EPÍLOGO

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Cinco anos mais tarde.

Eu observo minhas crianças correrem e pularem na piscina. Eles adoravam nadar desde que eu posso me lembrar.

Jo as levava nas aulas de natação de mães e filhos, para ajudar a mãe a voltar a sua forma de antes da gravidez e ensinar os bebês a nadarem. Mas, mesmo sabendo que eles estão bem dentro da água, eu quero pular atrás deles e tirá-los de lá.

Prendê-los em mim, para que nada possa acontecer com eles.

Suspiro.

Mary é a primeira a emergir. Ela nada até a escada e a utiliza para sair.

Meu coração se aperta quando eu a observo. Ela, com seus longos cabelos pretos, era uma cópia de minha mãe. Ou o que eu consigo me lembrar dela. Ás vezes, eu penso que ela é como uma segunda chance de vida para minha mãe que, de alguma forma, renasceu com ela.

Mary era tão ligada a mim. Sabia quando eu estava triste ou preocupado. Com raiva ou feliz. Ela, de alguma forma, sempre sabia como eu estava.

Mesmo quando eu estava longe, em meus shows pelo mundo, ela poderia sentir o que eu sentia. E, muitas vezes, me ligou escondida do celular da sua mãe para mim. Para tentar me passar sua calma.

Ela era uma garota muito esperta.

Ela olha para mim e sorri um sorriso banguela quando me pega observando-a. Mas então, ela vê algo atrás de mim. E seus olhos brilham.

Minha mandíbula trava sabendo do que se trata. E eu não preciso olhar para trás para saber o que faz seus olhos brilharem. Com seu maiô rosa ela corre desesperadamente em direção a Matt. Que a pega em seu colo e beija seu rosto.

Ela o aperta em seus braços como se sua vida dependesse disso.

Ele sorri para mim em provocação. Sabe que minha menina tem um coração divido entre mim e ele.

Ainda lembro como se fosse hoje quando ela declarou que iria se casar com ele. Jo teve que me segura para evitar que eu desmaiasse ou batesse em Matt. Não que ele tivesse culpa.

Foi em seu aniversario de três anos, e na hora de fazer o pedido, ela disse em voz alta que queria se casar com ele.

Todos acharam fofo. Mas eu quase morri nesse dia.

Ele se senta na espreguiçadeira ao meu lado, ainda com Mary em seu colo. Se eu a conheço bem, ela não irá largá-lo tão cedo.

Eu abro minha boca para mandá-lo soltar a minha bebê, não que ele fosse obedecer de qualquer maneira e então, eu escuto um choro.

Arregalo meus olhos e corro na direção de Maya, que caiu sentada em sua bunda.

- Cristo, pequena. Você está bem? -

Pergunto, mas ela somente chora.

Eu a pego em meu colo. E ela para de chorar instantaneamente.

- Você se machucou, minha querida? - Pergunto preocupado.

- Você sabe que ela está bem, Hero. - Jo grita a partir das portas de vidro.

E então, Maya sorri por trás de sua chupeta.

E eu sei que ela fez novamente.

Ela sempre buscava alguma maneira de chamar minha atenção. Não que ela não tivesse, mas essa garotinha me amava de tal maneira, que eu não poderia olhar para longe dela por dois segundos, que ela chorava como um bebê que era.

Jo tinha ciúmes sobre isso, Maya preferir a mim, mas teve que se acostumar com o tempo. Maya a amava, obviamente, mas nem de longe era tão próxima de sua mãe como era de mim. Ela tinha três anos e meio agora e foi concebida quando seus irmãos ainda eram uns bebês.

MINE, Now and Forever [ Livro 2 Adaptação Herophine]Onde histórias criam vida. Descubra agora