Anything But Ordinary (Wantasha)

Alabama

She wants to go home, but nobody's home

that's where she lies, broken inside

With no place to go, no place to go

To dry her eyes broken inside

She's lost inside, lost inside... oh oh

A ruiva observou Wanda caminhar pela grama até o túmulo onde os pais da menina estavam, na lápide simples onde podia ver seus nomes: Django e Marya Maximoff.

Natasha optou por não se aproximar e deixar que aquele momento fosse somente da menina que num sussurro emotivo pediu que pudessem fazer essa pausa, o que não tirou muito do tempo das duas já que era caminho de ambas.

Em sua mente Natasha reviveu o momento em que Bucky deu a entender que sua mãe estaria morta e ela se perguntava se ao menos Anastasia teve um enterro digno, uma lápide ou até mesmo alguma memória ainda viva dela, ela nunca saberia, ou talvez essa viagem pudesse revelar algo importante.

Alguns pássaros se recolhiam com a chegada da noite, algumas folhas se agitavam com a brisa leve enquanto um possível sinal de que o frio estava chegando fez Natasha se encolher em sua jaqueta de couro

Ela viu a menina se agachar e depositar o girassol que estava em suas mãos em frente as lápides, ela insistiu pela flor em especial já que a mesma era a preferida de sua mãe

- Wanda

Ela chamou pela menina quando se deu conta que o cemitério já estava fechando, mas os ombros curvados indicavam que ela não queria sair dali tão cedo.

Poucos passos foram o suficiente para se aproximar da menina, e o que Natasha esperava em encontrar não estava ali, o olhar de Wanda estava sereno apesar da tensão de seu corpo e ela parecia finalmente em paz consigo mesma, um suspiro escapou dos lábios da morena e ela então se permitiu olhar para Natasha quando se levantou

- Nós meio que discutimos

- O que?

- Eu e meus pais, eu não queria que eles fossem e me senti egoísta por isso, mas acho que hoje sei que algo dentro de mim me dizia que esse seria o fim deles

- Você não tinha como evitar

- E se tivesse?

- Nunca vamos saber

- É justamente isso que me mata por dentro todos os dias - Ela suspirou cansada - As coisas poderiam ser diferentes

- Talvez nunca teríamos nos conhecido

Wanda voltou a olhar a lápide, mas dessa vez sentiu o calor da mão de Natasha na sua, ela apertou de forma gentil esperando que a ruiva entendesse o quanto estava grata por ter a levado até ali.

Ela sentiu Natasha a puxar levemente e por mais que seu corpo quisesse permanecer ali mais alguns minutos ela deixou que a mais velha guiasse até a moto novamente, parando apenas alguns minutos para receber um abraço acalorado da ruiva.

- Aceitação - Wanda sussurrou

- O que? - Natasha ainda estava abraçada a ela

- As fases do luto - Ela se afastou - Negação, raiva, barganha, depressão e então a aceitação, acho que eu finalmente cheguei no último estágio

- Imagino que não tenha sido fácil

Wanda pressionou os próprios lábios um contra o outro soltando um leve sorriso, Natasha puxou a menina para mais perto e depositou um casto beijo na testa da mesma, Wanda apenas fechou os olhos sentindo o carinho da amiga, sabia que ela não era de demonstrar afeto então o pouco que ela permitia se doar já era o suficiente para Wanda se sentir acolhida