CAPÍTULO - 8

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"Viver sem problemas é impossível. O sofrimento nos constrói ou nos destrói."



~ Esther Mither ~

Eu estou completamente confusa com a situação agora. O idiota do meu secretário está neste exato momento em cima do palco, parado que nem uma estátua. Nossos olhos acabam se encontrando e nos encaramos por um pequeno intervalo de tempo, mas fecho ainda mais a minha cara e fico me perguntando o que raios o Sr. Batchelor está fazendo aqui.

— Aquele não é o Dylan? — Observa Lydia surpresa, ainda sentada na cadeira.

— É ele, com certeza. — Afirmo com os olhos cravados em um certo ser humano de terno.

Mas antes de tomar alguma atitude da minha parte, aparece logo atrás da cortina que tem no começo do palco, três homens com vestes pretas e todos são altos com portes físicos fortes. Só com isso, percebo que são os seguranças do clube.

Eles apontam para Dylan e cochicham entre si. Isso é ruim. Se acabarem pegando ele, vai ser uma baita dor de cabeça.

Sem nenhuma outra opção, vou a que é a mais rápida nesta situação. Encontrei as chaves do carro na minha bolsa e em seguida dou a Lydia.

— Pra quê isso? — Pergunta ela com uma expressão confusa, enquanto segura as chaves na mão.

— Você vai precisar quando for para casa. Não se preocupe comigo, te mando uma mensagem depois. Agora preciso resgatar o meu secretário — expliquei apressada.

Volto a minha visão novamente ao palco e Dylan está olhando para trás, onde estão os seguranças. Os grandalhões começam a andar em sua direção e ele me olha de volta. Eu o chamo fazendo gestos frenéticos com o meu braço.

— Anda logo e venha aqui!

Entendendo o recado, ele vem correndo em meu encontro. Desce do palco em um pulo e se coloca em frente a mim sem nenhum pingo de cansaço aparente. Não querendo mais perder tempo, eu agarro a sua mão grande e o puxo em direção a saída, correndo que nem dois malucos, pois os seguranças começaram a correr também, atrás dele.

Sinto uma tremenda dificuldade em correr por causa dos saltos altos, mas agora não tenho tempo para tirar elas. Passamos pelo corredor vermelho e sei que estamos quase perto da saída. Continuo segurando firmemente a sua mão, assim como ele também a minha.

Sinto meus pulmões queimarem um pouco por conta da corrida que estou fazendo e cada vez fico mais ofegante, mas como faço academia com uma certa frequência, consigo aguentar.

Finalmente chegamos à saída. Só tinha o guarda de antes, quando cheguei aqui com a Lydia. Passamos como um furacão por ele, que o próprio não teve nem tempo de reagir, mas acabou entendendo quando um dos seguranças que estava nos seguindo diz " Pegue eles! ".

— Me diz que você veio de carro?! — Pergunto em meio a nossa fuga, e torcendo com todas as minhas forças que respondesse sim.

— Sim, por aqui! — Ele diz, tomando o comando e ficando na minha frente, nos guiando ao carro.

Graças a Deus o homem não estacionou muito longe. Os seguranças estavam quase chegando perto de nós, mas conseguimos entrar no carro antes de nos alcançarem. Dylan deu a partida e o carro seguiu em frente a toda velocidade. Me sinto como se tivesse participando de um filme de ação muito mal feito.

Querida PatroaOnde histórias criam vida. Descubra agora