Capítulo 32

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Henry Balmontt

Chegamos na sala de jantar e já estavam todos lá, bem quem ainda não tinha ido embora, ou seja, Emma e meus pais.

— Filho como essa mulher reapareceu depois de todos esses anos e ninguém percebeu que ela estava viva? – meu pai me perguntou

— Pai, eu não sei – tomei um pouco do meu café — Já falei com o Brandon, vamos investigar tudo

— É quase impossível uma pessoa sair do hospital logo depois de um parto – disse Clara, também tomando o seu café

— Concordo, ela teve alguém naquele hospital que a ajudou a sair sem que ninguém a visse – Emma afirmou

— Mas primeiro eu vou ter que falar com ela – e foi nesse momento que quatro pares de olhos me olharam como se eu tivesse falado a pior das coisas

— Como assim Henry? – mamãe me perguntou se levantando

— Mãe eu preciso que ela me conte a versão dela, como e porque ela fez isso

— Henry Balmontt só não vai me dizer que você ainda ama essa vagabunda

—  Claro que não mãe, tá maluca? – me levantei também e fiquei de frente para minha mãe — A única coisa que eu sinto por aquela mulher é raiva

— Será mesmo Henry? – minha mãe deu a volta na mesa de modo que ela fica-se literalmente a minha frente — Pois, não é isso que está parecendo, todos nós vimos o jeito que você olhou pra ela que ontem. Seu olhar era de alívio e eu quase poderia dizer que tinha amor neles

— Eu não amo ela a muito tempo, ela nos  deixou sem mais nem menos, poderia ter nos preocupado esse tempo todo, mas não foi o que ela fez – olhei dentro dos olhos dela — Não vem me dizer que você viu amor nos meus olhos, porque isso é pura mentira. Alívio você pode ter visto mesmo, mas foi só isso.

— Alívio? – Emma perguntou — É sério Henry?

— Ela me fez muito mal sim, mas eu nunca quiz a morte dela e de nenhum inimigo meu

Olhei ao redor e todos estavam assustados com nossa mini discussão. Clara estava um tanto constrangida com situação, já era de se esperar

— Gente vamos manter a calma – disse meu pai — Não vamos conseguir mudar nada brigando

— Você tem toda razão papai – voltei a me sentar — Me desculpe mãe, não era a minha intenção te insultar

— Vamos acabar de tomar café, porque daqui a pouco temos que ir embora – Clara que até então estava calada, se pôs a falar.

Continuamos com o nosso café, porém em um grande silêncio.

Clara Johnson

Fiquei muito constrangida com a briga do Henry e de sua mãe. Saber que ele ainda possa amar a ex-mulher foi um banque muito grande pra mim.

E foi impossível não pensar em como vai ser daqui pra frente, quero dizer a nossa relação, sei nem se pode se chamar assim né

Será que ele vai voltar com ela? Será mesmo que ele esqueceu ela?
Muitas e muitas perguntas se formam na minha cabeça, eu já tinha pensado nisso, mas escutar tudo o que Katherine falou foi como um bomba explodindo na minha cabeça.

Subimos novamente para o quarto para pegar nossas malas

— Henry, o que você vai fazer? – entrei no quarto o encontrando sentado na cama com as mãos na cabeça

— Clara eu não sei, preciso encontrar-la novamente para que eu possa conversar com ela

— O que sua mãe falou .. – ele não me deixou acabar de falar

— Clara não escuta a minha mãe, ela não sabia o que estava falando – se levantou e veio pra perto de mim colocando suas mãos em meu rosto — Eu não amo mais aquela mulher, eu juro pra você

— Será que eu posso confiar?

— Claro que pode amor

— Eu amo quando você me chama assim

Ele me puxou, uma de suas mãos foi para o meu pescoço e outra para a minha cintura e me beijou

— Vamos amor, já são uma hora – falei parando o nosso beijo e dando um sorriso

— Vamos porque é bem capaz do Pietro, vulgo piloto nos deixar para trás

Nós despedimos da família Balmontt, e o mais engraçado é que Katherine que acabará de ter uma briga com o Henry, chorou quando ele foi se despedir ela. É muito bom ver que o amor sempre prevalece e não é uma briga que vá acabar com isso.

Quando estávamos saindo no portão vimos a única pessoa que não queríamos ver durante um bom tempo: Kiara

Henry pediu para parar o carro, já que nós estávamos cansados, seu pai pediu para o motorista da família nós levar para o aeroporto.

— O que você está fazendo aqui Kiara? – Henry disse saindo do carro, logo após eu saí deixando Sofya que estava dormindo atrás

— Eu precisava falar com você – disse com uma cara de arrependimento, eu até poderia acreditar nessa cara de falsa, mas tá difícil — Depois de ontem eu me senti muito culpada por ter te tratado daquele jeito na frente de todo mundo

— Tá arrependida Kiara? – Henry disse no puro deboche

— Sem deboche Henry, eu estou aqui arrependida pra te pedir desculpas e também – ela hesitou um pouco

— Também o que?

— Eu estou com pouco dinheiro para me manter, você poderia me dar uma "carona" até Seattle?

— Que? Você só pode estar brincando né

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Será que o Henry vai dar uma carona para ex-mulher morta arrependida?

Mais um capítulo, espero que gostem!
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