei se realmente existe um, mas eu ficaria bastante surpresa se comigo for diferente.
─ Nada de Vincent por aqui, hein?! ─ Faith brinca.
─ Ainda é uma possibilidade, e eu adoraria ter um menino. Convivi com meninas a minha vida inteira, acho que tá na hora de mudar um pouquinho. ─ sorrio.
Logo, nós quatro estávamos espalhados pela sala, conversando sobre a família de Payton, desta vez.
─ Chris era um bom homem; um ótimo pai, ótimo marido, filho, amigo e qualquer coisa do tipo. ─ Joanne diz, com os olhos brilhando. ─ Mas ele nos deixou há cinco anos. Câncer no pulmão.
Discretamente, olhei para Payton.
─ Stewart nunca mais foi o mesmo. ─ ela continua. ─ Ele é o meu caçula.
Faith desvia o olhar, triste.
─ Ele fugiu de casa quando fez dezessete, e eu passei de vê-lo todos os dias para receber uma mensagem uma vez por semana, e todas elas dizem a mesma coisa. Estou vivo.
Eu não adivinharia, nem em mil anos, que Payton havia perdido o pai e, parcialmente, o irmão mais novo há tão pouco tempo.
─ Ok, já foi o suficiente dessa conversa emocional. ─ Joanne volta com o tom alegre, sorrindo enquanto seca as lágrimas. ─ E sua mãe, Violet? O que ela achou sobre a gravidez?
Novamente, olhei de relance para Payton, que balançou a cabeça. Elas não sabem.
─ Ela não aprovou, é claro. ─ suspiro. ─ Mas ela também passou por isso, comigo, quando tinha a minha idade. A única diferença entre nós duas situações é que o meu pai fugiu na primeira oportunidade e, bem, o Payton não parece estar desesperado por uma passagem de avião para o mais longe daqui.
─ Ainda não, Violet. ─ mostro a língua pra ele, que sorri.
─ Ela me apoia em tudo, e é ela quem vai comprar o berço... Então eu acho que ela tá de boa, por enquanto. ─ termino e mexo os ombros. ─ É claro que ela gritou para os quatro cantos do mundo que eu e ele somos irresponsáveis e coisas do tipo, mas já passamos dessa fase.
Joanne alarga o sorriso.
─ Sua mãe e eu seremos grandes amigas, querida.
É disso que eu tenho medo.
Oiee, votem e comentem por favor!!
xoxo, isa <33
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✓┊𝗠𝗢𝗠'𝗦 𝗕𝗢𝗬𝗙𝗥𝗜𝗘𝗡𝗗 ↯ Payton Moormeier
Fanfiction*ૢ✧ 💌「𝙼𝙾𝙼'𝚂 𝙱𝙾𝚈𝙵𝚁𝙸𝙴𝙽𝙳」── ❝A minha mãe vai me matar!❞ ↳ 𝗢𝗡𝗗𝗘, em uma festa, Violet acaba ficando com o 𝘯𝘢𝘮𝘰𝘳𝘢𝘥𝘰 𝘥𝘦 𝘴𝘶𝘢 𝘮𝘢𝘦. 💌 || adaptation by: callmemoormeier, 2021. 💌 || indicação de idade para leitura:...