Para o garoto tóxico que amei

A verdade parte 2

Manu continuava sem saber o que dizer, ela ficou com uma pulga atrás da orelha, ela não confiava em César, mas ela precisava de provas pra poder acusar ele.
Voltou pra casa e foi falar com seu primo sobre isso

Manu: Antônio, precisamos conversar sobre uma coisa que aconteceu na escola...
Estão todos dizendo que a gente... transou!

Antônio: como assim? Quem espalhou isso?

Manu: Não sei. Mas precisamos fazer algo, se isso cai na boca do meu pai ele mata nós dois...

Antônio: eu sei disso.

Dias se passaram e os boatos chegaram ao ouvido do pai de Manu

O pai de Manu vai até a escola e humilha ela na frente de todos.

Pai de Manu: Manuela, quero que você saiba, aqui na frente de todos que você é uma vadia e espero que você nunca perca essa fama de puta que você tem, você manchou a imagem da minha empresa

Toda a escola estava olhando pra eles. Manu não conseguia falar nada, estava segurando a mão da Júlia e chorando muito

O pai dela vai até ela e dá um tapa na sua cara e depois entra no carro e vai embora

Naquele momento todos julgavam a atitude do pai dela e outros riam da cara dela

Vicente e João pegaram na mão dela e levaram ela pro outro lado da escola

Aquela humilhação jamais sairia da cabeça dela, todas aquelas palavras eram como facas no seu coração, tudo que ela sentia era vontade de sumir. Um nó se formou na garganta dela, em minutos sua bochecha estava úmida e a tensão se espalhava por todo o seu corpo, uma onde de ansiedade e tremores avançavam por seu corpo. Manu sentiu o mundo tremer e em questão de segundos seus amigos a levaram para a biblioteca da escola.

João: Seu pai foi um babaca, ele não tinha o direito de te humilhar assim na frente da escola, principalmente por um boato que ele ao menos sabe se é verdadeiro ou não. - tinha um ódio em sua  voz, ele odiava que machucassem as pessoas que ele amava, o garoto tinha cede de justiça.

Júlia: amiga, tô aqui com você, todos nós estamos - a garota abraça a amiga e a tensão em Manu diminui e as lágrimas dominam o abraço. Vicente e João entram no abraço.

Vicente: Manu... - houve uma pausa em sua voz. - Olha, eu tô aqui com você, eu sei que tudo que espalharam sobre você é mentira, todos que riram de você são babacas, mas seu pai foi o pior dentre eles, eu  sei o que é ter um pai babaca... - Vicente relembra tudo que passou quando seu pai descobriu sua sexualidade, as memórias ruins invadem os seus pensamentos e um pontada surge no seu peito.

Manu: obrigado, de verdade... - uma longa pausa misturada com suspiros e lágrimas invadiram o momento. - Acho que preciso digerir tudo, mas antes tenho que encontrar minha mãe e contar minha versão da história, não quero que ela pense que Antônio e eu tivemos juntos esse tempo todo.

Já em casa, Manu reune forças para abrir a porta e outra onda de tensão surge nela. Ela respira fundo e abre, ela da de cara com sua mãe que corre em direção a ela e a abraça. Tuddo que Manu achava que ia acontecer quando ela encontrasse sua mãe, aconteceu ao contrário.

Helena: Minha garotinha... Soube o que seu pai fez, quero que saiba que não compactuo com essas atitudes dele, você não é uma vergonha para sua família, sei que você não teve nada com Antônio... sei que se gostam desde quando vocês eram uns bebês, mas sei que os dois têm juízo o suficiente. - Todas aquelas palavras soaram como curativos nas feridas do coração de Manu, ela permaneceu em silência enquanto sua mãe acariciava seus cabelos e enxugavam suas lágrimas.

Manu: eu e ele nos beijámos, não irei negar isso, mas jamais fariamos isso de transarmos, mas me doeu ter algo inventado sobre mim circulando na escola toda, mas a parte mais humilhante foi quando o meu próprio pai foi até lá e me humilhou - as lágrimas estavam lá outra vez.  No restante daquele dia a mãe ficou juntinho dela, mas algo ainda inquietava a menina, as palavras que vicente havia dito, como será que o pai dele descobriu sua sexualidade? e o porque o garato sofreu sozinho?

voltando para dos dias atuais

A vingança estava indo muito bem, César ia pagar por tudo que ele havia feito com todos, a máscara dele de menino sofrido estava por cair, mas antes disso muitas coisas ainda iam acontecer