Uma simples babá

Capítulo 39

Henry Balmontt

Assim que chegamos no restaurante, saio primeiro e abro a porta pra Clara

— Obrigada meu bem – ela me agradece, e eu retribuo apenas com um aceno de cabeça

Entramos no restaurante e logo a recepcionista veio até nós

— Boa noite senhor Balmontt, seja bem vindo – falou me olhando e esquecendo totalmente de Clara

— Boa noite, você poderia nos levar para nossa mesa – disse meio irritado, pelo simples fato dela está me olhando como se fosse pular  em mim a qualquer momento

— Claro senhor Balmontt – disse meio envergonhada – me sigam, por favor

Seguimos ela até o segundo andar do restaurante onde haviam apenas três mesas, escolhi esse lugar pois é mais reservado.

— Aqui está a mesa de vocês, tenham um bom apetite – a mulher saiu sem esperar o agradecimento

Puxei a cadeira para que ela possa sentar e logo depois puxei a minha

— Que mulher ridícula, fingiu que eu não existia – disse rindo

Uma reação que eu não imaginaria vindo dela.

— Henry, cadê os seus clientes? – agora que ela percebeu — Não era um jantar de negócios?

— Quando estávamos vindo pra cá recebi uma mensagem deles dizendo que não conseguiriam vir hoje

— E porque nós viemos aqui mesmo assim?

— Já estávamos quase chegando, não iria voltar pra casa sem nem ter jantado né

— Então tá bom

Nessa hora o garçom chegou perguntando os nossos pedidos, fizemos eles e ficamos conversando sobre os acontecimentos

— Henry, eu tô preocupada – disse ela me olhando

— Por que amor?

— Kiara sumiu novamente – com tudo que eu estava planejando até esqueci disso — Eu acho que ela possa estar tramando algo

— Eu também acho, mas fica calma nada vai acontecer – disse colocando a mão em cima da dela sobre a mesa

— Eu tenho medo dela tentar fazer algo contra Sofya

— Fica tranquila meu amor, ela nem é maluca – fiz um carinho em suas mãos — Agora vamos deixar essa mulher de lado e aproveitar nossa noite, ok!?

— Tá bom

Nossa comida chegou e nós comemos com sorrisos e conversas tranquilas

— Agora vamos para sobremesa – disse fazendo uma carinha de criança sapeca, e eu comecei a rir  — Aí Henry, eu amo doce

Gente, ela disse essa última tarde com voz de neném, sério ela estava muito fofa

— Só que quem vai escolher sou eu hoje – falei vendo ela me olhar com uma cara de dúvida

— Tenho medo, você não vai me fazer comer nada com abacate né – Clara odeia qualquer coisa com abacate

— Lógico que não

Chamei o garçom

— Pois não – disse ele se aproximando

— Pode trazer a sobremesa que eu sempre peço – dei uma piscadinha pra ele entender

Lógico que eu já tinha combinado tudo com as pessoas aqui do restaurante. Depois de dois minutos ele voltou com um brownie e sorvete

— Amor eu amo isso – disse se referindo a sobremesa

— Pode comer amor

Ela começou a comer e eu já estava nervoso

— Aí – é agoraaaaa — O que é isso – disse ela pegando o anel que tinha acabado de comer junto com o brownie

— Anel? – ficou olhando pro anel com cara de dúvida — Porque tem um anel no brown... Henry não é o que eu tô pensando né!?

É agora, nessa hora o garçom trouxe um buquê que eu tinha pedido pra entregar

— Clara, eu sei que tudo entre a gente começou muito rápido e não deu tempo para essas coisas que pra mim é muito importante e acredito que pra você também seja. Por muito tempo da minha vida eu pensei que não iria amar alguém e quando eu achava que tinha total certeza, você chegou com esse sorriso e olhar que né deixam louco. Primeiro você conquistou minha filha e então pouco tempo ela já te considerava como mãe e logo depois você me conquistou – estava olhando dentro dos olhos dela e percebi que ela estava quase chorando — Talvez seja um pouco estranho a minha pergunta, mas eu tenho total certeza do que eu quero. Eu te amo Clara e quero ficar o resto da minha vida com você, construir uma família ao seu lado é tudo o que eu mais quero. Então Clara Johnson, você aceita se casar comigo?

Aquele silêncio que fez meu coração ir a mil...

Clara Johnson

Calma, é muita coisa pra minha cabeça. É impressão minha ou o Henry acabou de me pedir em casamento?

Não é impressão não amiga, agora deixa de ser idiota e responde o homão a sua frente, antes que ele tenha um infarto

Eu já não aguentava mais segurar a emoção e comecei a chorar e me lembrei que estava em silêncio e todos a nossa volta esperavam ansiosos pela minha resposta.

— Henry.. – ele me olhou com esperança e ao mesmo tempo medo — É claro que eu aceito meu amor

Ele se levando da cadeira e eu o acompanhei lhe dando um beijo no meu agora noivo

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Voltei gente, estava sumidinha por aqui, mas tem motivo. Não sei se vocês sabem mais eu moro em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, e como todos devem ter visto ou ouvido sobre a tragédia que ocorreu aqui no dia 15 de fevereiro. Estava sem cabeça para escrever, vendo a minha cidade destruída, pessoas desaparecidas... Foi terrível, mas Graças a Deus eu e minha família estamos bem!

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