Capítulo 33

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Clara Johnson

Essa mulher só pode estar de sacanagem, como assim depois de tudo ela ainda pede uma carona?
É muito cara de pau mesmo

—Eu sei Henry que é complicado confiar em mim, depois de tudo que aconteceu – disse ela com um olhar de peixe morto — mas eu quero apenas recuperar o tempo perdido

— Desculpa querida, mas isso está fora de alcance. Você ainda não percebeu que não é bem vinda nessa família? – eu disse com a maior raiva do mundo, não aguento mais essa mulher sinceramente.

— Quem é você mesmo sua puta, pra falar assim comigo? Quem você acha que é pra falar que eu não sou bem vinda nesse família, e você é?

— Ela é mesmo Kiara, ela é minha mulher – QUE? Acalma o coração Henry — Ela tem muito mais direito que você, já que somos todos uma família, no caso eu, Clara e nossa filha

— Tá bom Henry, eu apenas fiquei nervosa com tudo isso, e você sabe que eu perco o controle rápido. Eu só queria voltar para Seattle e limpar o meu passado e escrever uma nova história, claro, ao lado da minha filha.

O Henry não pode acreditar nessa vadia, tá na cara que isso é uma puta mentira, e o humor mudou muito rápido né, bipolar  que fala ou falsa mesmo?

— Ok Kiara, vou pedir para comprarem uma passagem pra você, mas vai ser a última coisa que eu faço por você – Henry meu amor o que você está fazendo?

Henry deixou ela no portão e entrou novamente na casa de seus pais, e eu não pude ficar sem segui-lo e entender o porquê dele ter feito isso

— Henry? – chamei e ele não me escutou — Henry? – novamente o chamei e não obtive respostas — AMOR? – já estava irritada com toda essa situação e o fato dele não estar me respondendo estava me irritando ainda mais.

Porém, depois que eu o chamei de amor ela se virou e me encarou

— Oi amor – veio até mim e me segurou na cintura

— Amor é o teu rabo – se eu não estivesse tão irritada com ele, estaria rindo da cara que ele está fazendo agora — Tô te chamando um tempão e você não responde

— Desculpa eu não havia te escutado – disse me dando um selinho

— O que você acha que está fazendo?

— Com a Kiara?

— É lógico né Henry, tu não acha estranho a mulher ficar 4 anos sumida e do nada voltar das cinzas, e tendo a oportunidade de voltar direto para Seattle já que tinha "pouco dinheiro", vir para aqui no Canadá? – ele ficou quieto, então eu continuei a minha teoria — E como ela sabia que nós estaríamos aqui? E o local da festa?

— Já acabou? – juro que vontade de voar na cabeça desse homem, eu não disse qual, brincadeira — É lógico que é muito estranho, mas eu estou fazendo isso pra saber até onde ela vai, tá achando que eu sou burro?

— Até que você é um pouquinho inteligente, mas sabe uma coisa que não está se encaixando na minha cabeça, parece que eu já conheço ela, a aparência dela me lembra alguém

— Como assim Clara?

— Eu não sei

— Deve ser a Sofya, por isso você está assim

— Henry, sua filha é a sua cara. Ela não tem quase nada da Kiara

— É verdade, mas não se preocupa com isso, daqui a pouco você lembra.

Fiquei meio pensativa, tentando lembrar com quem ela se parece ou de onde eu conhecia aquela mulher, mas eu estou com o que parece um bloqueio psicólogo.  Que eu sei que eu já a vi, mas eu não sei onde.

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Uma simples babá Onde histórias criam vida. Descubra agora