TORTURA

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ANDREI PAVLOVA

Abro os olhos e vejo uma sala escura, meus olham passeiam e vejo que não estou sozinho, tento me mexer mais as dores em meu corpo me tomam.

Minha memória vai voltando aos poucos até eu me recordar.

- Tatiana - sussurro, me lembrando do ataque - Tatiana - começo me desesperar, não estou mais na cabana, olho analisando o local, e nem com Tatiana, onde ela estará.

Meu desespero aumenta ao me lembrar que ela tinha fugido para floresta, deve estar sozinha, indefesa precisando de mim.

Me remexo mais, e sinto algo me limitando, olho melhor para mim, e vejo que estou preso na cadeira, com cordas ao meu redor me mantendo fixo alí, olho para minha perna e vejo o estrago que a bala de Dimitri causou, ela já não sangra tanto como antes mais definitivamente precisará de pontos, muitos pontos.

- Merda ! - falo baixo e escuto algo sussurra bem em meu lado.

-Andrei - continua sussurrando e olho para o lado e vejo meu primo Boris tentando se comunicar, mas visivelmente debilitado.

Essa imagem me destrói de inúmeras maneiras, ele está lá amarrado em uma cadeira assim como eu, porém seu rosto está todo machucado e parece perde a consciência facilmente.

- Boris!- o chamo o olhando bem - irmão acorde- falo assustado o vendo recobrar a consciência.

- Andrei você tá aqui - diz feliz ao me ver mais seu sorriso desaparece vendo que estou igual a ele - não, nao, você não devia estar aqui...

- Boris... - tento o corta mais ele retoma a conversa com uma expressão preocupada.

- não , você tinha que ter fugido, não era para tá aqui, vocês tinham que estar bem - fala com dificuldade.

- Boris vou dá um jeito e vamos sair daqui.

- Andrei - ele fala desesperado - Tatiana tá bem ? - pergunta - juro que não falei nada - fala tentando me convencer mais sei que não falou.

- primo calma - falo o vendo respirar tranquilo novamente- calma  eu te conheço e você é a pessoa que mais confio, não precisa tentar me convencer - digo o vendo respirar tranquilo. - vou bolar um jeito de nós tirar daqui!

Ele acena e observo o local, estamos apenas nos dois em meio a outros 5 guardas amarrados, esses devem ser os amigos de meu primo que o ajudava.

Olho e vejo que todos estão assim como ele cansados, tenho que fazer algo para sair e tirá-los daqui já que estão por me ajudar.

Escuto a porta se destrancando e finjo estar desmaiado ainda assim como os outros.

- senhor - escuto um soldado dizer para o homem que entrar na sala. - estão todos aqui só aguardando o seu sinal para execução.

- não vamos executa-los ainda - diz e reconheço a voz sendo de Dimitri.

- perdão senhor? Porque a demora - pergunta e vejo seu arrependimento logo após o questionamento - Dimitri atira no mesmo que cai em choque.

- a partir de hoje quem me questionar irá morrer - fala como um lunático.

- perdão senhor não foi minha intenção...

Nem termina a frase recebendo outro tiro, não consigo ver onde foi pelos olhos que estão fechados mais posso suspeitar já que sua morte foi instantânea.

O outro guarda que o acompanhava ficou quieto e com medo.

- quero que coloque mais guardas naquele casebre de merda ! - diz ríspido a alguém próximo a ele. - se ela estiver viva vai tentar vir atrás do amor da vida dela - fala rindo - e quando vir a mataremos.

Nessa hora tento me controla para não tentar mata-lo, ele não vai encostar um dedo sequer nela e nem em meu filho.

Meu filho, esse pensamento vaga pela minha cabeça, me vêem tanta coisa que fico desnorteado, ela grávida, vulnerável e passando por isso, será que tá bem? Ferida? Com fome? tenho que reagir logo, tenho que me salvar para salvar ela e isso será ainda hoje.

Escuto a porta se fechar e quase todos abrem os olhos, nos olhamos e percebemos a gravidade no que estamos metidos.

- qual seu plano? - Boris pergunta.

- que hora eles vêm ainda hoje? - pergunto o encarando

- ao anoitecer, trazendo nossa única refeição do dia!

- vocês estão aptos para lutar?- Falo olhando a todos que estao na sala e eles acenam. - bom então é hoje que iremos contra-atacar.

- quando ? - um outro pergunta.

- A partir de agora - falo balançando a cadeira eles me observam a joga- lá para frente e para trás inúmeras vezes, quando eu estou preste a cair o Boris começa a tossir o mais alto possível para disfarça o som da cadeira quebrando.

Tento me soltar das cordas e me levanto o mais rápido que consigo, vou em direção de Boris o soltando e ajudando a se estabelecer em pé e seguimos fazendo isso com os demais, pegamos pedaços da cadeira minha que estava partida e ficamos em posição de ataque, assim que o primeiro aparecer iremos lutar em busca de sair daqui.

A HERDEIRA - MAFIA ROMANOVOnde histórias criam vida. Descubra agora