VIAGEM

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ANDREI PAVLOVA

Estou dirigindo a horas, e ela ainda permanece dormindo.

Ela parece exausta, tanto fisicamente quanto mentalmente.

Antes do ataque passei em todos os lugares possíveis e comprei tudo que necessário para permanecermos bem pelo inverno.

Comprei, alimentos objetos higiênicos e roupas para ela.

Olho para ela novamente e sorrio, apesar de tudo que aconteceu agora ela está bem, está comigo, e irei cuidar dela até meu último suspiro.

Estamos a cerca de 400 km de Moscou seguindo para um casebre em meio a floresta que pertencia a meu avô.

O casebre é simples mais perfeito para pensarmos em um meio de darmos a volta por cima.

Além da segurança, a distância é outro fator que o torna perfeito, trouxe alguns recursos que seria necessário também para reforçar nossa proteção, além de termos uma ponto a favor do nosso lado, a neve! a natureza são de extrema importância já que nos ajuda como uma barreira natural.

Nunca agradeci tanto por ter a família e a mãe que tenho.

Me recordo de quando estava saindo pela manhã em busca de Tatiana quando a vi por sua vez fazendo o mesmo com meu irmão, indo para um lugar que nem eu mesmo sabia ao certo onde ficava.

Ela então me abraçou desejou boa sorte e disse em breve estaremos juntos.

Olho para frente novamente me concentrando na direção e vejo a imensidão de neve que está essa estrada, se eu tivesse deixado para resgata-la daqui dois dias essa passagem já seria impossível em ser feita.

Continuo dirigindo, vejo a neve caindo de forma majestosa,  pego um copo de café no porta copo do carro e tomo em pequenos goles para me esquentar.

Escuto ela resmungar e vejo se remexer no banco da frente, deposito meu copo novamente e arrumo o seu edredom que coloquei sobre ela, garantindo que fique quente e confortável por todo o trajeto.

Depois de horas dirigindo chegamos no local indicado por minha mãe, já escureceu e vejo ao final da estrada através da iluminação dos farol  do carro um casebre com suas luzes apagadas e sua fachada totalmente bagunçada.

Paro o carro e saiu dele o deixando ligado para da uma certa claridade, a deixo dormindo no banco e entro com minha lanterna em mãos no local.

Puxo mais meu casaco junto a mim para esquentar e giro a chave na porta a abrindo.

O observo o lugar está arrumado, sua única sujeira são devido ao tempo e por ter passado muito tempo fechado, não a falta de organização.

Sigo para fora.procurando onde fica o interruptor, caminho até um poste próximo a cabana e o encontro, virando sua chave vendo a casa se iluminar.

Escuto a porta do carro abrir e a vejo descer enrolada ao meios das cobertas, com uma cara de quem conseguiu descansar como não conseguia a anos.

- fica dentro do carro, aqui está muito frio - digo de maneira carinhosa.

Ela me olha e da um sorriso, que eu daria tudo para vê-la sorrir assim para sempre.

- dormiu bem ? - pergunto acariando seu rosto e ela deita a cabeça sobre minha mão.

- perfeitamente bem- diz me encarando com uma expressão calma.

- vou organizar lá dentro rapidinho e aí você entra tabom ? - falo a direcionando para dentro do carro onde está quente.

- mas...- começa a questionar.

- por favor! Você já passou por muita coisas esses dias, só me deixa cuidar de você- digo e ela me encara por inúmeros minutos acena e quando vou ir em direção da cabeça e me dá um selinho longo, como se quisesse me mostrar algo através dele.

Sorrio a vendo sorrir e seguir a caminho do carro.

Abro o porta malas pegando tudo que comprei e sigo em direção do casebre, tenho que arrumar logo para a acomoda-la melhor.

A HERDEIRA - MAFIA ROMANOVOnde histórias criam vida. Descubra agora