Como assim não é mais a minha princesinha?

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Ao ser atingido no coração por uma flecha de fogo que logo sumiu, o cervo caiu morto na relva.

- Obrigada Aelin. - Cantarola Dorian.

- Não há de que. - Devolve, fazendo uma pequena reverência com a cabeça.

- Agora vamos indo. - Fala Chaol. - Vou trazer os cavalos.

Dorian começa a passar uma rede ao redor do cervo, enquanto Aelin desce calmamente da àrvore. Ao voltar Chaol prende a rede nas celas dos cavalos e diz:

- Agora nós já vamos, bom te ver e já pode voltar pelo caminho que veio Aelin.

- Na verdade, porque não nos acompanha e passa a noite no castelo? - Sugere Dorian. - Como está sozinha você provalvelmente veio correndo até aqui, deve estar cançada.

- Feéricos não se cansam, mas aceito sua proposta, Havilliard. - Digo com um sorriso.

- Excelente. - Diz Dorian oferecendo ajuda a Aelin, para que subisse no cavalo do mesmo e assim ela fez.

Por ser levemente mais alto, o príncipe subiu atrás de Aelin, a circundando com os braços, enquanto conduzia as rédeas do animal.

- Vamos logo Chaol, não podemos deixar a princesa do Norte esperando. - Disse ele para o amigo, que apenas olhou Aelin com raiva e subiu no próprio cavalo.

Assim os três se dirigiram rumo ao castelo de Vidro. Durante o percurso, Aelin deitou a cabeça no peito do príncipe, se surpreendendo quando foi recebida por músculos semi-definidos. Ao perceber as ações da fêmea a sua frente, Dorian apoiou o queixo na cabeça da mesma e assim seguiram o resto do percurso até Forte da Fenda, local ao qual chegaram ao pôr do sol, devido ao ritmo lento do galope que tinham tomado.

Ao descerem dos cavalos, já nos portões do castelo, criados vieram cuidar dos animais e da caça. Dorian entralaçou o braço de Aelin ao seu e seguiu para dentro do castelo, com a princesa em seu encalço.

Aelin percebeu que ele a estava levando para a sala do trono e apertou levemente o braço do mesmo. Entendo a pergunta oculta naquele gesto, Dorian disse:

- Fique tranquila, apenas irei comunicar a meu pai que a sua "sobrinha" favorita chegou. - Fez aspas com os dedos, simbolizando que apesar de não terem o mesmo sangue, o rei a considerava de sua família, assim como o príncipe. * - Ele ficará feliz em recebê-la no melhor aposento do castelo, se duvidar.

Realmente, desde que nasceram Aelin e Dorian eram próximos, quase do mesmo modo que Aelin era próxima de Aedion. E nessa relação, a amizade entre os reis do norte e Adarlan floresceu. Dorian era como um filho para Orlon, e Aelin era a filha que o rei vermelho jamais tivera.

Ao pararem em frente a porta de vidro vermelho, Dorian deu uma batida acompanhada por um entre abafado.

- Meu pai, encontramos Aelin na floresta e a convidamos para passar a noite no castelo. - Recita Dorian, enquanto Aelin meneia a cabeça em cumprimento ao rei em seu trono.

- Na verdade, apenas Dorian a convidou, Majestade, eu a aconselhei a voltar para casa. - Disse Chaol tirando o dele da reta.

Aelin nem percebera que ele estava junto a ela e Dorian, já que havia voltado a sua forma humana quando chegaram ao palácio.

O rei riu de forma alegre e Dorian deu um sorriso envergonhado.

- Espero que não se importe. - Disse quando o pai cessou as risadas, mas permaneceu sorrindo.

- Mas é claro que não, você sempre será bem-vinda aqui pequena. - Disse o rei olhando para Aelin com olhos doces.

Pequena - Um apelido doce que o rei havis dado a princesa, apesar de Rowan não ter gostado muito.

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