Cap 08 - Erosão

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Notas do Autor


Yo!!!! Eu sei que demorei! Finalmente mudei para meu apartamento e escrever no meio do caos com tudo sendo desencaixotado não funcionou tão bem XD. MAAAAAAAAAAAAASSSSSSSSSS espero que tenha valido a pena, pois caprichei bem neste capítulo. Mal vejo a hora de saber as reações de vocês nos comentários.
E o Próximo capítulo já está escrito em em revisão, então a próxima atualização será mais rápida!


Kya

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Kya

Sabia que o iate real ia rápido, na verdade muito mais veloz do que a maioria das leis náuticas permitiam, mas isso não acalmava seu coração ansioso que só descansaria quando estivesse com a esposa nos braços e tudo esclarecido. Apertou os dedos ao redor do parapeito do convés, os olhos turquesas fixos no horizonte e o lábio mordido pelo nervosismo.

Cerrou as pálpebras na tentativa vã de acalmar o coração no peito, tentou respirar a maresia e sentir os cabelos ao vento, isso sempre lhe trouxe uma sensação de liberdade, mas naquele momento, simplesmente não lhe bastava. Passou por longos períodos tentando entrar em estado meditativo e manter algum controle sobre si, sentiu-se viva apenas no momento que sentiu o cheiro de terra molhada e quando abriu os olhos deu com a conhecida ilha já quase ao seu alcance.

A ilhota de Ember era pequena e dividida em duas áreas, uma comum, muito bem frequentada por turistas abastados e uma que tomava mais da metade do território como área privativa da família real do fogo, ali ficava a velha casa na praia aonde tantos anos atrás seu pai aprendeu a dominar o fogo com o pai de Izumi. Vinham ali todos os anos, era quase um segundo lar. Vivera tantas experiências naquele lugar.

Foi instintivo levar a mão direita ao pescoço e tocar com a ponta dos dedos o colar de compromisso. Sentiu o desenho diligentemente talhado pela esposa no pequeno pedaço de metal. Ondas quebrando na pedra sob a luz da lua... sua história de vida.

Se apressou em pegar suas coisas e mal esperou o barco atracar. Jogou-se pela proa e foi recebida pelas águas como uma criança pelo colo da mãe amorosa. Afundou no elemento e nele o dobrou a própria vontade, fez com que um pequeno turbilhão a erguesse à altura do deque e deu um passo firmando o pé na madeira, com um discreto movimento de mãos retirou de si e de seu vestido a umidade devolvendo as gotículas ao mar.

Caminhou com passos ansiosos em direção à casa da praia, aumentando a velocidade na medida em que sua ansiedade tomava conta, não queria sequer ponderar a possibilidade de estar enganada, Linny precisava estar ali! Quando se deu conta estava correndo e acabou por abrir a porta de entrada tal qual um estouro de barragem. Suspirou aliviada quando viu a pequena mala largada no chão da sala, e esquadrinhou com os olhos inquietos o lugar.

Passou pelo velho sofá sentindo o aperto no peito ao ver o copo de whisky abandonado ainda úmido, pegou o objeto nas mãos e sentiu o cheiro forte e amadeirado da bebida, também notou o porta-retratos que normalmente ficava no móvel agora ocupado pela garrafa meio cheia. Permitiu-se um olhar carinhoso para a foto aonde via sua esposa então com dezesseis anos completamente vermelha olhando quase em pânico para sua versão de vinte anos largada por sobre todos com a cabeça no colo da jovem Beifong.

Água sobre PedraOnde histórias criam vida. Descubra agora