Capítulo 29

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Henry Balmontt

Não pode ser, isso é impossível. Não é?
Como uma pessoa morta pode está na minha frente? Sim, depois de quase 4 anos, a mulher que foi dada como morta no parto da minha filha estava na minha frente, Kiara está aqui.
Nós fizemos um velório, um enterro, como isso pode acontecer? Tem uma certidão de óbito, que consta, que ela está morta.

– Sentiu minha falta Henry

Saí de todos os meus pensamentos e perguntas que minha cabeça estava criando e dirigi o meu olhar a mulher que até então estava morta para todos nós

– Como pode? – Perguntei levando minha atenção a Clara que estava ao meu lado tão surpresa quanto eu

Clara não conheceu Kiara em "vida", mas tem uma noção de quem ela é, pela foto que tem lá em casa, dá gravidez da Sofy

– Amor, eu vou te contar tudo quando formos para nossa casa, agora vamos aproveitar a festa

– Agora deu pra ressuscitar dos mortos vagabunda? – Emma chegou ao nosso lado, ela nunca gostou da "mãe" da minha filha. Mãe não né, a única que chegou mais perto desse lugar foi Clara.

Clara é a mãe da minha filha, não importa quem carregou ela. Mãe é quem cria, quem da amor.

– Emma como eu estava com saudade de você – disse Kiara com puro deboche – Puta nova Henry? Você já teve gostos melhores em – Se referiu a Clara, sinceramente depois de todos esses anos ela chega no meio de uma comemoração da minha família para ofender as pessoas que eu amo e que sempre estiveram comigo?

– Meu nome é Clara, e não tenho prazer nenhum em conhecer uma pessoa como você, e ah a única puta que eu estou vendo aqui é você – Clara rebateu a ofensa

– Mamãe, o que está acontecendo? – Minha filha se referiu a Clara, com uma carinha de quem não está entendo nada, porque aliás, eu nunca mostrei foto da Kiara para Sofya.

– Nada não meu amor, mamãe e papai já está resolvendo – disse Clara Se abaixando na frente de Sofya

– Sofya, como você está grande meu amor – Sério? Eu não estou escutando isso

– Quem é você? – Ela perguntou mas não esperou a resposta e novamente refez a pergunta direcionada a mim – Quem é ela papai?

Na hora que eu fui responder, Kiara entrou na frente e respondeu ela mesma

– Ué meu amor, eu sou sua mãe de verdade. E não essa falsa, ela não é sua mãe

– Minha mãe? – Sofya olhou para Clara que estava incomodada com a situação, ela já considera e ama Sofya como filha – Moça sabe o que eu aprendi com a minha mamãe Clara, é que mãe não é aquela que fica grávida e sim aquela que cuida. Quando eu caí, quem estava lá era a mamãe Clara e quando eu chorei também. Mamãe estava lá e não você

Não só eu, mas todos os que estavam ali perto ouvindo nossa discussão, ficaram impressionados com o que minha filha desse. Clara estava chorando já. E Kiara estava sem palavras.

– Olha só o que essa mulherzinha está colocando na cabeça da minha filha

– Você não tem direito nenhum sobre ela é muito menos tem o direito de chama-la de filha. Clara sempre fez o papel que era pra você fazer, mas pensávamos que estava morta, porém estamos vendo que não está, então aonde você estava quando ela chorava sentindo falta da mãe? Quando ela caí e gritava por você? Quando ela questionava do porque que todas as crianças da escola tinham uma mãe e ela não? Das noites em claro que eu passei acordado com ela pois estava doente. Por muito tempo foi apenas eu e ela, até um anjo sem asas chegar na minha casa em forma de babá. Clara chegou mudando toda a nossa vida, tudo que eu passava sozinho com a minha filha eu comecei a passar com ela também, tenho certeza que depois de mim, ela é a pessoa que mais ama a Sofy, e sim Kiara, Clara é a mãe da minha filha e não você. A única coisa que ela pode ter de você é o sangue, porque amor, carinho e afeto quem deu foi a Clara.

Acabei de falar, me virei deixando uma Kiara de boca aberta, peguei minha filha e puxei Clara para fora do salão sem me despedir de ninguém. Eu só precisava estar com as pessoas que eu amo em um lugar que ninguém iria nos atrapalhar.

Então decidi alugar um quarto de hotel, precisávamos de privacidade para digerir tudo o que está acontecendo. E algo me diz que depois dessa noite, vão ser poucas que vamos dormir sem nenhuma preocupação.

– Henry, esse não é o caminho da casa dos seus pais, para onde estamos indo? – com tudo que aconteceu eu até esqueci de comunicar a Clara sobre a minha ideia do hotel

– Desculpa Clara, minha cabeça está a mil, eu acho melhor irmos para um hotel, lá em casa eles não vão nos deixar em paz

– Tudo bem, vou apenas avisar para Emma, senão eles podem ficar preocupado conosco – assenti, e ela pegou o celular, acredito que lara mandar mensagem para Emma.

Chegamos no hotel no centro da cidade e pedi um quarto, não queria dormir sem ela hoje.

Chegamos no quarto e sentei na cama, Sofya acabou dormindo no carro e eu coloquei-a na ponta da cama

– Porque você não vai tomar um banho para relaxar Henry, vai ser bom para você – Clara sentou no meu colo com uma perna de cada lado.

– Clara muito obrigada por tudo que fez por mim e pela minha filha, sério mesmo – dei um selinho nela

– Eu faço porque amo vocês – puxei a pata um beijo lento e apaixonante, que eu poderia morar nele, levei minhas mãos até a sua bunda, quando o beijo começou a esquentar, ela parou – Vai tomar banho Henry, depois conversamos sobre isso.

A cara de safada que essa mulher fez me deixou fora de órbita, dei um selinho nela e fui para o banheiro.

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Kiara voltou agora do reino dos mortos e já que sentar na janela, aqui não querida

Como prometido, o capítulo anterior bateu 30 comentários, amanhã tem outro 

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