Andar por Birmingham à noite era perigoso? Sim,mas eu precisava voltar para a casa. Às ruas estavam cheias de neblina devido ao inverno e quase não tinha iluminação. O barulho dos meus saltos altos no concreto era estridente e deixava meus ouvidos doendo. Trabalhar a noite era chato,mas eu precisava. Se Thomas estivesse aqui ele me diria que não precisaria de me preocupar com dinheiro,afinal de contas ele tem de sobra e eu diria que queria me sustentar sozinha e que não aceitaria dinheiro de nenhum homem. Ainda faltava muito para chegar em casa então apressei meus passos. Decidi pegar um atalho que normalmente está vazio,mas assim que cheguei no beco havia alguns homens no fim da rua. Minha mão apertou a alça da bolsa que eu levava para o trabalho na tentativa de não demonstrar meu medo. Eu poderia dar meia volta,mas não iria adiantar de nada se eles estavam dispostos a machucar alguma mulher. Eles iriam me perseguir até finalmente me alcançar.
Segui pela rua e quanto mais chegava perto mais meu coração acelerava. Alguns deles olharam em minha direção. Passei por eles com a cabeça baixa. Eu estava me saindo bem,pelo menos era o que eu achava. De repente meu braço foi apertado e meu corpo jogado contra a parede de alguma casa
-Você é uma belezinha-um dos homens disse
Ele era um pouco mais alto que eu. Tinha cabelos grisalhos em algumas partes da cabeça. Seus dentes eram amarelos e sua boca cheirava a álcool.
-Hoje nos demos bem-o homem falou rindo
Eu tentei me afastar dele,mas seus braços me apertaram mais ainda. Ele passou a mão pelo meu rosto e eu tentei me distanciar do seu toque.
-Por favor não faça nada comigo-eu implorei já com lágrimas no rosto
-Oh ela está chorando rapazes,vamos mostrar para ela que somos cavalheiros-o homem disse
Eu me debati contra seus braços tentando me livrar das suas mãos asquerosas. Chutei entre o meio de suas pernas e saí correndo. Meu corpo foi jogado contra o chão
-Você não vai conseguir fugir da gente-um fos caras disse
Eu chorava desesperadamente enquanto tentava me afastar dos mesmos. Segurei minha bolsa contra o corpo. Aquele simples ato me fez lembrar de uma coisa.
A alguns meses Thomas havia me dado uma arma. Ele disse que era para me proteger. Eu mal sabia usar uma e quando Thomas me entregou a arma nós discutimos. Eu nunca usei uma e nunca queria usar,mas ele me convenceu de guardar a mesma na minha bolsa e desde de então eu ando com ela. Eu nunca precisei usá-la,mas agora era uma questão de sobrevivência. Claro que eu não iria atirar naqueles homens,eu só usaria para ameaçar eles até me deixarem em paz. Tirei a arma da minha bolsa e apontei para os homens à minha frente. Me levantei do chão e andei até chegar próxima deles
-Se vocês não irem embora agora,eu atiro em cada um
Falei com a voz firme e olhando nos olhos deles. Alguns dos homens foram se afastando até que sumiram do meu campo de visão. Um deles ainda estava na minha frente e eu fiquei me perguntando porque ele continuava ali
-Você não vai atirar. Olha como você está tremendo,mal sabe segurar essa arma
O homem de cabelos grisalhos falou enquanto me olhava. Eu iria responder,mas senti um soco sendo depositado no meu rosto. Eu caí no chão deixando a arma escorregar de minhas mãos.
-Agora é minha vez vadia-o homem disse enquanto caminhava até mim
Eu tentei me afastar dele,mas o mesmo foi mais rápido. O homem subiu em cima de mim e desabotoou a calça
-NÃO POR FAVOR-eu gritei em desespero
Olhei ao redor tentando achar a arma. O homem estava distraído em tirar seu membro para fora que nem percebeu que eu peguei a arma. Apontei a mesma para ele e apertei o gatilho. Um barulho alto ecoou pelas ruas vazias e logo o homem estava no chão. Seu corpo estava coberto de sangue. Eu fiquei paralisada por alguns segundos até me tocar o que tinha feito. Minhas mãos tremeram enquanto eu colocava a arma na bolsa.
-O que eu fiz? Eu mama-matei esse homem-eu disse chorando
Saí correndo dali e fui para o único lugar onde poderia conseguir ajuda.
Narrador Thomas
Arrumei os papéis que estavam espalhados pela minha mesa. Mais um dia cansativo na Companhia Shelby. Acendi um cigarro e fui para a janela da minha sala. Eu estava cansado. O dia de hoje não foi nada bom,precisava de uma bebida para pensar no que resolveria sobre alguns assuntos pendentes das apostas. Fui até a mesa,peguei um copo e enchi com whisky. Levei o copo até minha boca e bebi do líquido. Eu precisava de uma massagem. O escritório estava silencioso isso queria dizer que todos os funcionários já foram embora e que provavelmente já era tarde da noite. O silêncio era bom,mas não nas horas onde minha cabeça estava cheia como hoje por exemplo. A porta do meu escritório foi aberta bruscamente. Olhei para trás e pude ver a figura de s/n. Ela parecia agitada e bastante assustada. A mesma correu em minha direção e me abraçou,retribui enquanto me perguntava o porquê disso. Eu não estava acostumado com isso.
Narrador s/n
Abri a porta do escritório de Thomas bruscamente. O mesmo estava de frente para a janela,ele se virou rapidamente para o meu lado. Eu corri até o mesmo e o abracei mais forte que podia. Thomas retribuiu o abraço e eu pude sentir que ele estava se perguntando o porquê desse afeto repentino
-S/n o que aconteceu?-ele perguntou assim que percebeu que eu estava chorando
Eu tentei falar,mas nenhuma palavra saiu da minha boca. Apertei a camisa social de Thommy enquanto meus soluços preenchiam a sala silenciosa.
-Amor o que está acontecendo. Eu não vou saber se não me contar-Tommy disse
Me afastei dele o suficiente para olhar nos olhos dele
-Thommy eu fiz uma coisa terrível-eu disse entre soluços
-Me conta o que houve-ele disse enquanto segurava meu rosto entre suas mãos
-Eu estava voltando do trabalho e alguns homens tentaram m-me...tocar e eu atirei em um deles Thommy-eu falei lembrando da cena
O mesmo me abraçou forte
-Tá tudo bem,vai ficar tudo bem-Thomas sussurrou
-Thomas eu matei aquele homem….eu matei uma pessoa
-S/n você fez o que foi preciso. Se eu estivesse lá aquele filho da puta estaria acabado
Eu chorei mais ainda
-Thomas eu preciso contar para a polícia. O que eu fiz foi terrível-eu disse
-Terrível seria o que ele iria fazer com você se não tivesse atirado nele-Thomas disse
Ele me sentou na cadeira e me deu um copo de água
-Se acalma que eu vou resolver isso-ele disse
-Thomas eu não quero ir para a prisão-eu falei
O mesmo me abraçou
-Você não vai-ele disse
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Hello people,como estão? Espero que gostem desse
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As Minhas Fantasias
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