A médica rolou na cama de um lado para o outro tateando às cegas apenas para constatar o óbvio, apesar do inconfundível cheiro de sua esposa, estava sozinha na cama. "Esposa" ... pensou e um sorriso se fez presente involuntariamente... quem diria qu...
Yoooo como cês tão? Belezura? Esse Capítulo foi uma delicia de escrever, e conta com um trabalho de Betagem maravilhoso da @naluoliveira_ e da @Sari_Espanca e uma consultoria mais do que especial da @DoubleLariatt. Sem muito mais delongas eis então o capítulo, espero poder conversar com vocês todes nos comentários, que além de muito legais, ajudam muito a fanfic a crescer e estimulam pra caramba a gente que escreve.
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Lin
Os olhos turquesa a encaravam silentes e estreitos, ambos os braços cruzados na altura do peito, vê-la assim foi suficiente para se arrepender do que falou. Mas quando pensou em pedir desculpa se lembrou de Kya flertando no trem e como naquela ocasião a outra não se desculpou apesar de obviamente a chatear e decidiu que também não recuaria ali.
- Lin? – A médica usou um tom baixo e controlado. – Eu sei que as coisas mudaram muito e que para você mudanças são complicadas de se lidar, falar de sentimentos e questões internas também nunca foi seu forte, mas acabamos de sair em lua-de-mel e o seu ciúme é completamente injustificado.
Abriu a boca e a fechou sem conseguir articular nada, bufou frustrada e cruzou os braços também, embora com a mão direita massageasse as têmporas em busca de organizar as emoções que lhe nublavam os pensamentos.
O acólito falava, ela via a boca mexendo, sabia que havia som, mas não conseguia prender sua atenção em nada do que ele dizia.
Por alguns instantes o mundo inteiro parecia parar...
E naqueles instantes em específico sentia-se desconexa embora seus pés estivessem bem fixos na terra. Ao decidir ir para a ilha do Templo do Ar esperava poder acertar as coisas com Tenzin, sabia que desde sua promoção o havia negligenciado, estava trabalhando tanto que dormir na delegacia se tornou comum.
Quando chegou não o encontrou e perguntou a um acólito qualquer, o que lhe despertou desconfiança não foi o rapaz não saber responder aonde estava seu namorado, mas sim o comportamento nervoso e a fala solta. Parecia que o rapaz não sabia se queria se livrar dela ou distraí-la e isso a fez recolher o metal das solas e usar seu senso sísmico atrás de respostas... Não foi difícil encontrar o jovem Mestre do Ar, em um dos celeiros de criação de bisões-do-ar. Mas ele não estava sozinho, havia uma segunda pessoa ali. Sentiu a respiração irregular assim como os batimentos acelerados, se forçou a concentrar-se ainda mais e focar seus sentidos naquele recorte específico. Num primeiro momento se alarmou achando que fosse uma situação de perigo e já fechou os punhos pronta para entrar em ação, mas então percebeu que ambos não estavam lutando, na verdade pareciam estar em uma sincronia orgânica, arregalou os olhos dando-se conta do que de fato havia descoberto.
O acólito ainda estava ali, mas apenas o ignorou, sentiu o estômago embrulhar e sua noção de equilíbrio ficou ligeiramente afetada. Sabia que seu namoro com o caçula de Aang era conturbado, ele queria casar e ter filhos o quanto antes, enquanto para si a prioridade era conseguir uma condecoração por excelência, para poder calar aqueles que acham que sua recente promoção à Chefe da Polícia de Cidade República se deve apenas ao seu sobrenome.
