Capítulo 4

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Clara Johnson

Eu ainda não acredito que aceitei essa proposta ridícula, eu não sei cuidar nem de mim direito imagina de uma criança de 3 anos. Mas era isso ou eu estaria na rua e passando necessidade novamente.

Minha família tinha uma boa condição de dinheiro e eu sempre vivi muito bem, mas tudo mudou em uma noite. Meus pais estavam fazendo 30 anos de casados, e foram jantar em um restaurante que mamãe amava, quando estavam voltando pra casa, o carro caiu de uma ribanceira, papai foi o único que foi achado com vida, porém não resistiu e veio a falecer no hospital. O corpo de mamãe nunca foi encontrado, o que me faz sentir muita dor, nem um enterro digno ela teve.

Todo ano nesta mesma data eu vou ao cemitério e fico o dia inteiro chorando, pois ainda doí muito a perda deles, faz 3 anos que isso tudo aconteceu. Eu morava em Nova York, mas depois de tudo me mudei pra Seattle e terminei minha faculdade aqui.

Depois que a minha pensão acabou eu tive que me virar pra conseguir um emprego, mas foi muito difícil. Comecei a dividir o apartamento com uma menina da faculdade que hoje em dia é minha melhor amiga e moramos juntas até hoje, se não fosse ela eu não sei o que seria de mim.

Terça-feira 8hrs

Acordei no susto, pensando que já estava atrasada para ir a casa dos Balmontt, porém por sorte ainda estava cedo.

Levantei e fui direto tomar um banho Annie não estava em casa, era dia de plantão. Ela é um pouco mais velha do que eu e está na residencia da faculdade de medicina, quase não fica em casa.

Coloquei um macaquinho longo e fui direto para casa dos Balmontt, como eu não sabia onde é a casa de Henry, chamei um táxi que me direcionou até lá

Cheguei no condomínio e fiquei de boca aberta, a casa ou melhor mansão era enorme e tinha apenas duas casas no condomínio. Passei pelo portão e me identifiquei para o porteiro que me guiou até a porta principal onde uma mulher de meia idade estava a minha espera

- Bom dia senhorita Johnson, seja bem vinda! Meu nome é Maria e sou a governanta da casa

- Bom dia Maria, obrigada! Me chame apenas de Clara

- Vamos até o escritório, para que eu possa te explicar melhor as coisas- disse e fez sinal para que a segui-se

A casa era maravilhosa, e muito grande. Era toda em um tom de branco e beje e com um estilo bem moderno

Passamos por uma porta e entramos no escritório.

- Sente-se Clara- falou e se sentou a minha frente fazendo sinal para que eu também me senta-se- Então Clara, Aurora é uma menina super tranquila, o problema das outras babás era que elas sempre davam em cima do menino Henry e ele sempre odiou isso

Ela me explicou tudo sobre a Aurora e todos os seus horários

- Tem uma coisa que eu não sei se o Henry falou

- O que Maria?

- Você precisa se mudar para cá, pois a menina precisa de atenção o tempo todo e o Henry as vezes fica até de madrugada na empresa- pera, que? Como assim me mudar?

- Maria, ele não me disse que eu dormiria aqui. Mas se for assim, tudo bem eu me mudo

- Então ta bom menina. Vou pedir para que Esteban, nosso motorista te leve para casa, pra você arrumar sua coisas e no final da tarde peço para que ele te busque novamente.

- Ta bom Maria, obrigada!

Na hora em que eu olhei pra aquele motorista meu queixo caiu, que homem lindo, moreno de olhos verde e musculo, misericórdia alguém chama o bombeiro, por que eu to pegando fogo. Ele é bonito, desculpa eu sou exagerada, mas Henry é bem mais bonito e gostoso.

- Bom dia Senhorita Johnson, pronta pra irmos?

- Bom dia Esteban, sim é claro!- ele deve ter no máximo 30 anos

Assim que Esteban me deixou no prédio eu subi pra arrumar as minhas coisinhas. Abri a porta e deu de cara com Annie

- Amiga, que bom que você está aqui! Precisamos conversar

- Aconteceu alguma coisa Clara, pq você está a essa hora em casa?

- Calma que eu vou te explicar tudo, senta aí- puxei ela pro sofá a fazendo sentar ao meu lado- Então o meu chefe vai ficar 6 meses na Rússia, e não teria o por que....- expliquei a ela tudo o que aconteceu, sobre a proposta

- Quem diria, Clara Johnson formada em direito, trabalhando de babá da filha do chefe- disse rindo

- Não tem graça Annie. Só que tem mais

-Mais?

- Sim. Eu preciso me mudar pra lá

- QUE?? COMO ASSIM CLARA JOHNSON

- Calma guria, não grita eu não sou surda

- Você vai me deixar sozinha Clara?

- Para de ser dramática Annie, você está sempre no hospital quase não fica em casa

- Mesmo  não sendo o que você queria no momento, eu te desejo todo "sucesso"- fez aspas com as mãos- do mundo, você será uma ótima babá

Arrumei tudo o que eu precisava levar e desci para esperar o Esteban. Em pensar que ontem eu era uma secretária e agora eu sou uma babá, tudo isso sendo formada. A verdade é que hoje em dia é melhor ter um curto técnico do que uma graduação

Espero que essa nova etapa da minha vida me ajude a seguir o meu tão sonhado sonho de ser uma ótima advogada. É Pelo o que eu venho lutando pra ser, espero que o senhor Balmontt cumpra com suas palavras.

Uma simples babá Onde histórias criam vida. Descubra agora